Os Gregos, esses malandretes lúbricos, enfeitiçados pelos deuses, que nos legaram, tantas e tão boas memórias, inventaram também uma coisa que chamaram Demos Kracia, que como facilmente se adivinha deu em Democracia, que supostamente significará o governo do povo. E sobre esse facto é interessante analisar o conceito que da Democracia, tal como era entendida na época, de um dos seus maiores, Aristóteles na sua obra de título “Politica”
«A verdadeira base da democracia é a liberdade […] Os cidadãos dirigem ou obedecem […] O povo é soberano. O que ele decidir é considerado justo porque todos os cidadãos têm os mesmos direitos. Nas democracias, os pobres são, pois, mais poderosos que os ricos, uma vez que são em maior número e que as suas decisões são soberanas.»
Começando pela primeira frase, nós não somos uma Democracia, é o começo da mentira em que vivemos, este pardieiro é tudo menos uma Democracia, nós não somos livres!
A segunda frase, menos-mal, efectivamente uns poucos mandam, a maioria obedece e só obedece. Em Portugal, porém, o povo não é soberano. O povo é antes, escravizado, vítima de constantes humilhações e maus-tratos, porque na verdade, nem todos temos os mesmos direitos, aliás, uns só têm direitos, a grande maioria só tem deveres, deve a água, deve a luz, deve a casa, deve isto e mais aquilo e tudo o que se lembrem de inventar para que os outros, os que só tem direitos continuem a engordar.
Nesta democracia, os verdadeiros pobres, não mandam nada, sendo objectivo declarado dos vários governos reduzir-nos a todos ao rendimento mínimo e à condição de pobres, nem o número, nos salva, porque como classe somos a mais medíocre e miseravelmente embrutecida além de absolutamente sem coesão.
Que nos resta, então? Acreditar nesta democraciazita que nos dizem existir, onde uns podem tudo e outros não podem nada, onde vivemos no medo sem termos como reagir, sitiados por, taxas, coimas, licenças, impostos e mais alcavalas, que servem apenas para engordar a escumalha prevaricadora, que se passeia em grandes carros, cheia de ostentação, a quem tudo é oferecido de mão beijada. É isto a tal democracia. Então bardamerda o 25 Abril! Abaixo a Democracia!
Há duzentos e vinte e um anos em 5 de Maio de 1789, em França, cansados dos privilégios de uns poucos e da usura despótica imposta à maioria, o povo pegou em armas e cortou o mal pela raiz. Precisaremos da mesma ocorrência, transcorridos todos estes anos? Não sei sinceramente responder! Sei que vivo numa mentira, este não é um estado de Direito, este não é um país democrático. Vivemos antes sob diversas ditaduras, que concorrem para a anarquia em que quase tudo soçobra.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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