O senhor Ministro da Administração Interna, veio trazer novas da criminalidade em lusas terras, boas novas traz este arauto, a criminalidade em Portugal desceu, diz o senhor Ministro, pessoa que tenho em estima, pois parece-me ser alguém que percebe do assunto, apesar de lhe faltar alguma capacidade interventora, revelou que; «”a criminalidade participada diminuiu 1,2 por cento em 2009 face aos números do ano anterior, em que houve um aumento de 10,8%. Para a inflexão da tendência que vinha a verificar-se nos últimos anos muito contribuíram as diminuições registadas nos roubos a bancos (menos 13,9%), postos de combustíveis (menos 28,5%), ofensas graves à integridade física (menos 5%), roubos por esticão (menos 6,5%), homicídios (menos 0,6%), furtos em residências (menos 12,2%), furtos de veículos motorizados (menos 10,8%) e carjacking (menos 30%) ", ainda de acordo com os dados do relatório, a "criminalidade violenta e grave diminuiu 0,6%, continuando a ser uma percentagem baixa (5,8%) em relação à totalidade dos crimes".»
Ou seja neste momento em Portugal, praticamente não há crime! Que excelente novidade, no entanto para chatear, apenas para isso, esta madrugada, uns rapazes brincalhões, pegaram numa rebarbadora e assaltaram todas as cabines telefónicas que conseguiram entre Salvaterra de Magos e Almeirim, mas claro que o crime diminuiu, talvez os mesmos meliantes sentindo o ratito a roer, após tanto labor, resolveram também assaltar o quiosque, situado perto da Biblioteca de Almeirim, ressalve-se que este quiosque é vítima de assalto pela enésima vez, alias é tão vulgar que a pessoa que o explora já está habituado e resignado.
Como disse o senhor ministro, a criminalidade participada diminuiu, claro que diminuiu, quem é que no seu perfeito juízo se dá ao trabalho de ir perder tempo para uma esquadra ou posto de agentes da Autoridade, para ir fazer queixa de um crime sabendo de antemão, que nada será feito, que ainda que prendam os bandalhos, nada lhes acontecerá, ficando a vítima a arcar com todos aos prejuízos, se accionar o seguro, leva outra machada e se prosseguir com a queixa tem ainda de pagar, sempre correndo o risco de levar um enxerto de porrada dos bandalhos, que às vítimas ninguém, mas mesmo ninguém protege. Não será então de estranhar que a criminalidade participada tenha diminuído. Isso é apenas sinónimo da resignação de quem trabalha, que vê diariamente os seus parcos haveres esburgados pelos amigos do alheio, alguns dos quais compram as ferramentas de trabalho, armas, pés-de-cabra, rebarbadoras, com o dinheirinho que recebem dos subsídios que o nosso dinheiro lhes proporciona. E querem que eu acredite nisto! Pegando mais uma vez na canção do outro “…deixa-me rir…”
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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