sexta-feira, fevereiro 14, 2025

First we take Manhatan, then we take Berlin1

 

Fonte da imagem:https://www.npr.org/2016/09/09/493305639/tracking-the-rebirth-of-the-birther-conspiracy

 

As eleições presidenciais dos EUA voltaram a dar excelentes resultados, como todos já devem ter percebido. Uns extasiados com o regresso do estado de circo, outros com o acre na boca por causa dos palhaços ricos.

Os Estados Unidos da América são um caso sério, um caso que merecia um aturado estudo, para percebermos todos como pode um país produzir tanta gente incrivelmente burra e estúpida a roçar o absurdo, um estudo que nos esclareça sobre como a estupidez colectiva pode influenciar determinantemente o rumo de uma nação, fazendo até com que a mesma comece a exibir sinais preocupantes de decadência, que achávamos todos já não ser possível num século como este em que vivemos, tal sem prejuízo de pessoalmente acreditar que vivemos actualmente o século dos imbecis, mantenho a esperança de que se conseguirmos sobreviver à próxima centúria, teremos boas hipóteses de querer reformar a Humanidade, reformulando-nos para um novo século em que a tal Humanidade finalmente descobrirá o respeito por si, pelas outras espécies e pelo único lar que temos, este nosso planeta Terra, já sei, sou um cretino lírico, pois se calhar tendes razão, mas mantenho essa esperança.

Ora voltando aos “ianques” mais às suas escolhas políticas. É difícil imaginar um tempo mais inoportuno do que este para surgir um líder tão medíocre como aquele que actualmente faz da Casa Branca um circo. Com um ditador nazi comunista instalado a Leste, de onde orquestra guerras, desacatos e desordens, intoxicando antigas “colónias”, com o Império do Meio, a afiar as garras para prosseguir, de modo mais assertivo, a sua agenda de conquista do Mundo, patrocinando o descalabro em que o Mundo está, fazendo jus ao título que escolhi para este artigo, assim nada existia de pior, para conseguir esse propósito, do que promover aquela intelectualmente pobre e patética figura de títere que se instalou na cadeira do poder dos “ianques”, transformando tudo isto numa grande trampa, fazendo assim justa homenagem ao nome da infeliz criatura.

É difícil imaginarmos uma mais difícil e periclitante conjuntura mundial, para que sujam e ressurjam tantos imbecis a quererem dominar o Mundo, podem falar-me inclusivamente de vários modelos teóricos de ciclos económicos em que o Mundo se move, por exemplo as “ondas de Kondratiev”2, teorias essas que dizem que o Mundo avança em ciclos de várias décadas com altos e baixos, se tais teorias forem verdade, efectivamente “batemos no fundo”.

É difícil neste momento fazer um exercício de previsão que nos permita ter uma visão mais ou menos concreta e global das próximas 4 ou 5 décadas, no entanto, volvido que está um quarto deste actual século XXI, e olhando apenas para esses 25 anos, é fácil perceber o quão em perigo está a Democracia, podendo-se mesmo questionar se a mesma realmente existe, ou não, nalgum local deste pobre e massacrado planeta, no entanto o facto mais visível, e indesmentível, é que mesmo nos locais que se orgulhavam das suas “Democracias” essa Democracia está cada vez mais acossada, os EUA são disso um exemplo gritante, a própria Europa, está a caminhar para o caos, vários são já os países que mercê de políticas questionáveis e de excessos democráticos, se vêem actualmente a braços com verdadeiras situações de guerrilha perpetradas por bandos de criminosos, as mais das vezes estranhos aos países onde estão, olhemos a Suécia, a Holanda, França e mesmo a Alemanha, com Portugal a caminhar para lá a passos largos.

Assim a eleição presidencial nos Estados Unidos da América, espoletou um quadro de implosão do bom senso e do sentido de Estado, faculdades que já se observavam em défice nos governantes, observam-se agora com total ausência em muitas das criaturas medíocres que detêm o poder em países de importância, dado que noutros pardieiros de terceiro mundo a coisa está igual.

Estamos portanto, meus caros, a viver numa completa trampa de Mundo, não é bom nem é mau é o que é, acaso sobrevivamos enquanto espécie a esta nova era de trevas, pode ser que o que resulte desse processo seja determinante para o nosso avanço enquanto espécie, coisa em que tenho muita dificuldade em acreditar, no entanto veremos, entretanto, vão aproveitando o que resta do “vosso” Mundo, vão aproveitando as pessoas de quem gostam, o Sol, as férias, e o resto que isto ainda vai tendo de menos mau, porque nada disto é garantido.


Um abraço, deste vosso amigo

Barão da Tróia


1https://www.youtube.com/watch?v=JTTC_fD598A

2https://www.sociostudies.org/almanac/k_waves/k_waves_2_en/

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