sexta-feira, novembro 11, 2022

Crónica das inevitabilidades inevitáveis...

 

Dizer-se que o “criminoso volta sempre ao local do crime” é um chavão que não deixa de ter a sua piada quando aplicado ao grande Isaltino. Investigado, indiciado, julgado e condenado, com pena efectiva cumprida, bom do Isaltino assim que se apanhou cá por fora, fez o quê? Voltar, claro está ao lugar onde fora feliz, qual urso que assalta a colmeia para se lambuzar com o mel, Isaltino, ciente de que vive numa terra de lorpas ceguetas, atirou-se de cabeça às eleições e claro que venceu.

Aberta assim, mais uma vez, a colmeia, o bom do Isaltino tratou de fazer aquilo que lhe granjeou fama, gastar dinheiros públicos, deixar “obra”, atirar areia para os olhos dos imbecis que nele votam e cantarolar, qual efémera volejando de nenúfar em nenúfar, até que, de novo, os senhores da Judiciária o vieram de novo indiciar, por mais trafulhices, desta vez implicando mais uns quanto “camaradas”, uma oligarquia mafiosa em que a esposa e a irmã trabalham num município, que está igualmente a ser investigado, o sogro é presidente de uma Junta de Freguesia, igualmente a ser investigado, e por último o marido da primeira, irmão da segunda e filho do terceiro ao que parece alegadamente é considerado um angariador de negócios com esquemas ilícitos para as autarquias de Oeiras e Odivelas.

A esta já triste senda juntemos, o senhor, agora ex-Secretário de Estado, o homem finalmente ganhou vergonha na cara e demitiu-se, ou a isso foi forçado, acreditando eu que foi mais a segunda hipótese a que realmente aconteceu, ao que parece o homem quando era presidente de uma câmara, decidiu esbanjar uns milhares numa suposta obra que iria ser feita pelas empresas de um cidadão que ao que parece é tudo menos confiável, para não dizer que tem todos os pergaminhos para ser um rematado escroque, isto tudo alegadamente claro está, que a presunção de inocência é muito bonita.

Mais, a senhora ministra do “faz-de-conta”, organizou um daqueles “concursos” que todos sabemos como funcionam, para contratar um cachopo, filiado na juventude partidária do partido da senhora ministra, acabado de sair da universidade ”assessor”, cargo para o qual deve estar insofismável mente habilitado auferindo o dito um ordenadito de 4 mil Euros, nada de novo dir-me-ão, é verdade, concluo eu, nada de novo, mais do mesmo, mais da pulhice partidária a que infelizmente nos fomos habituando ao longo destes anos, miseráveis foram as declarações da dita ministra, mas até disso já estamos habituados.

Isto é tudo tão mau e tão miseravelmente mau, que me faz rir, este país é uma anedota, e caímos por culpa nossa na inevitabilidade de estarmos nas garras desta súcia de indigentes intelectuais.

Um abraço, deste vosso amigo

Barão da Tróia

 

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