sexta-feira, setembro 02, 2022

A “pandilha da bandeirinha”

Portugal de Norte a Sul está tomado pela “pandilha da bandeirinha”, o país está pois tomado por esta matilha de vermes subservientes que enxameiam ao redor dos donos do Poder, criando as tentaculares redes de “amiguismo” que realmente dominam o país, importando pouco a competência, a formação e ou quaisquer qualidades, como sejam a honra, a decência, ou a ética, nada disso é necessário, nada disso interessa a ninguém, Portugal é uma anedota e está transformado num verdadeiro “Reino do Faz-de-Conta”, onde impera a trapaça, a peta, a aldrabice, a imposturice, a mentira, o logro, a falcatrua e o engano, desses preciosos instrumentos se socorrendo os do Poder, para aí se manterem, entretendo os pategos, que ademais embrutecidos com orgiacas comezainas e rios de álcool, querem lá da saber se isto ou aquilo é ético ou não.

Vem isto a propósito de umas imagens menos recentes que vi, onde o excelso senhor Primeiro-ministro, dirigindo-se aos jovens com a mesma mensagem estafada com que nos têm torrado o bicho do ouvido, nestes últimos 30 anos, a saber, a necessidade de obtermos formação, de estudarmos mais dos imensos benefícios do mérito.

Acicatados pelo desejo de perseverar num mundo mais competitivo e em constante mutação,os pobres miúdos, como muitos de nós mais velhos, lançaram-se a essa tarefa, é então desde cedo nas escolas, que desde a mais tenra idade se instala nas pobres crianças que é muito importante o “estudo” a proficiência, a excelência e mais outras patranhas, como sejam os “quadros de mérito” bem como outras labreguices do género.

Tudo patranhas, balelas pífias, mentiras sem vergonha, que muitos de nós patetas, engolimos. A realidade é porém muito, mas mesmo muito diferente. A formação por exemplo não serve de nada, aliás é vulgar nas entrevistas para um qualquer posto de trabalho, como já me sucedeu, referirem que o candidato ao posto de trabalho tem qualificações em demasia, perplexo, não consigo entender porque carga de água, se excluiu alguém por supostamente apresentar “qualificações a mais”, este tipo de argumento é bem sintomático do tipo de energúmenos que dirigem este país, revela bem, o nível organizacional deste país.

Partilhar, trabalhar em equipa e o bem comum, tretas, patranhas sem pudor de uma sociedade egoísta que apenas trata dos umbigos. Quem partilha é quase sempre ludibriado e espoliado do seu trabalho, por colegas sem escrúpulos que o que querem é brilhar aos olhos das chefias idiotas e lorpas, para que a classificação apareça com o “Muito Bom” redentor e portador de todas as benesses.

Mas o mais importante, mesmo mais importante que possuir formação, competência, decência, ética e ou mérito, é pertencer à famigerada “pandilha da bandeirinha”, interessa é ser detentor de um cartão partidário, interessa é andar, aquando das campanhas, colado aos tipos certos agitando as bandeiras dos partidos, defendendo caninamente o candidato, mesmo sabendo que o dito é um bandalho miserável, isso é que é verdadeiramente importante, isto porque Portugal anda na mais perfeita e sacrossanta anarquia moral e intelectual, com a maioria das pessoas atropelando-se e acotovelando-se, pisando quem for preciso para chegar à frente, apesar dos bonitos discursos do trabalho em equipa a verdade é que andam todos a ver se se comem uns aos outros até ficar apenas um, o lorpa supremo, que depois verificará que está sozinho.

No patético país onde vivemos os bandalhos, os incompetentes, as nulidades, os incapazes, os aldrabões, os vigaristas e os ineptos são quem realmente singra, numa destorcida realidade muita própria deste paíszeco de terceiro mundo que somos.

São realmente ínfimas as vezes que verificamos que o mérito é verdadeiramente reconhecido e ou recompensado. Ser bom naquilo que faz, não adianta, ter boas notas no percurso académico não vale nada, acaso não possua um amigo bem colocado ou uma outra boa cunha que faça de trampolim para uma colocação digna de um pequeno Midas e neste capítulo os senhores da política são autênticos milagreiros, a administração pública central e local, está prenhe de filhos, sobrinhos, primos e amigos desta escumalha politiqueira, que se serve dos seus poderes para resolver os problemas de emprego da família, qual mérito, qual competência, qual carapuça, o que interessa é a cunha que nos ponha num qualquer sítio a fazer uma treta qualquer e a ganhar um lauto salário.

É ver a administração pública, cheia de nulidades a ganhar fortunas sem saberem fazer a ponta de um chavelho, sem saberem o que custa verdadeiramente o trabalho. Essa é aliás outra das vergonhosas patranhas que nos contam, dizem-nos que os Governos dão importância a quem trabalha, nada mais longe da realidade, neste país o trabalho não é valorizado, neste país quem trabalha é completamente desvalorizado, vilipendiado e maltratado pela súcia governeira, pela actual tal como as anteriores, o que verdadeiramente interessa é a “pandilha da bandeirinha”. Mas isso ninguém diz aos jovens que saem das Universidades a julgarem que são a “última bolacha do pacote” quando na realidade são apenas mais um número, mais uma besta de carga que serve enquanto conseguir suportar a carga, quando deixar de o conseguir…

Um abraço, deste vosso amigo

Barão da Tróia

 

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