Vejo
discussões pluviosas sobre racismo por onde quer que olhe, num repente tudo é
racismo. Ora a julgar por algumas das observações que vou fazendo por aqui,
estou em crer que isso não é bem assim, porque há pormenores que irmanam as
“raças” que por aqui existem, diluindo essa pretensa diferença que só existe
nas cabeças patetas.
Atentem
então. São oito e trinta da manhã de um Domingo que começou nevoento, uma já
mais ténue névoa encharca as ruas, cobrindo as pedras da rua com uma
escorregadia película, pelo passeio segue pé ante pé, a “velha badalhoca”,
senhora muito dado a “améns” e assídua frequentadora dos templos religiosos,
firme representante do indígena local, daquela geração de antanho, na mão
carrega o balde do lixo, tudo ao molho como convém que isso da reciclagem não é
com ela, abre o contentor e catrapumba tudo lá para dentro que se faz tarde, dá
meia volta e lá fica o contentor de tampa escancarada, porque a “velha
badalhoca” não tem tempo para esses arremedos.
Seis
da tarde de um dia de trabalho, regresso a casa, junto ao passeio perto da
minha casa está o “barbichas javardo”, digno representante da masculinidade
local, carinha de suíno ornamentada com a barbicha símbolo da sua “machidade
lusitana”, como é costume aquela ora encontramos o dito passeando o seu
rafeireco, um canídeo pateta e mal amanhado, que distribui urina e dejectos por
paredes, carros e passeios sem mais aquela para grande gáudio do embevecido e
porco dono que jamais apanha a trampa que o cão pespega pelos passeios.
Vamos
a meio da tarde de um Sábado, que começou escuro, para agora estar soalheiro,
bonito, ali ao fundo ao longe um personagem desloca-se na minha direcção, é um
rapaz dos seus quarenta anos, oriundo de um país de leste que tanta gente de
qualidade tem enviado para Portugal. Como é seu hábito, este cavalheiro foi a
um daqueles locais, agora em voga, abertos 24 horas, onde se pode adquirir
café, chá bem como outras bebidas, chocolates, bolos e comida de plástico tão
ao gosto da rapaziada actual.
Rua
fora aquele bom do cidadão vem a beber o seu café, está agora a cerca de 1
metro do contentor do lixo, acabou de beber o café, o copo vazio de plástico é
então atirado para o chão, sem mais delongas. Observo o comportamento porcino
desta criatura há meses, há meses que faz sempre o mesmo, os hábitos de higiene
daquela rapaziada são muito particulares s não inexistentes.
Vamos
a meio da manhã, um cidadão de uma sobejamente conhecida “raça” que gosta
particularmente e faz alarde na sua putativa diferença, fuça no contentor do
lixo, tira coisas para fora, onde ficam a céu aberto, abre sacos com lixo, que
ficam espalhados no chão e segue o seu caminho como se nada fosse, até ao
próximo contentor, desde que este tipo de suínos aqui arribou esta imagem tem
sido comum pelas ruas.
Fim
de tarde, no passeio próximo de uma conhecida pastelaria cá da terra, chamar
passeio aquilo é eufemismo, na realidade trata-se de uma extensão da estrada
onde por vezes até circulam pessoas a pé, de um carro parado criteriosamente em
cima do passeio sai um senhor de meia idade, dizem que é doutor, será pois
pessoa importantíssima, acto reflexo, entre uma tossidela o bom do “doutor”
larga um valente escarro que aterra no passeio, numa atitude porcina típica dos
labregos locais.
Sigo,
enquanto me desloco para o emprego, atrás de um grupelho de miúdos e miúdas, já
atiraram para o chão, para além de umas cuspidelas, 2 embalagens de batata
frita, mais uns papeis de pastilha elástica e agora foi uma lata, a que um dos
recos afinca um pontapé, estes miúdos representam, segundo se diz, o futuro da
Nação, são os filhos das campanhas por um melhor ambiente, quanto à qualidade
dessas campanhas e quanto ao futuro estamos conversados.
É
sexta-feira, regresso a casa, sentada num banco 4 senhores oriundos da Ásia,
vindos cá para o burgo para enriquecerem a agricultura nacional, degustam umas
cervejolas, as latas bebidas vão ficar onde as pousam, bem como as garrafas de
vidro, tudo abandonado por aí ao sabor do vento.
Ora
meus caros, tendes aqui nestas singelas observações, que gente de várias
idades, sexos, credos, de várias “culturas”, de vários continentes e de várias
“raças”, que bem, à partida, podíamos julgar diferentes.
Nada
de mais errado, pois a observação dos seus comportamentos permite provar sem
qualquer dúvida que isso das raças e das cores e das etnias são coisas que só
existem nas cabecitas parolas, aqui nestas linhas escrivinhadas à pressa, fica
demonstrado que apesar dessas origens, idades e culturas e demais aparentes
diferenças o que os une é muito mais poderoso, a porcalhice, o gosto pela
imundice, o são convívio com a javardice bem como a apologia da falta de
civismo e do não cumprimento das mais elementares regras de higiene faz com que
sejam todos irmãos, pretos, brancos, castanhos, amarelos ou cor de rosa os
porcos do Mundo estão aqui propalando bem alto os valores do multiculturalismo
javardo e a completa idiotice que é o racismo.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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