Portugal é um buraco
infecto muito mal frequentado, com elites patéticas e povinho patego, fartos de
saber isto estamos nós, por isso nada de novo se passou nas recentes nomeações
“em família” protagonizadas pelo actual governo, é mais do mesmo, há séculos
que andamos nisto.
Em defesa do Governo
, os seus cães de fila avençados logo esgrimiram vários argumentos com por
exemplo o argumento da “confiança política”, o que quer que isso seja, afinal o
que será a confiança política? Pois é aqui a porca torce o rabo porque ao
preferirem uma “confiança política” cega que mais não é do que uma clara sobre
dose de Nepotismo, à competência, à decência e à honestidade moral e
intelectual, os senhores do Governo mostram mais uma vez que traem a confiança
política que o povo que os elegeu devia ter neles, logo são apenas mais uns
traidores indignos, mas andando isto sou eu a pensar.
Diga-se que esse
argumento da “confiança política” tem provado vezes sem conta que é uma falsa
questão, até porque os políticos nacionais fazem certo gáudio em rodear-se de
néscios, de gente medíocre, incapaz, incompetente e inepta é a “confiança
política” no seu melhor, provas? Basta olhar para os Governos, para os
Municípios, para as Juntas de Freguesia, para os restantes organismos públicos
para constatar isso diariamente.
No entanto a palma
de oiro pela defesa mais estapafúrdia e pela utilização dos argumentos mais
labregos para defender o actual nepotismo governamental vai para o senhor
César, ouvi-lo dizer que “certas famílias têm apetência para a política” é como
estar a ouvir um daqueles senhores bolorentos do tempo do senhor Oliveira a
enaltecer a União Nacional, tenham vergonha!
O actual Governo e o
partido a que pertence, não fazem porém nada de novo, a administração pública
está cheia de nomeados, de todos os partidos, que ocupam quase todos os cargos
de chefia, gentalha medíocre oriunda da partidocracia, miseráveis patetas sem
eira nem beira que não fora o cartão partidário nem porteiros de urinol público
conseguiriam ser. Já constatei em pessoa essa realidade quando me apresentaram
o senhor director de um instituto público, que era nem mais nem menos do que um
dos mais rematados imbecis do meu tempo de faculdade, que deve o cargo apenas
ao cartão de filiação política e à tal “confiança política”.
Temos assim
Directores, subdirectores, chefes, presidentes disto e daquilo, administradores
e assessores; os tais cargos de “confiança política”, que mais não é que um
subterfúgio para gerir o clientelismo, a corrupção e a mediocridade institucional
de que Portugal é exemplo flagrante.
A pobre
administração pública está também prenhe dos filhos, netos, primos e afilhados
da camarilha politiqueira e das suas tentaculares máfias de interesses,
nomeados e contratados à socapa em “concursos” forjados, mas legais até
publicação em Diário da República possuem, são às centenas, provavelmente
milhares, cachopos acabados de sair das universidades, que depois de andarem
uns tempos aos caídos e percebem que o Mundo é mesmo cão, lá recorrem aos serviços
do papá que é administrador nomeado por “confiança política” ou da tia que é
deputada ou ainda do primo que é ministro ou da mamã administradora, é assim
que as empresas públicas, os institutos públicos e os órgãos da Administração
Pública estão cheios de avençados do clientelismo partidário.
A roçar o cu pelas
esquinas dos gabinetes ministeriais e dos secretários de estado encontramos
hordas de “assessores”, de “confiança política”, que faz toda esta gente? Nada,
apenas alimenta a burocracia criada para justificar os seus cargos, permitindo
assim continuarmos a vergar o povinho pateta. O actual governo neste aspecto
não é pior nem melhor que os anteriores, PS, PSD e CDS fazem parte desta santa
trindade da pulhice nacional, sendo muito bem acolitados pelo PCP e pasme-se
que até o BE já dá os primeiros passos na direcção certa.
A “confiança
política” é uma outra forma de dizer corrupção, nepotismo, compadrio e
clientelismo, é apenas mais uma prova de que a polarização extrema da
Democracia entre Esquerda e Direita mais ou menos iguais e que se socorrem
quase sempre dos mesmos métodos variando apenas a cosmética que aplicam aos
mesmos, fez com que as sociedades perdessem a confiança nos políticos, o melhor
de todos os maus sistemas está moribundo, opções e ou soluções não tenho,
apenas sei como dizia o outro que por aí não quero ir, porque Portugal está
transformado num antro miserável de gentalha medíocre, de gentalha corrupta e
temo bem dificilmente daqui sairemos.
Um abraço deste vosso amigo
Barão da Tróia
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