O ano de 2018,
terminou com mais um triste e bem negro balanço nas estradas de Portugal. Muito
se preocupam as pessoas com hipotéticos inimigos externos, terroristas,
quimeras patetas, porém os verdadeiros inimigos dos portugueses são os
próprios.
Para quem anda
distraído, Portugal deixou há muito de existir, deu lugar a uma coisa a que vou
chamar “Grunholândia”, um pardieiro terceiro mundista habitado essencialmente
por grunhos, gentalha medíocre desprovida de qualquer educação, sem respeito
pelos outros e sem possuir sequer um mínimo de regras de convivência
civilizada, em suma “grunhos”.
Eu arriscaria dizer
que o território que anteriormente apelidávamos de Portugal, é actualmente o
paraíso terrenal dos “grunhos” o Shangri-la da grunharia mundial, tem aliás
atraído muito disso, gentalha, rebotalho e mais rebotalho que se junta ao muito
que por cá existia já em abundância, falo de um “país” onde por exemplo, entre
os dez programas de televisão mais vistos no ano de 2018, nove foram jogos de
futebol e um é daqueles programas aberrantes para seres acéfalos produto
charneira do telelixo nacional.
Os números falam por
si entre dia 21 de Dezembro e dia 2 de Janeiro, cerca e 2500 acidentes
rodoviários, provocaram 23 mortes, para além de mais de um milhar de feridos
entre graves e ligeiros, uma verdadeira hecatombe provocada pela estupidez
colectiva de um povaréu cretino.
As causas desta estatística
vergonhosa radicam fundo nesta sociedade medíocre, vamos falar sobre algumas
dessas causas. Começamos por concluir que uma dessas causas reside no facto de
que somos um poveco de grunhos labregos, que jamais deixaremos de o ser, ainda
que nos encham de gadgets e penteados à moda, a grunhice sobrepõe-se sempre a
tudo, uma grunhice pegajosa que sai pelos poros de cada “tuga” que exala quase
permanentemente esse odor fétido de grunhice, não julguem no entanto que a
grunhice escolhe classes, porque não escolhe, em Portugal tão grunho é o doutor
como o cavador.
Em Portugal a
grunhice é uma condição democrática, igualitária e nada discriminatória, o
grunho de Portugal é branco, preto, azul e até verde, é mulher, é homem é de
todas as cores raças e credos, e essa é a característica mais marcante do
grunho nacional, essa irmandade que se coloca acima de qualquer característica
hipoteticamente diferenciadora, o grunho existe exibindo e fazendo gáudio dos
mesmos comportamentos grunhos independentemente da sua origem étnica e ou
social, independentemente do seu sexo ou credo, o grunho nacional prospera.
Como outra causa que
podemos aduzir à sinistralidade, está a péssima qualidade das estradas
nacionais, a falta de condições e por aí adiante, será que podemos dizer que
acontecem acidentes por causa das condições das estradas? Podemos sim, mas por
si só esse facto explicará uma ínfima percentagem dos acidentes, podemos
igualmente aduzir as condições climatéricas, sim podemos, mas de novo estamos
perante uma ínfima percentagem dos acidentes, sendo que num e noutro caso se
pode sempre adequar por exemplo a velocidade ao estado do piso e às condições
atmosféricas tentando mitigar as dificuldades, essa é sempre uma opção do
elemento humano da equação.
Apesar das duas
situações anteriormente descritas serem relevantes, as causas mais directas
desta terrível «guerra civil» que há muito grassa neste pardieiro feito país,
têm que ver essencialmente com duas coisas, impunidade e estupidez.
No que concerne à
segunda, pouco se pode fazer, contamos com 30 anos talvez mais, de campanhas de
prevenção rodoviária, cujos resultados tendo em conta o muito investimento
feito têm sido próximo do miserável, prevenção existe bem feita e com
qualidade, não é por aí. Quanto à pedagogia, temos um Código da Estrada o
primeiro data de 1928, bem como outra legislação conexa, sendo que as primeiras
regras e sinalização do trânsito datam do já longínquo ano de, pasmem-se, 1686.
No que toca à pedagogia, ela existe, mais que muita é preciso ser muito
estúpido para a não perceber.
Então porque raio;
continuamos a assistir a este morticínio? Vamos ao início do disparate, a
obtenção da habilitação legal para conduzir veículos. É aqui que tudo começa e
começa logo mal, porque em Portugal qualquer anormal obtêm uma “carta de
condução» sem mais aquela que frequentar uma palhaçada a que pomposamente chamam
Escolas de Condução e uns exames patéticos, nada disto infelizmente forma
condutores, é preciso ser muito estúpido para não perceber isso.
Teria aqui de
acontecer uma mudança radical para formar condutores, a avaliação psicológica
auditada e fiscalizada teria de ser normal padrão para sancionar a obtenção
dessa licença, e para a poder manter, uma licença que é uma espécie de «uso e
porte de arma» porque um veículo pode ser uma arma e como está à vista de
todos, os veículos matam e matam demais, ao invés disso inventaram-se uns atestados
médicos para certificar que se está em condições, atestados esses que se
arranjam por quantias variáveis em todos os cantos deste pardieiro onde médicos
corruptos os passam sempre que se queira, é preciso ser muito estúpido para não perceber que isso acontece.
No que concerne à
impunidade, essa parece ser mesmo a condição crucial que determina este
miserável estado de coisas, quando há pouco referi as primeiras regras de
trânsito de 1686, diga-se que a queixa mais frequente que lhes fizeram foi que,
e cito, “A lei foi desprezada e houve negligência daqueles a quem competia
fazê-la cumprir.” Aí está a resposta, mais triste é perceber que nada mudou em
400 anos, continuamos tal como estávamos em 1686, as leis são desprezadas por
todos e muitas vezes completamente negligenciadas por aqueles a quem compete
fazê-las cumprir.
Há pouco ouvi o
senhor Ministro da Administração Interna, proferir uma daquelas frases que esta
gentinha politiqueira tanto gosta, “tolerância zero” para com a sinistralidade
rodoviária. Ora essa tal tolerância implica que neste governo ou noutro que
venha a existir, haja pelo menos uma pessoa com testículos, pode até ser uma
mulher, ele há senhoras com mais testículos que muitos homens, ora como
testículos é coisa que pouco existe nos governos, estamos conversados.
Não é preciso
nenhuma “tolerância zero” a coisa é bem mais simples e para além de poupar
dinheiro ainda seria uma boa fonte de receita, não é preciso inventar nada,
basta fazer o mesmo que outros países fizeram para domar os seus grunhos.
Por exemplo coimas
com valores sérios, a começar em 500 Euros, bêbados que acusem a taxa crime,
que deveria ser ZERO, não precisam de ir a tribunal, ficam imediatamente sem
carta, pagam coima e se o valor da taxa de alcoolemia for demasiado vão dentro
e são obrigados a ter de tirar novamente a carta. Atropelamentos e fuga,
julgados com homicídios premeditados com penas mínimas de 20 anos e cassação da
carta, estes são apenas alguns exemplos. Acima de tudo impunha-se uma alteração
legislativa, mais ainda uma alteração comportamental dos agentes da Autoridade,
que deixassem a permissividade e passassem efectivamente a fiscalizar a
aplicação das leis.
Isto tudo
aconteceria claro está acaso vivêssemos num país de gente normal, de políticos
decentes, de instituições saudáveis e de pessoas minimamente civilizadas, como
infelizmente estamos a falar de Portugal, no fim deste ano, voltaremos a
lamentar mais um milhar ou dois de acidentes, mais uma vintenas de vidas
ceifadas e assim continuará tudo numa completa tolerância Zero a tudo aquilo
que é civilizado, decente e bom para todos, viva pois o grunhismo nacional!
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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