segunda-feira, janeiro 14, 2019

Portugal precisa de inimigos?


O ano de 2018, terminou com mais um triste e bem negro balanço nas estradas de Portugal. Muito se preocupam as pessoas com hipotéticos inimigos externos, terroristas, quimeras patetas, porém os verdadeiros inimigos dos portugueses são os próprios.

Para quem anda distraído, Portugal deixou há muito de existir, deu lugar a uma coisa a que vou chamar “Grunholândia”, um pardieiro terceiro mundista habitado essencialmente por grunhos, gentalha medíocre desprovida de qualquer educação, sem respeito pelos outros e sem possuir sequer um mínimo de regras de convivência civilizada, em suma “grunhos”.

Eu arriscaria dizer que o território que anteriormente apelidávamos de Portugal, é actualmente o paraíso terrenal dos “grunhos” o Shangri-la da grunharia mundial, tem aliás atraído muito disso, gentalha, rebotalho e mais rebotalho que se junta ao muito que por cá existia já em abundância, falo de um “país” onde por exemplo, entre os dez programas de televisão mais vistos no ano de 2018, nove foram jogos de futebol e um é daqueles programas aberrantes para seres acéfalos produto charneira do telelixo nacional.

Os números falam por si entre dia 21 de Dezembro e dia 2 de Janeiro, cerca e 2500 acidentes rodoviários, provocaram 23 mortes, para além de mais de um milhar de feridos entre graves e ligeiros, uma verdadeira hecatombe provocada pela estupidez colectiva de um povaréu cretino.

As causas desta estatística vergonhosa radicam fundo nesta sociedade medíocre, vamos falar sobre algumas dessas causas. Começamos por concluir que uma dessas causas reside no facto de que somos um poveco de grunhos labregos, que jamais deixaremos de o ser, ainda que nos encham de gadgets e penteados à moda, a grunhice sobrepõe-se sempre a tudo, uma grunhice pegajosa que sai pelos poros de cada “tuga” que exala quase permanentemente esse odor fétido de grunhice, não julguem no entanto que a grunhice escolhe classes, porque não escolhe, em Portugal tão grunho é o doutor como o cavador.

Em Portugal a grunhice é uma condição democrática, igualitária e nada discriminatória, o grunho de Portugal é branco, preto, azul e até verde, é mulher, é homem é de todas as cores raças e credos, e essa é a característica mais marcante do grunho nacional, essa irmandade que se coloca acima de qualquer característica hipoteticamente diferenciadora, o grunho existe exibindo e fazendo gáudio dos mesmos comportamentos grunhos independentemente da sua origem étnica e ou social, independentemente do seu sexo ou credo, o grunho nacional prospera.

Como outra causa que podemos aduzir à sinistralidade, está a péssima qualidade das estradas nacionais, a falta de condições e por aí adiante, será que podemos dizer que acontecem acidentes por causa das condições das estradas? Podemos sim, mas por si só esse facto explicará uma ínfima percentagem dos acidentes, podemos igualmente aduzir as condições climatéricas, sim podemos, mas de novo estamos perante uma ínfima percentagem dos acidentes, sendo que num e noutro caso se pode sempre adequar por exemplo a velocidade ao estado do piso e às condições atmosféricas tentando mitigar as dificuldades, essa é sempre uma opção do elemento humano da equação.
Apesar das duas situações anteriormente descritas serem relevantes, as causas mais directas desta terrível «guerra civil» que há muito grassa neste pardieiro feito país, têm que ver essencialmente com duas coisas, impunidade e estupidez.

No que concerne à segunda, pouco se pode fazer, contamos com 30 anos talvez mais, de campanhas de prevenção rodoviária, cujos resultados tendo em conta o muito investimento feito têm sido próximo do miserável, prevenção existe bem feita e com qualidade, não é por aí. Quanto à pedagogia, temos um Código da Estrada o primeiro data de 1928, bem como outra legislação conexa, sendo que as primeiras regras e sinalização do trânsito datam do já longínquo ano de, pasmem-se, 1686. No que toca à pedagogia, ela existe, mais que muita é preciso ser muito estúpido para a não perceber.

Então porque raio; continuamos a assistir a este morticínio? Vamos ao início do disparate, a obtenção da habilitação legal para conduzir veículos. É aqui que tudo começa e começa logo mal, porque em Portugal qualquer anormal obtêm uma “carta de condução» sem mais aquela que frequentar uma palhaçada a que pomposamente chamam Escolas de Condução e uns exames patéticos, nada disto infelizmente forma condutores, é preciso ser muito estúpido para não perceber isso.

Teria aqui de acontecer uma mudança radical para formar condutores, a avaliação psicológica auditada e fiscalizada teria de ser normal padrão para sancionar a obtenção dessa licença, e para a poder manter, uma licença que é uma espécie de «uso e porte de arma» porque um veículo pode ser uma arma e como está à vista de todos, os veículos matam e matam demais, ao invés disso inventaram-se uns atestados médicos para certificar que se está em condições, atestados esses que se arranjam por quantias variáveis em todos os cantos deste pardieiro onde médicos corruptos os passam sempre que se queira, é preciso ser muito estúpido para  não perceber que isso acontece.

No que concerne à impunidade, essa parece ser mesmo a condição crucial que determina este miserável estado de coisas, quando há pouco referi as primeiras regras de trânsito de 1686, diga-se que a queixa mais frequente que lhes fizeram foi que, e cito, “A lei foi desprezada e houve negligência daqueles a quem competia fazê-la cumprir.” Aí está a resposta, mais triste é perceber que nada mudou em 400 anos, continuamos tal como estávamos em 1686, as leis são desprezadas por todos e muitas vezes completamente negligenciadas por aqueles a quem compete fazê-las cumprir.

Há pouco ouvi o senhor Ministro da Administração Interna, proferir uma daquelas frases que esta gentinha politiqueira tanto gosta, “tolerância zero” para com a sinistralidade rodoviária. Ora essa tal tolerância implica que neste governo ou noutro que venha a existir, haja pelo menos uma pessoa com testículos, pode até ser uma mulher, ele há senhoras com mais testículos que muitos homens, ora como testículos é coisa que pouco existe nos governos, estamos conversados.

Não é preciso nenhuma “tolerância zero” a coisa é bem mais simples e para além de poupar dinheiro ainda seria uma boa fonte de receita, não é preciso inventar nada, basta fazer o mesmo que outros países fizeram para domar os seus grunhos.

Por exemplo coimas com valores sérios, a começar em 500 Euros, bêbados que acusem a taxa crime, que deveria ser ZERO, não precisam de ir a tribunal, ficam imediatamente sem carta, pagam coima e se o valor da taxa de alcoolemia for demasiado vão dentro e são obrigados a ter de tirar novamente a carta. Atropelamentos e fuga, julgados com homicídios premeditados com penas mínimas de 20 anos e cassação da carta, estes são apenas alguns exemplos. Acima de tudo impunha-se uma alteração legislativa, mais ainda uma alteração comportamental dos agentes da Autoridade, que deixassem a permissividade e passassem efectivamente a fiscalizar a aplicação das leis.

Isto tudo aconteceria claro está acaso vivêssemos num país de gente normal, de políticos decentes, de instituições saudáveis e de pessoas minimamente civilizadas, como infelizmente estamos a falar de Portugal, no fim deste ano, voltaremos a lamentar mais um milhar ou dois de acidentes, mais uma vintenas de vidas ceifadas e assim continuará tudo numa completa tolerância Zero a tudo aquilo que é civilizado, decente e bom para todos, viva pois o grunhismo nacional!

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

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