A semana passada ficámos a saber que há para
aí mais uma associação cujas contas alegadamente serão tudo menos
sérias. Envolvida nesta trapalhada está mais uma cara conhecida, filha
de um figurão do aparelho politiqueiro nacional.
Tudo gente seríssima, tudo gente do mais
fino recorte, bandalho sou eu, aliás em todo Portugal, existem apenas
meia dúzia de bandalhos vigaristas, sou eu e mais cinco, somos os
únicos, os restantes dez milhões são tudo gente do mais honesto que há.
Ora, sucede que, ao que consta aí pelos
circuitos da comunicação social, a gaiata filha do tal figurão, se meteu
a presidenta de uma associação, daquelas que pululam por aí qual
cogumelos, onde a rapaziada desocupada faz figura, para não dizerem que
não fazem nada, são os “embaixadores” disto e mais daquilo, das
criancinhas do Longistão ou dos gatinhos carecas da Tretonésia tanto
faz, interessa é andar por lá, ir botando faladura, ter acesso à massa e
ir aparecendo.
Dessas associações 90% vivem de
subsídios do Estado, esta que está agora na berlinda, parece que tem as
contas mal feitas, pois a tal “presidenta” alegadamente escondeu as
continhas, com que fim não se sabe, seguramente com a melhor das
intenções, segundo rezam então as crónicas as ditas contas vão agora ser
fiscalizadas, para apurar os factos e inferir de algum procedimento
criminal que seja tido por necessário para por fim à prevaricação.
Em Portugal somos todos muito capazes,
somos bestialmente capazes de roubar, desviar, esburgar e sonegar os
dinheiros do Erário público, por esse país fora, abundam, associações,
disto, daquilo e daqueloutro, SAD’s, clubes e demais agremiações todas
eivadas dos melhores princípios, que em última análise se dedicam a
sugar a mama da vaca do Estado, esse mirrada e esquálida vaca, quase
sempre assolada pela inanição.
Raríssimas são as vezes em que uma
qualquer associação não encerra dentro de si uma qualquer vaidade
falcata e medíocre que leva ao roubo descarada e à apropriação indevida
de dinheiros públicos, para fins privados, nos tempos que correm
raríssimas foram as vezes que fomos capazes de por termo a esta
roubalheira.
A coberto das crianças, dos desportos,
dos deficientes, das mulheres, dos cães, dos pastéis de nata ou até dos
chinelos de praia, milhares de pessoas espalhadas por esse país, metem a
mão naquilo que não é deles, não falo dos carteiristas que infestam
Portugal em especial Lisboa, falo claro está desta súcia de nada
raríssimas e mui capazes avantesmas vigaristas que anda no mundo
associativo.
Muitas vezes nestas traficâncias, somos
capazes de descortinar, os compadrios da politiquirice, as figurinhas da
roubalheira estão quase sempre ligadas aos politiqueiros, esses nobres
gestores da coisa pública e ainda mais capazes vigaristas.
Nem tudo porém é mau, haverá seguramente
gente honesta, poucos, o mais são damas e cavalheiros capazes de num
ápice fazer esfumar milhares de Euros, gente que promove associações de
deficientes, que se servem dos deficientes para encher o bolso, com
peditórios e subvenções, clubes de empurra bolas que devem milhões ao
Estado e que o mesmo perdoa.
Não admira pois que eles e elas sejam
não raríssimas vezes de serem capazes de roubar descaradamente os
dinheiros públicos. Ainda pior é a participação política, pois parece
que a roubalheira descarada está no ADN dos partidos do tal arco da
governação, nenhum dos três pode sequer apontar o dedo aos outros, todos
os três são a expressão mais miserável do clima de impunidade e
vigarice corrupta que se instituiu neste país.
Ele há gente muito capaz neste país, são capazes de tudo, excepto de serem honestos!
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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