Este processo da TDT é extraordinariamente emblemático da capacidade que as instituições em Portugal possuem em transformar algo que aparentemente não tem hipótese de dar errado, numa avassaladora e inenarrável trapalhada e numa absurda palhaçada que como sempre sai do bolso aos pobres dos cidadãos que tiveram a infelicidade de nascer nesta terra.
Começando pela patética cobertura do território nacional, que contempla coisas escusas como uma dita “área sombra”, zona essa onde o dito sinal não chegará, com trapalhadas que envolvem satélites e os joguinhos vigaristas das operadoras que empanturraram os pobres velhotes com pacotes de ligações por cabo com dezenas de canais em que nunca sequer porão o olho em cima, o que bem visto, bem visto transforma esta coisa da TDT, numa valente vigarice típica das palhaçadas cretinas que por cá se fazem.
Será assim tão difícil levar o sinal digital terrestre a uma terreola de meia dúzia de hectares? Pois parece que sim! O que dizer de países imensos como Espanha, França ou Alemanha, aí parece ser mais fácil, talvez porque não existam tantos aldrabões, tanta vigarice e tanta incompetência. Entre o aparente pouco interesse do governo, a vergonhosa actuação da ANACOM e a prestação miserável da chupista PT, o episódio da TDT em Portugal é mais um excelente exemplo da falta de respeito de que nós cidadãos pagantes de impostos, somos mais uma vez vítimas.
Nem uma porcaria tão simples como esta, que noutros países demorou pouco mais de meio ano, estas alimárias conseguem concluir com qualidade e com presteza. É mais uma vergonhosa e pantomineira amostragem daquilo de que realmente Portugal enferma, de gente competente que saiba dirigir, planear e efectuar as mudanças que o país eventualmente necessita.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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