segunda-feira, janeiro 09, 2012

Maçonaria e Policias Secretas

Durante os séculos XVIII e XIX a Maçonaria viveu a sua idade de oiro, trazida dos tempos primevos medievais, das confrarias de artesãos de pedreiros, dessa avoenga medieva os séculos do Iluminismo viram surgir um Maçonaria, burguesa, que apostava na elevação do homem através do conhecimento, para além de uma luta contra as forças opressoras, leia-se as monarquias absolutistas, as nobrezas corruptas e a Santa Madre Igreja.

Dela, evoluíram ou emanaram outras sociedades mais ou menos secretas, com propósitos mais musculados, que no fim do século XIX e princípio do século XX, exprimiam a vontade dos oprimidos em se libertarem dos grilhões do obscurantismo, a Carbonária, com grande expressão no republicanismo português, está entre as mais conhecidas, bem como a tendência anarquista, por esta altura a Maçonaria já não era quase importante.

Durante o século XX, decorridas as guerras, as libertações coloniais, mudando a ordem mundial, a Maçonaria evoluiu paulatinamente para aquilo que é hoje, um bom e velho “country club”, quase misógino, à boa moda anglo saxónica, onde uns bons rapazes, conspiram sobre as negociatas e falcatruas do mundo dos negócios, claro que esta visão será simplista, até porque lá pelo meio de certeza que existirão cavalheiros perfeitamente responsáveis e ilustres, poucos mas devem existir. Pior que a Maçonaria só a “Opus Dei”com as suas escusas traficâncias religiosas, mas desses curiosamente ninguém fala.

A Maçonaria é hoje um mero grupo de pressão ou de pressões que congrega dentro de si várias tendências e visões sobre o que deve ser o mundo, o Estado e as politicas de governação, esse tráfico de influências pode ser moralmente questionável, mas não é nada que não se faça noutros círculos sem ser preciso usar aventais ridículos, mas enfim, além disso a Maçonaria passou de ser um local para gente intelectualmente capaz, para ser uma instituição da moda onde os rapazelhos dos aparelhos políticos gostam de brincar às conspirações e trocar informações sobre as negociatas.

Em mais esta trapalhada típica da miserável e patética politiqueice rafeira à portuguesa o questionável é a promiscuidade imbecil entre empresas, polícias secretas, governantes e Estado, numa absurda trapalhada. Num outro artigo aqui publicado, já referi o facto de as polícias secretas portuguesas estarem na mão de amadores, de politiqueirotes miseráveis que nada percebem do assunto, esta trapalhada maçónica é um, mais um novo exemplo de que tenho razão, quantos mais serão necessários para que algo efectivamente mude?

Ser maçónico, vestir um aventalinho fumar umas charutadas, beber uns canecos, falar de negociatas, pressionar este e aquele para contratar aquele ou outro, não me parece mais grave que todo o resto da corruptocracia que somos, mas que deveriam assumir-se lá isso deviam, a bem do começo da revolução de mentalidades de que este país necessita.

Um abraço, deste vosso amigo

Barão da Tróia

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