O actual novel líder de um dos partidelhos da oposição, declarou a propósito da actual situação financeira desta cloaca de imundice que dá pelo nome de Portugal, que fomos calaceiros, enquanto sociedade, somos muito lentos.
Tal declaração seguiu-se a mais uma das imensas declarações iluminadas que Sua Excelência o Senhor Presidente da Republica fez sobre a urgência da necessidade de contenção nas obras públicas, onde claramente excedendo as suas competências Sua Excelência o Senhor Presidente da Republica, vem perorar sobre a obra de outros, confesso que partilho a mesma opinião que Sua Excelência o Senhor Presidente da Republica, no entanto, acho que lhe fica mal, enquanto suposto Presidente de todos os portugueses proferir semelhantes declarações.
Ademais, que tais conselhos, vêm de quem enquanto Primeiro-ministro de Portugal inaugurou o despesismo das obras públicas como solução miraculosa, da pessoa que instalou o monstro de clientelismo, e depois se veio queixar da existência do monstro, a pessoa que entregou, na altura, 5 milhões de contos de mão beijada a um dos maiores vigaristas do planeta.
Sua Excelência o Senhor Presidente da Republica, esqueceu-se de que foi a sua pessoa, que enquanto primeiro-ministro, forçou a política da pouca formação e salários baixos, que foi a sua pessoa que enquanto primeiro-ministro, decidiu alcatroar Portugal, enveredando pela entrega de Portugal aos grupos mafiosos da construção civil acolitados pelas autarquias, Sua Excelência o Senhor Presidente da Republica, deve ter um problema grave de memória, para não se lembrar que desde 1990, as políticas seguidas pelos vários governos pouco variam das que implementou, e são essas políticas, ou a mais das vezes a inexistência de qualquer política que nos conduziram a este estado miserabilista.
Agora voltando aos calaceiros! Passos Coelho, nesse discurso para dentro, com recadinhos para fora, não conseguiu nem pode dizer, algumas das coisas que também fomos, para além de calaceiros. Mas eu posso, ora para além de calaceiros, fomos imbecis, cretinos, vigaristas, ladrões, obtusos, ineptos, laxistas, incompetentes, ignorantes, incapazes, lorpas, burgessos, burros, canhestros, estúpidos, parvos, papalvos, parolos e enormemente palonças.
Fomos isto tudo, porque nos deixamos iludir, por golpes de teatro e girândolas, por festas e festarolas, deixamo-nos enganar por uma elite de incapazes, que só servem desbaratar dinheiro, os mesmos que vindas as próximas eleições, correremos a eleger! Para depois os maldizer e depois irmos a correr eleger os primos, perpetuando assim a roda da rapina e alimentando a doce embalagem do esburgar e do fartar vilanagem que parece ser apanágio da classe dirigente desta terra. Por isso caro Passos Coelho, termos sido calaceiros, foi o menor dos nossos males!
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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