Diocleciana Fossa, eminente primatóloga, habituada a estudar primatas e símios de todo o tipo ficou espantada, quando percebeu que nada poderia fazer para combater a corrupção que parecia minar o grupo de primatas que estava a estudar. A conceituada investigadora e reputada cientista, com excelentes trabalhos publicados sobre a macacada deste mundo, via-se agora a braços com um dilema superior, um caso de corrupção entre primatas.
No seu escritório montado nas imediações do Parque Natural de Graga, numa zona chamada Gragaparques, conhecida por ser densamente povoada com primatas de todo o tipo, gorilas, macacos, saguins, micos, colobos entre outras duzentas espécies, aquela era uma densa floresta, cheia de névoas,nevoeiros, neblinas e brumas, que faziam com que as pessoas andassem as mais das vezes completamente às cegas.
Deocleciana Fossa, tinha em Sacristão Fernandes o guarda-mor do parque, que não gostava de domingos, porque eram dias complicados em que a macacada fazia as maiores tropelias, aliás nem gostava de alguns dos macacões que por ali apareciam, mas ainda assim era uma pessoa prestável que tentava desempenhar a sua tarefa. Ora e foi precisamente com Sacristão Fernandes, que o caso começou, um certo domingo, foi abordado por um macacão que lhe oferecia dez quilos de amendoim torrado, com sal e piripiri jindungo, mais uma caixa de minis, caso o Sacristão Fernandes intercedesse junto da câmara macacal, para que um certo negócio, que envolvia muita massaroca de milho e bananas, das verdes, corresse de feição para o lado desse macacão. O pobre do Sacristão Fernandes, chamou o mano e decidiram apanhar o macaco, levando depois a coisa ao grande tribunal da macacada, onde os gorilões supremos dominavam a matéria de facto entre outras coisas da sua poderosa omnisciência e omnisapiência iluminada.
Claro que acabou tudo numa grande bananada, porque a gorilada, decidiu que o saguim que era culpado de tentar corromper, o Sacristão Fernandes, para além de saguim era também otário, porque o Sacristão, não podia ser corrompido porque não era ele que tinha a chave do armário das bananas, não tinha perfil nem competências, apesar de saber quem a tinha e de poder muito convenientemente dividir os amendoins com o guarda da chave. Uma inaudita sentença, que fez urrar de espanto, chimpanzés e orangotangos, saguins e gibões.
Naquele dia de névoa, um domingo por sinal, até lhe chamaram o domingo de todos os domingos de névoa, os macacões, decidiram a favor de mais uma grossa macacada na terra insigne das momices e macaquices, uma republica de e para bananas. Diocleciana Fossa e Sacristão Fernandes, ficaram estupefactos, com tamanha macaquice, até porque amanhã, um ou outro saguim macaco, vai usar a mesma macaquice para se escapulir de ramo em ramo, a uma qualquer macacada que pretenda fazer, ao tentar comprar com bananas a conivência de algum orangotango lorpa, desses muitos que ocupam os ramos de cima da grande árvore da macacada.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
Sem comentários:
Enviar um comentário