quinta-feira, abril 29, 2010

Mexia ou não mexia!

As alcavalas oferecidas aos figurões das empresas privadamente públicas, que temos por cá dão-me vontade de rir! No caso da EDP, mais ainda, o porquê, de ofertar de mão beijada um prémio de excelência ao administrador de uma empresa que presta a merda de serviço que presta, aos pobres desgraçados que têm obrigatoriamente de lhe comprar os serviços é mesmo uma grande anedota. Quão difícil será administrar uma empresa destas, que sabe, se a coisa der para o torto, lá vem o governo injectar massaroca para prover ao sustento e equilíbrio da desgovernada nau.
Em relação aos outros senhores administradores de outras empresas semi-públicas que embolsam grossos prémios, a anedota continua, porque ao ver de um simplório quase analfabeto como eu, qual é a dificuldade de fazer dinheiro, quando se detém a exclusividade da prestação de serviços, a equação é muito simples, basta aumentar os preços, reduzir os custos, mandando mais umas centenas de desgraçados para a rua e já está, ao fim do primeiro semestre apresentamos um lucro fantástico, verdadeiro cofre de Midas, qual foi o golpe de génio? Qual foi a intelectualmente superior capacidade administrativa? Nenhum! Nenhuma! Foi o simples bom senso de qualquer merceeiro de aldeia, que sabendo que é único, aumenta o preço e rouba na balança, é simples, fizeram-se fortunas assim.
Por isso pergunto, qual é a lógica de malbaratar assim milhões de euros, em gente que a única coisa que faz é desempenhar o papel de merceeiro de aldeia, o qual é muito bem pago, faraónicamente muito bem pago devo acrescentar, que mais valia traz essa gente ao país e ao bem-estar e felicidade dos seus cidadãos, em que é que contribuem para a melhoria das condições desta infeliz terra? Parece que em nada ou em muito pouco, um pouco tão ínfimo que não serve para nada.
Esta situação é bem exemplo, do estado de miséria intelectual e moral, que assola este país, que nos últimos trintas anos depois de colidir com o icebergue da democracia, tem vindo adornar, qual Titanic, não abrandando a velocidade nem pedindo por socorro, uma sociedade que permite este atentado sem esboçar o mínimo protesto é uma sociedade miserável e imprestável, uma sociedade de carneirada capada seguidista, que vai balindo de êxtase, enquanto com festas e festarolas, lá segue a ser fecundada no ânus mas contente da vida, razão tem o meu amigo Manel, que diz que os portugueses são intrinsecamente homossexuais, quanto mais apanham mais gostam.
É com muita dor de alma, que assisto a este descalabro moral, como sociedade estamos completamente amorfos, resignados a isto, alguns andam já muito contentes porque nas próximas eleições vão passar de Sócrates a Coelho, acabaram de escolher outro Sebastião, daqui a 5 ou 6 anos estarão a maldizer o Coelho e a querer enforca-lo na árvore mais próxima, ou já esqueceram como foi com Sócrates.

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

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