Sua Santidade resolveu-se pela atitude mais fácil, ignorar. Já é triste que as situações aconteçam, mais triste é ainda quando os responsáveis pelas instituições resolvem pura e simplesmente ignorar que elas acontecem, pior ainda é ocultar, mentir e fazer de conta que não existe. Essa foi a atitude da Santa Madre Igreja, na pessoa do seu chefe de estado, no que concerne à pedofilia, aberração que, como seres humanos que são, também os reverendíssimos padres se vêem incluídos.
Já vem de longe esta ligação, continuo a aconselhar a leitura do excelente livro “Manhã Submersa”, publicado em 1953, fruto da fina pena, desse nome maior das letras lusas Vergílio Ferreira e adaptado ao cinema em, salvo erro 1980 por Lauro António. Aí podemos encontrar, indícios do que se passaria por essas escolas de padres sátiros.
Comparar-se a Cristo, é infame, é despropositado, preferir a defesa dos cobardes, reagindo pela fuga para frente ao invés de realmente assumir o problema e ataca-lo, é para ser simpático uma atitude muito estúpida. Faz-me realmente confusão, que esta Igreja, que se diz católica, cristã, tão cheia de predicados de bondade de protecção aos fracos e por aí adiante, seja na realidade igual a todo o resto, um antro de hipocrisia e mentira.
Tentar fazer crer ao mundo que isto é apenas um ataque, dos inimigos da Igreja, é torpe e revela por si só a inutilidade dessa instituição e dos seus dogmas nefastos, crer que nada se pode fazer e desviar as atenções, quando revelando a verdadeira dimensão da hipocrisia os serviços jurídicos pontifícios tentam obter a equiparação do Papa a chefe de estado para prevenir eventuais processos judiciais, é bem sintomático de que o discurso é um e as atitudes são outras. Ficaria bem que o Vaticano assumisse o problema sem pejo, atacasse e erradicasse do seu seio as muitas ovelhas ranhosas que por lá se escondem debaixo das sotainas e paramentos, preferiu sua Santidade a atitude infeliz de olhar para o outro lado, atirando areia para os olhos dos otários que ainda lhe justificam a existência. É uma atitude vergonhosa, miseravelmente vergonhosa, mas que assenta como uma boa luva de peliça na mão maculada de opróbrio e inepta dessa instituição, que se diz diferente. A Igreja tem dificuldade em aceitar a sua própria humanidade, nunca percebi porquê.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
1 comentário:
Olá amigo
Uma vez disse aqui na tua "rubrica"que os padres e a sua sta.madre eram as ultimas pessoas do mundo que podiam discutir situações como o aborto e como o casamento.Hoje chego á conclusão que estava redondamente enganado,estes "artistas"aparecem com filhos e cada vez mais ligados a crimes sexuais nomeadamente com crianças.
Eles sempre tiveram estas práticas,mas a sta. madre que os pariu,fechava os olhos e com umas avé marias e padres nossos(deles),a coisa lá ia passando.
Uma ocasião este teu amigo foi padrinho de uma criança que como manda a tradição tinha de ser batizada por um padre,chegou a altura da cerimónia e do capelão ninguém sabia nada,a madrinha muito aflita pediu-me para ir ver o que tinha sucedido a "sua santidade",lá fui e depois de algum tempo fui dar com o gajo perdido de bêbado,caído entre dois toneis e o resto dos "companheiros" a ministrarem os primeiros socorros a quem não sabe "de que terra é".
Tudo isto para dizer porque é que esta gente não deixa de fingir que são sérios e se assumem como pessoas normais.
Foi por estas e por outras que o Marquês de Pombal meteu a "bichesa"toda num barquito e aí vão eles barra fora,só foi pena que a caravela não estivesse furada.
Um abraço
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