Não, esta não é uma croniqueta sobre a história, ou antes a pré-história da Nação, nem sobre a criança de Lapedo, um espécime que ao que parece exibe características de miscigenação entre o Homo Neanderthalensis e o Homo Sapiens, procurem mais aqui.
Esta é uma croniqueta sobre o Portugal de hoje e o seu retrocesso civilizacional, apesar de todas as alegadas benesses provocadas pela globalização, pela entrada de culturas novas, pela emigração em massa oriunda de outras cloacas, por todas essas patranhas culturais que nos enfiam pelo gorgomilo.
Esta também não é uma croniqueta contra a emigração, por isso os safardanetas esquerdeirotes que me entopem a caixa de email com dichotes cretinos podem descansar, esta é a visão de um simples labrego campesino, que perdeu o seu mundo e vive deslocado, neste século que não é o seu.
Portugal está cada vez mais Neanderthal! Com isto quero apenas dizer que estamos cada vez mais animais. Mais incivilizados mais porcos, mais burros, mais labregos, mais tudo o que é mau. Confirmam-no os estudos de OCDE’s e outros que tais. Que nos deixam sempre colocados no olho do cu desta Europa modernaça e simplex. Isto apesar de nos enfiarem constantemente o urso com paradigmas de desenvolvimento multicultural, multiétnico, multidisciplinar e até multibanco.
A fazer fé nos estudos, estatísticas e demais, patranhas sociológicas, estamos cada vez pior, ao invés dos outros nós não saímos disto. Pior, estamos a ficar cada vez mais Neanderthais, caso não saibam esses camaradas antepassados extinguiram-se enquanto espécie, fica um alerta, até porque os cadernos da história se repetem, consequentemente a cada espiral de um tempo impreciso que fica nesse limbo da ilusão, falta cumprir Portugal dizia o poeta, talvez fingisse?
Enfiam-nos pelos olhos conceitos de modernidade que só nos têm levado ao crime, à psicopatia e à falta completa de civismo. Embarretamo-nos com modelos culturais de culturas todas elas óptimas, principalmente porque não são a nossa, herdeiros da incultura governativa de um país que trata a Educação pior do que trata o lixo. Um destes dias olhava deliciado para um evento cultural, numa aldeola, onde algum peregrino visionário resolveu levar uma série de novidades culturais dessas da moda, hip-hop, rap, capoeira e coisadas dessas, haviam de ter vista a cara dos pobres velhotes, sim porque aquilo é uma aldeia de 67 almas, todas com mais de 55 anos, a pessoa mais nova é o meu Tio e tem 58, foi de cair para o chão a rir com os comentários.
No fim da actuação dos artistas, perguntavam-se os locais.
– Atão a festa este ano é só destas macacadas?
- Pobres incultos! - diriam os iluminados de serviço, que se esforçam por fazer engolir estas palhaçadas, pobres efectivamente, digo eu, que nem o pouco que resta daquilo que eles são, conseguem ter, daquilo que são as suas tradições, a sua alma o seu acreditar.
Estamos cada vez mais Neanderthais, esquecidos de civilidade de cultura de educação, e a julgar pelas modas ficaremos assim até ao próximo dilúvio, que com alguma sorte arrasará esta trampa toda, para que talvez nasça um outro mundo, com outras gentes que saibam cuidar daquilo que têm de bom.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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