sexta-feira, novembro 15, 2024

Agradeçam-lhes!

 

Fonte da imagem. https://conhecimentocientifico.r7.com/o-que-e-democracia/

 

 Levamos 50 anos de Democracia. O que temos para mostrar dessas cinco décadas? A resposta é fácil, temos muito pouco, temos infelizmente muito pouco para mostrar, estamos até, nalguns aspectos, em plena regressão.

Agradeçam aos politiqueiros. Agradeçam-lhes a roubalheira generalizada. Agradeçam-lhes o miserabilismo bem como a falta de valores, a falta de ética e a falta de decência que grassa neste país. Se por um lado nunca fomos tão “modernos”, tão informados e tão competitivos, por outro lado nunca fomos tão mediocremente governados, das juntas de Freguesia, às Autarquias, ao Parlamento acabando nos Governos, a podridão mina as instituições deixando um cheiro a dejectos, um horrível cheiro a trampa, não isto não é nenhuma piada alusiva ao "trump", para onde quer que olhemos, dizem-nos eles que é apenas a “percepção” do Zé Povinho, desvalorizando o sentir do poveco, agem como todas as elites de todos os tempos sempre agiram, o dianho é que fazendo um apanhado das notícias que nos chegam, a realidade é miserável, o país soçobra.

Não, que não existam coisas boas, o Sol vai brilhando, as praias são belas, a comida, cada vez mais cara, mas é de excelência, é curto porém, é demasiado curto para 50 anos de Democracia, para milhares de milhões aqui enterrados para alimentar as máfias nacionais, com o insigne politiqueiredo à cabeça, agradeçam-lhes pois. Mas não esqueçam que têm votado neles, não esqueçam que os têm eleito, não esqueçam que enquanto sociedade estão cada vez mais degenerados, mais celerados, mais imbecilizados, não esqueçam que o politiqueiredo é apenas a expressão da sociedade de onde provêm.

Thomas Hobbes na sua grande obra “Leviatã”, podem experimentar ler, declara que o Estado se define segundo as seguintes características “ilimitado, ilimitável, irresponsável e omnipotente”, olhando para o actual estado de descalabro deste nosso Estado, a única premissa da definição proposta por Hobbes que consigo vislumbrar é “irresponsável”, no sentido que neste nosso “Portalegrete” ninguém parece ser responsável por nada e a sê-lo, é sempre o “outro”, aquele malandro que nos procedeu, essa parece ser a grande conclusão, o Estado está doente mas a culpa é sempre do governo anterior, e como todos sabemos, nos últimos 50 anos apenas dois partidos, com uma ou outra intromissão e ou coligação, foram, e continuam a ser, responsáveis pela actual degeneração social, política e moral a que este Estado chegou, falo claro está do PS mais do seu gémeo PSD, não se esqueçam de lhes agradecer.

Levamos 50 anos de Democracia. O que temos para mostrar dessas cinco décadas? Cada vez mais miserabilismo, uma sociedade cada vez mais torpe e desregrada, um país onde impera a impunidade, um país onde uma parte da população vive da subsídio dependência profissional, um país gerido a pensar na promoção pessoal, basta olharmos para as redes sociais, aí em toda a sua glória vemos o populismo politiqueiro no seu melhor, com os autarcas às cabeça, o estado de ridículo que atingimos é verdadeiramente atroz, mas se pensarmos fundo no tipo de sociedade que temos é fácil perceber porque é que este rebotalho medíocre singra, a sociedade está podre, prenhe de mentecaptos, de inconsequentes, de poltrões e madraços, neste grande Reino do faz de conta em que nos tornámos.

Mas não temam, será ainda pior, 3 em cada 10 bebés já são filhos de mães estrangeiras, não é mau nem é bom, é a realidade a que chegámos, empurrámos os nossos filhos para o estrangeiro e entretemo-nos a receber o que calha, sendo que tenho muitas dúvidas no que toca à qualidade daquilo que aqui aporta actualmente. Não se esqueçam pois dos agradecimentos, primeiro agradeçam a vós próprios, mais à sociedade que deixaram criar, depois agradeçam aos politiqueiros, mais à construção deste pequeno condomínio que eles arranjaram para viverem à grande, mas como se diz aqui na minha terra, “todo o porco tem o seu São Martinho”, também eles o terão e se calhar bem mais cedo do que esperam.


Um abraço, deste vosso amigo

Barão da Tróia

 

sexta-feira, novembro 08, 2024

Um conto de Outono “Na terra dos calhaus”

 

Fonte da imagem: https://theconversation.com/donald-trumps-orange-face-may-be-funny-but-this-tanning-historian-says-it-masks-something-deeper-100282

 

 

Era uma vez a Terra dos Calhaus, nessa terra, um grande país segundo se dizia, habitavam os maiores calhaus, os mais cabeçudos e os mais estúpidos de todos os habitantes do Universo, fossem pretos, brancos, castanhos, amarelos e ou vermelhos, fossem, católicos, muçulmanos, judeus e ou evangélicos, fossem homens e ou mulheres, fossem novos, velhos e ou mais ou menos, os habitantes da Terra dos Calhaus, eram genericamente uns grandes calhaus, tão estúpidos, que dava dó vê-los.

Causava perplexidade aos outros povos como é que aquela gente, como é que aquela calhauzada toda conseguia sobreviver, chegarem a adultos e reproduzirem-se, perpetuando assim a calhauzice, - antes fossem estéreis – dizia um, os restantes riam, pois antes o fossem, mas não eram, além disso tinham, sabe Deus como, atingindo um nível de desenvolvimento muito alto, tinham um exército poderoso, cheio de máquinas de destruição terríveis, que vendiam amiúde, aliás esse, o negócio das armas, era um dos seus grandes negócios.

Pior, os calhaus têm a mania que são os polícias daquele Mundo, metem o bedelho em tudo, ou antes metiam, pois agora que foram a eleições, elegendo para seu grande chefe o Grande Calhau Cabeçudo da Cabeça Amarela, existem grandes dúvidas, que a Terra dos Calhaus queira andar por aí a meter o nariz na vida dos outros, até porque quem manda agora sãos Sinaleses, oriundos de uma grande ilha a Sinalésia, esses sim, são verdadeiramente poderosos, minaram tudo, copiam tudo, são donos de quase tudo, chantageiam as outras terras, ainda que de forma escondida, por enquanto, fazem o que querem, mantêm vários “cães de fila”, os Prussos, os Congreanos do Norte mais os Venuzéreos entre outra escumalha tirânica da mesma laia, estes cães de fila arranjam todo o tipo problemas naquele Mundo para manter o pagode entretido, os Sinaleses alimentam todos esses cães de fila, assim espalhados por várias ilhas, promovem guerras, promovem desacatos, promovem todo o tipo de atropelos aos direitos humanos, mantendo aquele pobre Mundo num verdadeiro inferno.

Por incrível que possa parecer, a Terra dos Calhaus juntamente com uma União de várias ilhas, chamada União Eutropeia, eram as únicas terras que iam fazendo frente aos Sinaleses mais aos seus cães amestrados, infelizmente, na Terra dos Calhaus as pessoas com pelo menos dois neurónios funcionais são muito poucas daí resultando a eleição do Grande Calhau Cabeçudo da Cabeça Amarela, o mais calhau, o mais ignorante, o mais criminoso, o mais pateta e o mais estúpido de todos os calhaus que habitam aquela terra, isto sem prejuízo de existirem por lá calhaus imbecis em barda, e assim ele foi o escolhido novamente para ser o seu chefe, num acto que revela quão pouco as pessoas daquela terra terra gostam de si próprias e dos outros.


P.S.

Primeiro levaram os negros

Mas não me importei com isso

Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários

Mas não me importei com isso

Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis

Mas não me importei com isso

Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados

Mas como tenho o meu emprego

Também não me importei

Agora vieram por mim

Mas já é tarde.

Como eu não me importei com ninguém

Ninguém se importa comigo.

Bertolt Brecht”


Um abraço, deste vosso amigo

Barão da Tróia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, outubro 31, 2024

E se o senhor fosse “branco”?

 

Fonte da imagem:https://almeirinense.pt/2023/12/27/camara-testa-faixas-em-alcatrao-na-troia/

 

 Hoje volto a esta pulhice que se gerou à volta do infeliz acontecimento do qual resultou a morte de um senhor atingido a tiro porque fugiu à polícia. E essa continua a ser a grande questão, que não oiço ninguém discutir, por que raio uma pessoa que era tida por excelente, cumpridora e honesta, um verdadeiro anjo na Terra, fugiu à polícia espoletando a sua morte.

Claro de seguida lá vieram as longas procissões de wokes, com as suas teorias imbecis de existirem em Portugal racistas escondidos atrás de cada moita, isto sem prejuízo de em Portugal existirem pessoas racistas, como aquelas que existem em todos os Estados do Mundo, tudo isto culminando numa absolutamente patética rendição em que o Governo desta anedota chamada Portugal veio dar palco a supostas ”associações” activistas, que representam os bairros periféricos da capital deste reino da imbecilidade, essas tais associações mais não são do que ninhos de extremistas algumas com um marcado pendor nazi, como por exemplo aquele senhor, oriundo do Senegal, que vive à conta do dinheiro dos nossos impostos e que gasta o seu tempo a vociferar contra o país que o alimenta, essas associações dizem defender coisas que nem os próprios sabem o que são, tudo polvilhado com frases edificantes importadas dos EUA, sobre a importância de determinadas vidas, isto prova um facto que esta gentalha woke parece ainda não ter percebido, Portugal não é os EUA.

Aquilo que se passa nos bairros mais não é que impunidade e bandalheira, decorrentes de um Estado fraco e cada vez com menos autoridade, tudo aquilo mais não é que os arroubos de alguns marginais miseráveis, habituados a ter tudo sem fazer absolutamente nada, essa é que é a realidade, isso tudo aproveitado posteriormente pelas agendas politiqueiras de vários grupelhos políticos compostos por gentalha miserável que pretende lançar o país num caos artificial, para sacar dividendos.

Então e se o senhor fosse “branco”, e coloco branco entre aspas, porque nós os portugueses temos pouco de “brancos”, dadas as nossas origens e a muita, mesmo muita gente de igualmente muitas procedências que aqui desaguou ao longo dos tempos, facto que faz com que dizer que os portugueses sã o”brancos” é um nadita pateta, ainda assim coloco novamente a questão, então e se o senhor fosse “branco”?

Teríamos igualmente todo este arraial, teríamos todo este palco dado a imbecis woke mais aos seus delírios revisionistas, sectários e racistas, sim porque o racismo primário desta gentalha é gritante, a sua falta de cultura democrática é aterradora, tudo e todos os que não partilhem as suas perfídias bem como as muitas mentiras e inverdades.

Eu cresci num bairro pobre de uma vilória da província, era um bairro de trabalhadores rurais, fazendeiros e gente dos ofícios, com ruas atapetadas de seixo rolado e algumas ainda em terra batida, cresci nos anos 70 e 80 do século passado, num bairro onde ainda não haviam esgotos, onde se tomava banho, uma vez por semana, normalmente ao sábado, num alguidar de folha de Flandres, onde o dinheiro era sempre escasso, onde casas existiam cuja casa de banho era um casebre de madeira com uma tábua com um buraco a despejar directamente para o regato que corria nas traseiras, cresci num bairro onde havia miséria, eram assim esses tempos, mas diziam os mais velhos que “é melhor que o antigamente”, o que nos fazia pensar que o “antigamente” devia ser pavoroso.

Cresci num bairro onde usávamos calças e calções com remendos, camisolas com cotoveleiras de napa, sem roupas de marca, sem telemóveis do último modelo, cresci num bairro de gente que se matou a trabalhar, nós os filhos dessa gente, uns foram caminhando, estudaram, sempre com imensas dificuldades, outros ficaram pelo caminho engolidos pela voragem das drogas que nos anos 80 entraram de rompante e em força também nestas realidades rurais, confesso que nunca passei fome, mas passei muitas dificuldades e carências, “a mãe depois compra”, “vai buscar arroz e diz à senhora que a mãe no fim do mês paga”, cresci num bairro onde o fim do mês era para pagar as contas e o pouco que sobrava era administrado com sábia temperança, cresci num bairro em que a roupa dos mais velhos passava para os irmãos mais novos e ou para os vizinhos, cresci num bairro onde tínhamos de partilhar, porque não chegava para todos, é por isso que tenho tanta dificuldade em entender estes jovens “indignados”. No bairro onde eu vivia por muita desgraça que passámos, as pessoas honestas não fugiam à polícia e não queimávamos caixotes do lixo. Então e se o senhor fosse “branco”?

P.S. - Tudo isto sem prejuízo de se ter perdido uma vida o que muito lamento.

Um abraço, deste vosso amigo

Barão da Tróia

 

sexta-feira, outubro 25, 2024

Por quem ardem os autocarros?

 

Fonte da imagem:https://headtopics.com/pt/amadora-desacatos-no-bairro-do-zambujal-ap-s-morte-de-60641105

 

A Modernidade, esta que vivemos hoje, galopantemente global, alimentada "ad nauseam" pelos Média, prenhe de agendas políticas umas obscuras outras ainda piores, tudo polvilhado com cada vez mais escória humana e gentalha politiqueira sem qualquer qualidade, essa Modernidade traz-nos regra geral o pior deste Mundo louco em que vivemos, só muito raramente somos presenteados com algo de bom que merece a nossa atenção e admiração, a situação que vivemos é infelizmente a importação da imbecilidade woke para dentro das nossas fronteiras.

A presente situação que se vive naqueles infernos  habitacionais na periferia da capital deste reino da fantasia, espoletada pelo abate de um indivíduo que fugiu à polícia, um indivíduo que no dizer de alguns era excelente, respeitador e boa pessoa. O que me levanta uma questão, que para mim é essencial, que raio de país é este, em que as pessoas “ excelentes, respeitadoras e boas” fogem à polícia quando instadas a parar? Eu pelo contrário devo ser uma péssima pessoa, pois quando a polícia me manda parar eu paro.

Existe, desde há décadas, instalada neste pardieiro a que insistem em chamar Portugal, uma cultura de impunidade e bandalheira, que começa nos escalões superiores da sociedade, em especial no politiqueiredo rafeiro que temos, vejam-se as declarações de alguns dos representantes de partidos políticos da dita Esquerda, a propósito desta trapalhada imbecil, são essas declarações de tal mediocridade que tive de as ouvir duas vezes para acreditar na baixeza a que se chegou, não que as declarações oriundas do quadrante da Direita sejam boas, não o são, no entanto deixam a milhas as da Esquerda que cheiram mal cheiram a estrume woke, são essencialmente declarações de gente sem nenhum sentido de Estado, gente de muita fraca qualidade, gentalha que deveria ter cuidado com aquilo que diz dadas as funções que desempenha, infelizmente não, falam como arruaceiros bandalhos, iguais aos arruaceiros bandalhos que defendem.

Igual e com o mesmo grau de insuficiência intelectual, foi a actuação do senhor ministro dos Negócios Estrangeiros, que ao que parece andam a gritar com militares incluindo um general, a sorte do senhor ministro foi ter dado com generais de aviário, noutros tempos, com generais com “eles no sítio” tinha engolido a dentadura para aprender a ter decoro. 

E se trouxe este triste exemplo mais o anterior, é apenas para ilustrar o estado de bandalheira e impunidade a que isto tudo chegou, não admirando então que a “bicheza” bandalha se porte com a selvajaria típica dos animais da selva, pois estão igualmente habituados à mais pura das impunidades, cientes de que nada lhes acontecerá.

Por quem ardem então os autocarros? Pelos habitantes esquecidos, dos guetos que a sociedade criou, por todos nós os que pagamos isto tudo, ou por agendas políticas miseráveis e ou por pulhas criminosos que se valem de tudo para praticarem os actos selvagens que vemos?

Não vos sei responder. Ainda assim deixo a questão primeira que continuo a ressoar na minha cabeça, o que leva uma pessoa excelente, respeitador e boa a fugir à polícia.

 

Um abraço, deste vosso amigo

Barão da Tróia

 

 

 

 

sexta-feira, outubro 18, 2024

O grande circo!

 

 

Fonte da imagem: https://www.etsy.com/pt/listing/1288548162/15-pacote-svg-de-desenho-animado-fofo-e

 

Começo por dizer que apesar de não ser frequentador nem particular apreciador do espectáculo “Circo”, é minha convicção que essa instituição e todos os que trabalham nela merecem os nossos mais fervorosos aplausos e respeito. Dito isto, o título do artigo de hoje apesar de parecer pejorativo, não o é de facto, neste artigo farei a comparação de Portugal a um grande circo, com os seus apresentadores, os seus músicos, os seus palhaços, contorcionistas, mágicos, malabaristas, acrobatas, hipnotizadores, bailarinos, amestradores, cuspidores de fogo, equilibrista, ursos, leões e outras feras, camelos, burros, elefantes, focas e macacos, araras, papagaios e abutres, arrumadores e público, enfim tudo e todos os que fazem parte de um Circo encontramos neste Portugal.

Este semana começou um dos números mais aguardados do circo Portugal, um mediático julgamento e se atentarmos bem o que não vai para ali de abutres, de ursos, de camelos e até se olharem bem e virem o vosso reflexo no vidro dos ecrãs, de araras.

Continuando com o espectáculo, ficámos a saber que no que toca à pobreza evoluímos às pargas, ou seja, continuamos com 2 milhões de pessoas a viver na indigência, os palhaços pobres portanto, ainda bem que temos um plano para erradicar os sem abrigo, lembram-se desse plano, forçado pelo grande apresentador nacional, pois, ainda estou à espera de ver o resultado disso, pior é que muitos desses palhaços pobres trabalham, não são daqueles profissionais da pedincha, essa turma da “costa direita” avessa a cumprir regras e a trabalhar que vive essencialmente de esquemas, trafulhices e subsídio dependência militante, mas não temam, “the show must go on”, e assim o circo vai andando.

Ainda hoje li algures que dos 37 heliportos sitos em hospitais apenas 5 tem licença para receber os preciosos helicópteros que salvam vidas, é uma das maiores anedotas que ouvi neste circo a que chamam Portugal, algum construiu heliportos, alguém ganhou dinheiro mas agora não há licenças, e dizem que isto é um país, mentira, isto é um circo, o circo das maravilhas.

Neste antro de títeres, robertos e outros bonecos, a farsa campeia, iludidos os espectadores rejubilam com os fogachos do disparate disparados por armas de fogo fátuo que iludem os basbaques que se babam nos sofás entorpecidos no marasmo da boçalidade, incrível este circo medíocre, nas televisões brilham os palhaços ricos a brincar às políticas, alimentados com os dinheiros das europas ricas, sim porque se contassem apenas com o dinheiro que fazem nas bilheteiras nem pra tabaco tinham, e se ele está caro danado vício, mas não temam, “the show must go on” até um dia que se esgotem os fontanários e se acabem os cabedais, nesse dia soaram as trombetas dos apocalipses e as consequentes pragas com algum dos mais avisado a gritar “Portugal delenda est”.

Aproveitem enquanto há circo, admirem os palhaços, remirem-se neles, mais nos ursos amestrados.

Um abraço, deste vosso amigo

Barão da Tróia

 

sexta-feira, outubro 11, 2024

A gaiola das malucas

 

   Fonte da imagem: https://executivedigest.sapo.pt/noticias/orcamento-bom-para-o-pais-e-que-procura-resolver-o-problema-das-pessoas-governo-apresenta-oe2025/

 

Tenho acompanhado esta novela rocambolesca do orçamento de Estado, à distância, ou seja de quando em vez vejo ou leio qualquer coisa sobre o tema, mas para ser sincero, já não tenho paciência para estas imbecilidades, especialmente quando elevadas à condição de tragédia, ademais com o alto patrocínio do intriguista mor do reino, o mesmo intriguista que promoveu a queda de um governo, estando envolvido até às orelhas num caso típico de “cunha” com a questão das gémeas brasileiras tratadas a martelo pelo nosso bom e velho SNS.

Enquanto escrevo isto, o Governo por intermédio do seu ministro Sarmento entregou o OE no Parlamento. Durante umas semanas, o dramalhão do orçamento andou por aí a correr ecrãs, ondas hertzianas e folhas de jornais, tudo comentado “ad nauseam” por todo o bicho careta comentadeiro “especialista” nisto, naquilo e também naqueloutro, são os terríveis “sabões”.

E muito se comentou, desde os agoiros mais tenebrosos, “ai a crise” declarou Sua Excelência o agoirento mor, “ai as eleições” clamaram outros, enquanto outros gritavam “ai os duodécimos” ou “ai o Chega”, tendo nós lido, ouvido e visto opiniões e agoiros para todos os gostos, num exercício surreal de paranoia colectiva, onde as aves agoirentas crocitavam maldições e premonições, como se o Mundo fosse acabar por um país medíocre e falcato, estar sem orçamento, a Bélgica esteve ainda recentemente quase dois anos, repito quase dois anos, sem Governo e não explodiu, porquê então esta parola encenação mais esta insana paranoia acerca do orçamento.

Na minha humilde opinião, tudo isto se passou porque estamos em Portugal, que mais não é do que uma enorme gaiola de malucas, porque se um governo acha que diminuir um pouco o IRS fará com que os jovens se quedem por cá para viverem de migalhas, essa presunção diz muito sobre a qualidade, miserável, dos elementos desse governo, e pior não anda a oposição que faz fica pé sobre o mesmo tema.

Esta falta de intelecto, esta absoluta indigência intelectual e falta de qualidade destas gentes governeiras, faz com que a grande discussão se prenda com um papão, a não aprovação do orçamento e consequente queda do Governo e ida para eleições, como se isso tudo não fossem ocorrências normais numa Democracia que se diz consolidada evoluída de cariz Humanista e de Direito, mais tretas.

E tão pouco isso interessava o IRS e o IRC, que fazendo fé nos órgãos de comunicação o Governo vai retirar do parlamento as propostas de lei relativas ao IRS Jovem e descida do IRC dando assim um "sinal de boa vontade" para a negociação do Orçamento de Estado para 2025, então para que foi a encenação? Então para que foi a torrente de maus agoiros? Então para que foram as “negociações”? A politiqueirice rafeira e medíocre que se pratica neste país dá vómitos, um país onde os autarqueiros preferem gastar milhões em elefantes brancos ao invés de investir em Lares para cuidar dos muitos idosos, cada vez mais e com situações financeiras mais precárias e que não encontram respostas por parte de um Estado miserável que os abandonou, o mesmo é válido para a construção de casas que os jovens possam arrendar, e não, não falo dos parasitas subsídio dependentes, esses infelizmente não saem de cá, falo de casas a preços razoáveis que permitam aos jovens casais equacionar a possibilidade de ficarem aqui por este pardieiro, infelizmente com toda esta gentalha medíocre politiqueira cavalgando as ondas do mediatismo, nada disso parece estar no horizonte digam-me lá então meus caros se este país é ou não uma grande, uma enorme gaiola de malucas.

Um abraço, deste vosso amigo

Barão da Tróia

 

sexta-feira, outubro 04, 2024

Aplauso aos Sapadores

 

 

 

Fonte da imagem: https://www.dn.pt/5872468165/ps-pede-revisao-do-estatuto-que-abrange-bombeiros-sapadores-e-municipais/

 

Os bombeiros Sapadores, cansados das vozes maviosas da cáfila politiqueira, resolveram, e bem, tomar o pulso à situação, exigindo um pouco daquilo a que têm direito, manifestaram-se junto à dita “casa da Democracia”, e friso o termo “dita”, porque pessoalmente acredito mais, que na realidade aquilo é muito mais a “casa da pulharia”, dada a enorme quantidade de pulhas, biltres e falcatos que por ali anda a roçar o cu pelas paredes, mas adiante.

Pessoalmente, acredito que os sapadores se portaram muito bem, uns pneus queimados uns petardos pra fazer barulho, uma subida pela escadaria, dizem que é proibido, sem que se perceba o porquê dessa proibição, ademais na tal “casa da Democracia”, onde o Povo que a paga não se pode manifestar, nem dentro nem sequer nas escadas, é lindo ver a Democracia a funcionar, a cáfila politiqueira faz tudo para se proteger.

Dito isto, que procuram afinal os Sapadores, procuram o mesmo que todos nós, as pessoas que trabalham e pagam esta porcaria toda, procuram dinheiro que pague, não só toda a enorme carga de impostos, taxas e taxinhas bem como efectivamente pague as funções que desempenhamos, procurando igualmente o devido respeito por esse desempenho profissional, coisa que muito pouca gente, quer seja no sector público quer no privado, demonstra em relação aos empregados e ou funcionários conforme preferirem, são exemplo dessa falta de reconhecimento e ou de pura ignorância, aposto numa boa dose desta última, as declarações proferidas pela senhora Ministra que tutela a pasta, “...os bombeiros que se estão a manifestar na Assembleia da República, são bombeiros cujo patrão não é o Estado, são bombeiros das Autarquias…”, estas declarações, vindas aliás de uma senhora ministra que em meros seis meses já nos habituou a rir das suas gafes, demonstrou, não sem surpresa nossa, três factos que revelam que a dita senhora é dotada de uma incomensurável ignorância.

Primeiro, demonstra não ter qualquer grau de reconhecimento pela profissão, como tem sido típico da cáfila politiqueira, segundo, efectivamente o “patrão” dos sapadores são as Autarquias, mas como todos sabemos quem tem o poder de legislar é a Assembleia da república e ou o Governo, terceiro e último, fiquei perplexo, então as Autarquias não pertencem ao Estado? Ó senhora ministra, tenha dó de nós, assim mata-nos a rir.

Andaram portanto bem os sapadores bombeiros, nas suas manifestações, ordeiros quanto bastou, assertivos e dispostos a lutar, a par dos polícias, dos enfermeiros, dos docentes mais dos médicos, entre outros, são exemplos vivos daquilo que é uma vincada orientação que todos os governos de todas as cores, nestes últimos 40 anos, têm colocado em prática, uma política a que tenho dado nome de “ser paneleiro com o cu dos outros”, a cáfila politiqueira adora isto, em Portugal parece nunca existir dinheiro para quem trabalha, há dinheiro para os politiqueiros, em barda, há dinheiro para encher o cu ao sector privado, há dinheiro para banqueiros trafulhas, para empresas e empresários vigaristas, há até dinheiro para parasitas subsidio dependentes chupistas, mas para quem trabalha para o tal “Estado” nunca há dinheiro, e quando surgem umas migalhitas cai o “Carmo e a Trindade”, o problema é que como já afirmei não poucas vezes, nós somos um país pelintra, uma Nação de falcatos pedinchões que há 300 anos vivem de mão estendida, não é à toa que fomos abençoados com a vara de parasitas subsídio dependentes que temos, e um Estado miserável e medíocre não pode ser probo, rouba-se demais e esbanja-se demais, logo não temos dinheiro para ser um país, essa é a verdade.

Saúdo e aplaudo sempre fortemente todos os que lutam por todos os meios pelos seus direitos, por uma vida melhor para si, para os seus e para a sociedade em que vivem, é gente desta qualidade que nos faz falta, infelizmente, temos cada vez menos gente de qualidade, gente digna, gente trabalhadora, competente e decente, infelizmente o que vamos tendo é cada vez mais merda, mais rebotalho e esse facto nada tem que ver com aqueles que chegam ao contrário daquilo que muito imbecil das direitas extremistas pensa.

Saúdo e aplaudo portanto os Sapadores Bombeiros de Portugal, pela sua luta, como saúdo e aplaudo todos os que já perceberam que só unidos se consegue alguma coisa, o que quer que seja, isto num país que desde que as legiões romanas por cá assentaram arraiais sempre levou muito bem à letra o velho adágio “divide et impera” ensinamento que o bom velho Júlio, colhera dos gregos, por demais avisados nestas questões de manter curta a rédea da populaça, atiçando uns contra os outros, e não é que passados 2 mil anos, nós por cá continuamos a deixar-nos dividir, ó poveco tanso!


Um abraço, deste vosso amigo

Barão da Tróia