sexta-feira, dezembro 19, 2025

Portugal pifou

 

Fonte da imagem:https://www.alamy.com/stock-photo/broken-portuguese-flag.html?sortBy=relevant

 

Por estes dias anda Portugal, ou o que resta dele, ocupado com as natalícias festanças, entre esse facto e entretenimento politiqueiro, as presidenciais e o seu cortejo de bisonhas criaturas, os cartazes do Ventura, mais a hérnia do Marcelo, seguem, como sempre, distraídos os portuguesitos, desde que haja copos e bola, o pessoal vai andando entretido.

Horas de emissões televisivas gastas com a hérnia de sua Excelência o senhor Presidente desta República, especialistas variados, herniólogos, politólogos,comentadeiros em geral, até astrólogos e demais trapaceiros, os basbaques do povaréu deliciam-se – ai tadinho do senhor Presidente – grita a Adosinda, tossicando o Renato morde o filtro do cigarro pensando para com os seus botões – bardamerda a hérnia, eu estou cheio de bicos de papagaio e ninguém quer saber.

Horas acamadas de entrevistas, discussões estéreis entre figurões pouco recomendáveis, almirantes, politiqueiros profissionais, alguns há muito armados em comentadeiros, sim porque é preciso ganhar uns cobres e para quem nunca fez nada excepto dar à língua, o melhor é continuar, mudo de canal e lá estão as mesmas carantonhas a debitar canalhices, inverdades e patranhas colossais, desligo o maldito aparelhómetro, vou dormir que faço melhor.

Mais um dia despontava, lá fora os melros faziam ouvir as suas algazarras, sempre preferíveis à costumeira barulheira, liga-se a televisão e catrapumba, mais uma distração, os cartazes do Ventura a aconselhar que uma conhecida rapaziada cumpra a Lei, a súcia não apreciou e lá vai o pateta do Ventura sentar o cu no mocho, horas de distração, posições extremadas entre a tralha das extremas, e eu a rir, de novo uma longa procissão de comentadeiros mais a restante tralha, a vociferar contra e ou a favor, distração pura, pelo meio aumentam-se preços disto e mais daquilo, arquivam-se processos de escumalha politiqueira, putativos candidatos não sabem de onde lhes provém o guito mas não temam, os cartazes do Ventura é que são importantes, isso e uns bonecos que passaram na televisão tão subversivos e tão perigosos que os deputados de um partidelho, cadáver moribundo da Direita betolas, hipócrita e sacrista, achou por bem levar o tema à Assembleia da República, ora aí está um belo emprego dos dinheiros públicos, isto num país medíocre onde as instituições basilares estão em caos e num claro processo de desagregação, correndo nós o risco de muito depressa nos tornarmos um Estado totalmente falhado.

A cereja no topo do pastel de nata, veio já esta última semana, questionada sobre uma qualquer avaria no sistema informático dos serviços de Imigração a senhora ministra da Administração Interna, pessoa de alta educação, catedrática e doutorada, mais não conseguiu responder que a seguinte pérola do saber académico nacional, disse a senhora a propósito da falha que, e cito; " o sistema não pifou, mas por momentos pifou1.". Meus caros, quase que rebentei a rir, e não, a senhora não estava na Leitaria Mendes&Patrocínio, doces das das melhores procedências desde 1875, a tomar um chá de camomila com as colegas do clube de canasta, mas antes a ser ouvida numa daquelas coisas chamadas “comissão parlamentar”, o que me assusta ainda mais.

Ora meus caros e assim vai esta gaiola de malucas chamada Portugal, um paraíso de imbecis, à beira da exaustão, assim distraídos os seus habitantes, pobre tropa fandanga miserável e imbecilizada por décadas de incúria governativa vegeta distraída, a elite governeira trapaceira mais não consegue que ludibriar, por isso meus caros Portugal pifou.

Um abraço, deste vosso amigo

Barão da Tróia

1https://tvi.iol.pt/noticias/amp/video/sistema-pifou-por-momentos-ministra-explica-longas-filas-no-aeroporto-de-lisboa/6942abde0cf255913376360f

sexta-feira, dezembro 12, 2025

Um grande Leitão

 

Fonte da imagem:https://www.dn.pt/pol%C3%ADtica/governo-fixa-pagamento-do-iuc-em-abril-a-partir-de-2027-e-avana-com-pagamento-a-prestaes



Leitão meu rapaz, permite que te trate assim com esta inusitada familiaridade, eu sei que és ministro e doutor e mais não sei o quê, mas é assim puto, quando tu vieste a este Mundo eu já me regalava a mirar as minisaias, quando as havia claro está, que naqueles anos a coisa ainda era escassa, por isso meu caro Leitão, permite-me esta familiaridade, até porque esta missiva é apenas informal, oriunda dum pobre Diabo, não leves a mal pá até porque tens problemas mais prementes para resolver, desde logo os problemas aparentes de adição a uma qualquer substância alucinogénia que demonstra o teu chefe, mas isso é conversa para outro dia.

Quero dizer-te, Leitão meu rapaz, que ouvi com atenção as tuas palavras sobre a greve geral, começo por te dizer que apesar de ser um pobre funcionário público de uma autarquia, não sou sindicalizado, nem acredito em greves, apenas aderi a uma greve, há muitos anos, quando vi o que me descontaram ia tendo uma apoplexia, dito isto e para que conste, nada me liga ideologicamente a essa rapaziada partidária travestida de sindicatos, aliás abomino este “sindicalismo” nacional, mas andando que também não é disso que te quero falar.

Ias inflamado a debitar os teus bitaites, quando proferiste, na minha humilde opinião, a mais preocupante das bojardas que te ouvi, cito, "O país está a trabalhar". Leitão meu rapaz, eu sei que foste para ali papaguear o guião da peça “Montenegro no país das maravilhas”, Leitão meu rapaz, o que te devia preocupar é precisamente isso, o facto de, a ser verdade, coisa que até acredito, o país estar a trabalhar, porque se com a legislação laboral actual a coisa está assim quando aprovares a do teu faz de conta que é um governo, estaremos a roçar o regime esclavagista.

Leitão meu rapaz, entristece-me que não consigas perceber em que país vives, então vou explicar-te, ouve bem puto, tanto no sector privado como no sector público, muita gente não faz greve porque tem salários miseráveis, sim, não sei se o sabes mas nem todos ganhamos 7 mil e tantos Euros como tu, olha, eu por exemplo, a casa chegam 970 mais pataco menos pataco, depois dos descontos claro está, se fizer um dia de greve lá se vão 70 paus, fico com 900, para ti pode parecer pouco, apenas um almoçito ou um jantarito, mas para mim e para milhares de pessoas que trabalham com salários miseráveis, quaisquer Euro faz toda a diferença, Leitão meu rapaz, sendo ministro, não perceberes isto é grave, muito grave, sabes meu rapazito, a malta até fazia greve, mas depois ainda ia sobrar mais mês mas tu não sabes o que isso é, pois não?

Leitão meu rapaz, depois a certa altura ainda dizes, e cito, “"esta parece mais uma greve da função pública(…)”, de novo revelas-te ignorante meu pobre Leitão, eu sei que és doutor e tal, mas toda essa formação académica aproveitou-te pouco, és ignorante pá, pois se os funcionários públicos que efectivamente são quem, por enquanto, mais está protegido contra a pulhice politiqueira das leis do trabalho, imagina os outros, revelas mesmo pouca educação, pois desvalorizares assim os teus subordinados fica-te muito mal meu rapaz é uma falta de respeito por todos aqueles que tem a obrigação de implementar as políticas que o teu governo acha por bem implementar, é trair e apoucar as pessoas que trabalham para ti pá, fica-te mesmo muito mal.

Leitão meu rapaz, tens 45 anos, és um miúdo pá, viveste sempre na bolha, ficava-te bem desceres à terra, aqui no lodaçal onde nós os tristes, os títeres labutamos diariamente, enquistados em lutas intestinas sem percebermos que somos manipulados para odiar outros tão pobres e explorados como nós somos, “divide et impera” dizia o outro, Leitão meu rapaz, o facto de não perceberes nada disto só me faz pensar que és apenas mais um, da longa súcia de emplastros políticos que enche os bolsos às nossas custas, um sensaborão pateta.

O país está um caos, com quase tudo a rebentar pelas costuras, alcandorado na bolha das maravilhas, o senhor Montenegro alucina, é outro que não percebe, outro que vive na “bolha”, se estes “sindicatos” medíocres metem nojo, com as suas agendas politiqueiras, este governo dá igualmente asco, uma corja miserável e subserviente, que mais uma vez segue as directivas de antanho ditadas pelo medíocre gasolineiro de Boliqueime, Leitão meu rapaz, tu fazes parte dessa cáfila, desce à terra miúdo, enquanto ainda há tempo para ver o por do Sol, escutar a brisa nas árvores e os grilos, pois quando isto der o peido mestre, e vai dar, dará para todos, um abraço pá.


P.S. – Tenho-me rido a bandeiras pregadas com vários maduros, desses comentadeiros “travestis” políticos, acusando a greve de ter motivações políticas. A pergunta que deixo é simples, em que dia depois de 1974 é que uma greve em Portugal não teve motivações políticas? O conselho que lhes dou a essas alimárias é que não nos tomem por imbecis.


Um abraço, deste vosso amigo

Barão da Tróia

sexta-feira, dezembro 05, 2025

Viva Vieira!

 

Fonte da imagem:https://expresso.pt/blitz/2025-12-03-manuel-joao-vieira-foi-ao-tribunal-constitucional-formalizar-candidatura-viva-portugal-absurdo-luminoso-e-absolutamente-necessario-6f05b641

 

 

Esta semana assisti a várias entrevistas aos variados putativos candidatos ao cargo de mais alto magistrado desta anedota, perdão, deste país, ele os há para todos os gostos, não sei se sabem mas no portal da Candidatura1 constam, à data que consultei o dito portal, os nomes 45 de candidatos à Presidência da Republica, mas dizia eu que esta semana, vi muitas das entrevistas feitas, consultei igualmente o acima mencionado Portal, e vai daí que tomei uma decisão, apoiar o candidato Vieira2, por ser de facto o melhor candidato e o único que verdadeiramente representa Portugal, ou antes o que resta de Portugal.

Passo a explicar, todos os outros candidatos estão orientados, por agendas pessoais e ou partidárias, uns por vaidade, outros porque acham piada, outros ainda porque ligados às estruturas partidárias do costume, destes, encontramos desde os representantes do sistema pútrido dos últimos 40 anos, que hoje se esforçam por dizer que não são políticos, assim disfarçados de “comentadeiros” televisivos, onde é que nós já vimos este filme, pregam-nos sempre a mesma patranha, nem imaginação têm.

Outros dos candidatos da classe dos politiqueiros, são os tristes representantes de cadáveres partidários, candidatos que mais não representam do que estertores de corpos políticos quase defuntos, a outros que são uma espécie de flatos oriundos de agremiações partidárias em ascensão e que necessitam de palco para propagar as suas patranhadas absurdas além de se orientarem com uns “trocados” que com certeza advirão das votações se a coisa correr bem.

Quando comparado com esta imensa vaga, qual maremoto, de tralha politiqueira e falcatagem de duvidosa procedência, Vieira parece um tribuno dos tempos da Roma antiga, um senador. É certo que o ar avinhado, trapalhão, desgrenhado quase um sem abrigo, não o dignifica, aos olhos da maralha pateta e patética habituada a julgar os livros pela capa, nada como “um aldrabão de fato e gravata que depressa se torna diplomata*, para alegrar a malta.

Vieira é neste momento, nesta sua bendita candidatura, a personificação de um Portugal moribundo, um Portugal de beberões, de velhas alcoviteiras, de comadres maldosas e compadres putanheiros, Vieira é a personificação perfeita desse ainda existente e valoroso Portugal a caminho da extinção, nenhum dos ocupantes do cargo, conseguiu personificar e tão bem representar esse meu Portugal quanto Vieira consegue, isto num país que viu como presidentes várias corujas quadrilheiras sensaboronas, começando por aquele gasolineiro de Boliqueime enxertado em economista de quinta apanha, culminando no megafone mediático que actualmente temos, é uma lista patética, Vieira não é nada disso.

Vieira, sabemos que a personagem que criou e a máscara que coloca, não são o cidadão que se esconde lá por detrás, os outros, todos, valem-se igualmente dessas máscaras, ai se vocês soubessem, essas máscaras de pulhice plástica arrastam multidões é verdade e só no regaço do lar ou em momentos quasi secretos, as retiram e se pode ver realmente, com a parcimónia relativa de que até que ponto conhecemos alguém, quem é na realidade o senhor doutor. Os verdadeiros bufões, títeres e robertos, são os outros, não Vieira, os outros não representam mais que interesses manhosos, trapaças obscuras e negociatas que há 40 anos desbaratam Portugal, arrastando-o para aquilo que é hoje.

Pois aqui tendes meus caros, porque apoio Vieira, o beberão, o maltrajado, o insolente, o iconoclasta infiel, porque meus caros, estando nós à beira do colapso, se é para acabar acabemos em grande com putas e vinho a rodos. Viva Vieira!

Um abraço, deste vosso amigo

Barão da Tróia

*Um abraço ao amigo que me disse esta verdadeira pérola do saber, obrigado MC um grande abraço.


1https://www.portaldacandidatura.mai.gov.pt/pesquisa?idEleicao=1200

2https://www.facebook.com/vieiracandidato/?locale=pt_PT

sexta-feira, novembro 14, 2025

Ai a memória...

 

Fonte da imagem:https://aventar.eu/2022/06/07/e-que-tal-um-artigo-sobre-a-mafia-do-bpn-professor-cavaco/

 

 

 

O actual governo à laia de governos anteriores, achou por bem, fazer uma festarola, paga por todos nós entenda-se, para comemorar o quadragésimo aniversário do consulado do senhor Silva enquanto Primeiro-ministro desta espelunca vulgarmente conhecida por Portugal, de relembrar que dos consulados do senhor Silva, como ilustra a fotografia acima, saíram alguns dos mais rematados vigaristas e trafulhas dos últimos 40 anos bem como uma série de vícios de corrupção que se vão perpetuando, convém relembrar que a memória do Povo é fraca e toldada pela pinga parece ainda estar pior.

Vamos então a um introito histórico para enquadrar a coisa, em Novembro do já mui longínquo ano de 1985, no ano seguinte Portugal assina o protocolo para a entrada na então Comunidade Económica Europeia1, começando a jorrar os milhões diários para a dita “convergência”, o senhor Silva tomou então posse, como já se disse em 1985, enquanto Primeiro-ministro de Portugal, tiveram assim início 20 anos de miserabilismo cavaquista que nos trouxe à miséria que hoje vemos, o senhor Silva se fosse um monarca seria Silva 1º de cognome “O Vendilhão”, pois enquanto Primeiro-ministro o senhor Silva limitou as suas políticas aquela coisa salazarenta do “poupadinho” remediado, destruiu tudo, a indústria pesada, as pescas, os caminhos de ferro e a agricultura, e não nos esqueçamos que Silva 1º “O Vendilhão”, a seguir ao cargo de Primeiro-ministro continuou a espalhar miserabilismo durante mais 10 anos até 2006 enquanto presidente da República.

Ora o actual primeiro-ministro, um senhor que é agente imobiliário e em part-time faz de conta que governa este país, o senhor Montenegro, personagem bisonha com o carisma de uma fatia de queijo flamengo deixada ao Sol, achou por bem, como outros anteriormente, fazer a tal festarola comemorativa.

Rapaz dado a discursos fleumáticos, porém ocos, o senhor Montenegro lucubrou arengando às hostes, sobre as magníficas qualidades do senhor Silva, a certa altura diz “...Há um Portugal antes e depois de Cavaco Silva.” permitam-me que discorde, de facto há Portugal antes do senhor Silva, depois dele restou isto que temos e constatamos hoje, que de Portugal já só conserva o nome.

Mais à frente, o senhor Montenegro volta à carga declarando que o senhor Silva “Teve impacto em várias gerações”, nesta sou forçado a concordar, o senhor Silva efectivamente impactou fortemente as gerações, hipotecou todas as gerações posteriores aos seus desgovernos, o senhor Silva iniciou a ruína do SNS, o senhor Silva começou a campanha de diabolização dos professores e a destruição da escola pública, o senhor Silva destruiu a ferrovia, matou o investimento e implementou uma política de baixos salários e precariedade, apesar de anos mais tarde salvo erro em 2013, enquanto Presidente da República, declarar à boca cheia, não de migalhas de bolo-rei, que a precariedade e os salários baixos não representam uma solução para a economia portuguesa, é caso para relembrar o velho adágio “...que bem prega Frei Tomás…”.

Tudo isso, e mais que aqui não cabe, devemos ao excelente e mui capaz senhor Silva, à “inspiração governativa” segundo confessou o senhor Montenegro, estamos então tramados se a inspiração é o senhor Silva. Porque afinal o senhor Silva foi na verdade a grande inspiração, o grande exemplo, marcando o passo de todos os governos seguintes que mais não fizeram do que hiperbolizar as suas políticas canhestras, todos lhe seguiram as pisadas, sejam os medíocres governos do PS, sejam os medíocres governos do PSD, todos continuaram a senda da destruição das instituições chave do país, Educação, Saúde e Justiça, mas será que o senhor Silva fez tudo mal, claro que não, terá acertado nalgumas certamente, por exemplo construir autoestradas para depois nós pagarmos portagens faraónicas, mas aplauda-se-lhe o sentido de Estado que sempre demonstrou.

Concluindo se achei, e manifestei a minha opinião, uma labreguice as anteriores festarolas similares, comemorando igualmente, os 40 anos anos dos governos de Soares e de Balsemão, respectivamente em 2016 e em 2021, faço o mesmo em relação a esta labreguice, mais uma, a propósito do governo do senhor Silva, pessoa que pessoalmente abomino ao ponto do asco com direito a vómito, creio que nenhum político contemporâneo me suscita uma reacção tão adversa como o senhor Silva por quem confesso nutrir o maior desprezo, afinal sou só humano.

O senhor Silva “O Vendilhão”, personifica para mim, tudo aquilo que de mais abjecto, medíocre e miserável tem a política nacional, uma personagem cinzentona sinistra, que, é minha firme convicção condenou este país a este miserabilismo endémico contemporâneo, pois foi o senhor Silva que ditou a bitola a que todos os outros posteriores ineptos se agarraram, por tal não consigo tragar esta criatura nem tão pouco calar a minha revolta quando o vejo elevado aos píncaros, parece que já se esqueceram da frase “...o BES é sólido…2”.

40 anos depois, estamos nisto que estamos hoje, cada vez mais miseráveis, mais pobres, com as instituições em colapso, mediocremente servidos de gentalha politiqueira, um país esventrado, despojado dos seus melhores, um país de velhos arruinado por 40 anos de governeiros incapazes, e à cabeça dessa cáfila, o senhor Silva, quando quiserem agradeçam-lhe.

Um abraço, deste vosso amigo

Barão da Tróia

1https://www.google.com/search?client=firefox-b-d&q=eu+quero+ver+portugal+na+cee#fpstate=ive&vld=cid:074d6f20,vid:KjCxdfk-kUM,st:0

2https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/cavaco-silva-garantiu-que-os-portugueses-podiam-confiar-no-banco-apenas-13-dias-antes-da-queda-do-bes/

sexta-feira, novembro 07, 2025

Ode aos lambekus de Almeirim

 

Fonte da imagem:https://humbertodealmeida.com.br/de-lambe-cus-as-pessoas-anonimas-que-lambe-cus-tambem-sao/

 

 

Hoje estou triste, de vos ver, plangentes, órfãos,
pobres de vós que ficastes sem dono, órfãos,
revoltam-se-me as entranhas qual oceanos lavrados por feras procelas,
tal que se me matizam de atros pensamentos as meninges,
por vos ver tão desolados, tão longe além,
tendo de ir deixar comentários sobre Santarém,
quando este buraco degradante e ruim
de onde ele saiu, é aqui mesmo o de Almeirim,
ó pungentes lambekus, ó cáfila torturada, assim mal abandonada, órfãos,
parte-se-me o coração de vos ver tristes cabisbaixos,
rodando pelos cantos, sem os encantos do dono,
longe vão os dias das caninas exaltações às obras do mestre,
e que grande obrador foi, tanta a trampa que fez,
longe vãos as ditosas horas que latiam e abanavam a cauda a cada postagem,
agora ao ver-vos órfãos, parte-se-me o coração.
Ó excelentes lambekus de Almeirim, não temais,
quatros anos passam num roldão, antes que percebam,
de novo soará a trompa de Rolando clamando pelo mestre,
não mais órfãos sereis, podereis novamente ladrar aos infiéis,
gentes más e torpes que maculam a imagem do precioso omnipotente,
ó adorados lambekus, o dono adora-vos e quase não vos esqueceu,
mesmo antes de partir deu a mão a uns quantos, empoleirou-vos bem,
há que manter os lambekus ocupados,
mas não temam, ó lambekus de Almeirim,
prestes o terão de volta ao Desejado, o ungido, o todo poderoso,
prestes deixarão de estar órfãos, de vegetarem pelos cantos de orelhas caídas, mesmo aqueles que invectivavam o dono comparando-o à loira do grande Petrarca, hoje viraram o leme, e lambem cus, entretidos em comezinhas tiranias,
eu por mim, na minha timida pequenez, continuarei um insubmisso português,
daqueles de coluna dotado,
mesmo que continueis a ter grossos cabedais e a assinar de cruz,
eu manterei a minha probidade e honradez, pois ao fim ao cabo,
ao pé de mim, não passais de uns vermes lambekus.

Um abraço, deste vosso amigo

Barão da Tróia 


sexta-feira, outubro 31, 2025

Burquices...

 

Fonte da imagem:https://www.bbc.com/news/world-africa-38574457

 

 

Deixei assentar a poeira, para então hoje, mais calmamente poder “atacar” esta coisa das burcas. Uma coisa interessante que esta, não despiciente questão, como alguns pretendem, nos fez observar foi a quantidade de “libertários” quer de Esquerda, a grande maioria, quer alguns de Centro-Direita, que se insurgiram contra a proibição do uso dessa espécie de açaimo nos espaços públicos de Portugal, proibição que acho muito bem, porque sou e sempre fui adepto da velha máxima “Em Roma sê Romano”.

É comum dizer-se que "o diabo está nos detalhes", os pormenores, que muitas vezes podem à primeira vista passar por insignificantes são porém cruciais podendo trazer problemas inesperados ou causarem crises que vão avolumando, proibir a burca é começar a tratar de detalhes que mais tarde ou mais cedo nos trarão, como nos dias de hoje acontece a outros, graves problemas.

É evidente que esta palhaçada religiosa das burcas, levanta uma série de questões do Direito, das liberdades pessoais à liberdade religiosa, no entanto há que, na minha humilde opinião, moderar as «religiosices» e as «culturices», sempre que estas atentem e ou colidam, como é o caso da burca contra os príncipios da República laica que somos, bem como os nossos valores europeus, devemos estar atentos em especial aquelas particularidades que atentam contra os direitos humanos legislando de forma que lhes ponham cobro e dizendo claramente que quem não gostar a porta é a serventia da casa, é preciso coragem, coisa que muito falta, infelizmente, aos nossos medíocres politiqueiros, e se me chateia que cada inauguração tenha invariavelmente um cura a benzilhar as instalações, a burca chateia-me com a mesma veemência.

Os tais “libertários”, na sua maioria gente oriunda das Esquerdas, fartaram-se de ulular contra a recentemente aprovada proibição da utilização dessa, é tão divertido ver os trotskistas marxistas leninistas a berrar a favor do “açaimo”, logo eles que são tão libertários, logo eles que querem cortar todas as amarras e grilhões, logo eles que que tanto defendem os direitos humanos, logo eles que enchem a boca com o Povo, quem é que entende esta gente.

Esta gentinha, que agora tão fervorosamente se mostra ofendida por uma questão pertinente de defesa das mulheres, de defesa de valores europeus de liberdade e respeito pelo ser humano, são os mesmos que há 50 anos vegetam pelos corredores do «Poder» sem nada fazerem para erradicar os vergonhosos números da violência doméstica sobre crianças, sobre velhos e sobre mulheres. São os mesmos que nada fazem para por cobro à discriminação salarial das mulheres ou dos deficientes, são os mesmos que nada fazem para implementar a criação de lares, CRI’s, instalações de cuidados continuados e paliativos, são os mesmos que há 50 anos nada fazem para que tenhamos uma Lei de Saúde mental digna, que dê uma vida de dignidade a quem sofre de problemas do foro psiquiátrico, é esta gente que anda tão fervorosamente contra a justa proibição de uma aberração religiosa que não tem lugar neste país.

O Islão é um projecto político de cariz religioso de conquista militar. É-o hoje como sempre o foi desde o início, ouve-se com muita frequência que o Islão é uma religião de Paz, a esses tenho por hábito responder que não existem religiões de Paz, e o Islão não é de todo uma religião de Paz, nunca o foi. E como vemos noutros países europeus, a ameaça é bem real, em conversa com um amigo, rapaz que por motivos profissionais viaja amiúde para países de maioria muçulmana, esse meu amigo exaltou a bondade e cordialidade das pessoas que vai conhecendo, não duvido, respondi-lhe, ele há gente boa em todo o lado, o pior é a visão macro da coisa, a visão de quem efectivamente manda e que leva que num ápice que boas pessoas se tornem os piores dos facínoras, e quantas vezes já vimos isso acontecer?


P.S. - Não sei se sabiam mas Marrocos, proibiu a importação, confecção e venda de burcas em 20171, é só para avisar os distraídos, vou ficar à espera de ver os “libertários” irem lá a Marrocos fazer manifestações.


Um abraço, deste vosso amigo

Barão da Tróia

1https://www.bbc.com/news/world-africa-38574457

sexta-feira, outubro 24, 2025

Sem glória…

 

Fonte da imagem:https://expresso.pt/sociedade/2025-10-23-carris-deu-informacao-errada-a-investigacao-do-acidente-com-o-elevador-da-gloria-26249d59

 

 

Esta semana que passou, ficámos a conhecer o relatório1 sobre o infeliz desastre do Elevador da Glória, quem assim o desejar pode consultar o dito na ligação que mais abaixo disponibilizo. Não pretendo porém, nesta pequena escrevinhadela deter-me nos aspectos técnicos desse relatório, que já foram exaustivamente dissecados pelos muitos e variados “especialistas” especializados que enxamearam as televisões nos minutos, horas e dias imediatos à saída desse relatório, não, o meu fito é outro, apenas discorrer sobre uma realidade que todos conhecemos mas sobre a qual poucos falam.

O muito trágico acidente com o Elevador da Glória, entra na categoria de uma infeliz e longa sucessão de trágicas barracadas que ceifaram vidas, mercê apenas da nossa proverbial queda para o laxismo, a inépcia, a incúria e a mais absoluta e pavorosa incapacidade além de pura indigência intelectual que ocorre transversalmente pelas cadeias de comando das instituições nacionais.

Como muito bem sabem sou funcionário público, há décadas que observo os indigentes intelectuais, os néscios, os sabujos intrujões e os incapazes serem consecutivamente elevados a cargos de chefia, sem outra qualidade que possuam que não sejam a enorme capacidade de lamber cus e ou serem detentores de cartões de filiação partidária, logo protegidos pelas máfias politiqueiras há muito instaladas nas instituições públicas deste antro chamado Portugal, há décadas que vejo a decadente e podre rede de ineptos instalados nos lugares de coordenação, administração e chefia, falcatos, cujos lugares dependem da capacidade subserviente de lamberem o cu à corja dos politiqueiros medíocres que neles mandam.

É já algo longa e custosa em vidas a lista2 de acidentes da índole deste mais recente do Elevador da Glória. Das “Cheias de Lisboa de 1967”, ao desastre ferroviário de Alcafache em 1985, a queda da Ponte em Entre-os-Rios em 2001, passando pelos incêndios de Pedrogrão em 2017, temos uma longa lista de incidentes fruto de uma enviesada maneira de agir, da insistência em nomear gentalha torpe e medíocre para lugares de importância crítica, juntando-se a isso uma muito fraca cultura de segurança, a gestão merceeira mais a ganância além do ainda menos respeito pelas pessoas, tudo por junto desemboca neste tipo de infaustas situações.

O que aconteceu portanto, na minha muito humilde opinião, foi mais um destes episódios de inépcia, incúria, incapacidade, merceeirismo, miserabilismo intelectual e mediocridade consentâneo com a longa história desse tipo de ocorrências anteriormente aludidas, infelizmente, no recente acidente com o elevador, juntaram-se novamente as condições ideais para mais uma catástrofe, que de novo ceifou vidas, as carpideiras do costume lidaram com a ocorrência, como é seu costume, as administrações demitem-se, os politiqueiros da oposiçâo exigem a demissão dos da situação, estes defendem-se atabalhoadamente com argumentos patéticos e daqui a uns tempos já ninguém se lembra de nada entretidos com futeboladas, festanças e festivais, orgias, comezainas e bebedeiras, até ao próximo infortunio que ceifará mais umas quantas vidas, de novo o dito servirá para abrir canais de televisão em busca de audiência e como dizia o outro ...tudo como antes, Quartel em Abrantes.

O triste disto tudo é que não aprendemos nunca nada com as tragédias, enquanto povo somos mansos, exigimos pouco, as elites politiqueiras medíocres continuarão a criar as suas redes de chefias igualmente medíocres cheias de gentalha intelectualmente indigente, a falta de planeamento, de fiscalização, de profissionalismo bem como a falta de prevenção e implementação de uma cultura de segurança continuará como até aqui, dou-vos como exemplo o miserabilismo criminoso do transporte de crianças em Portugal, onde politiqueiros, escolas e demais actores deste sistema podre assobiam para o lado, numa mais que abjecta mediocridade e falta de cultura de segurança, interessam pouco as pessoas.

Os medíocres mais os ineptos continuarão a ser elevados ao céu, os realmente bons vão tornar-se maus e nada mudará, porque Portugal é um antro de gentalha asquerosa.

Um abraço, deste vosso amigo

Barão da Tróia


1https://www.gpiaaf.gov.pt/upload/processos/d054263.pdf
2https://eco.sapo.pt/2025/09/06/as-maiores-tragedias-em-portugal-dos-ultimos-65-anos/