Fonte da imagem: https://www.publico.pt/2025/04/30/sociedade/noticia/apagao-geral-peninsula-iberica-terceiro-dia-procuramse-respostas-2131413
Aconteceu! Assistimos a algum pânico, felizmente coisa de pouca monta, ficámos sem luz, corremos a comprar água e enlatados, ralhámos, ficámos indispostos, no meu caso passei 6 horas no meu local de trabalho que é um serviço público nada essencial, a olhar para o tecto, - se calhar querias ir para casa – podem alguns de vós estar a pensar, por acaso queria, houvesse havido algum bom senso, mas enfim, nenhum mal ao Mundo veio, por ter ficado 6 horas a ver passar a banda, entretanto ao fim de umas valentes horas, lá veio a bem dita energia, houve palmas, gritaria regozijo e até foguetes, a coisa estava, por ora, resolvida, venham os especialistas comentadores mais as comissões de investigação.
Não me vou debater com as causas da ocorrência, faltam-me competências, não percebo patavina das negociatas das “electricidades”, curioso que quem nos governo está igual, no entanto algumas pistas nos foram sendo deixadas, a UE deixou-nos há uns tempos o conselho para fazermos um kit de sobrevivência para 72 horas1, em Fevereiro, o Secretário-geral da Nato, o senhor Mark Rutte tinha aconselhado os membros da União a “...prepararem-se para a guerra...2”, já em Dezembro o mesmo Mark Rutte, tinha afirmado que “...não estamos preparados para o que aí vem…3”, mas se nos lembrarmos no início do ano passado logo em Janeiro, o Almirante Rob Bauer, há altura chefe do comité militar da NATO, dizia “...preparem-se para tudo...4”.
Tendo em conta estas pistas que nos foram deixadas, tirem as conclusões que acharem por bem, claro que existem coincidências, que as mesmas fazem parte desta coisa que costumeiramente apelidados de “a Vida”, por conseguinte, as coisas são aquilo que são e há mais no mundo do que alcança a vista, como sói dizer-se.
Qualquer que tenham sido as causas, também não é disso que vos quero falar. Quero falar-vos antes da fragilidade, a imensa fragilidade que a realidade do “apagão” veio novamente revelar. Portugal, mostrou novamente que possui um sistema cheio de fragilidades, a porcaria do SIRESP, voltou a mostrar que é isso mesmo uma porcaria, uma muito dispendiosa porcaria, as políticas de redundância, como o “Black Start5”, cumpriram a função para a qual foram desenhadas, apesar de insuficientes, cumpriram.
Coisas tão simples como as gasolineiras terem geradores que possam assegurar o seu funcionamento em caso de falha de energia, é absolutamente patético. O desnorte comunicacional, por parte dos vários governantes, a que se assistiu após o retorno da energia é ainda mais alarmante, revela que aquela gente, ficou quase tão perdida como nós todos os simples cidadãos, tal não deveria acontecer, mas é a triste realidade.
Concluindo que longa vai a arenga, o tal Apagão, mostrou novamente que a Europa tem pés de barro e que Portugal nem sequer tem pés, sem prejuízo de muita coisa até ter funcionado, algumas mais pelo espírito do “desenrasca” nacional do que pela existência de políticas concretas desenhadas pela horda politiqueira, essa corja de ineptos, que sem pejo logo que pode apareceu pelas televisões a tecer loas a si mesmos, parabéns aos Portugueses que revelaram resiliência e não se deixaram afectar pelo pânico, que isso sim teria sido o pior dos cenários, felizmente em Portugal, que se saiba, não existiram vitímas provocadas por esta ocorrência. Se querem um conselho, façam mesmo um kit de sobrevivência, é investimento, esperemos que nunca seja preciso…
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia