Fonte da imagem: https://biodiversidade.com.pt/biogaleria/azinheira/
De hoje a uns quantos dias, lá vamos nós, os que ainda votam, dirigir-se às mesas de voto para exercer o nosso democrático direito de eleger o próximo governo. Vou como já o faço desde que nos é permitido, votar em mobilidade, voto uma semana antes, porque detesto o dia das eleições mais aquele cortejo de abutres maltrapilhos que sempre encontramos pespegados à porta perfilados para uma espécie de beija-mão, à qual a carneirada anuiu com gosto, pessoalmente abomino essa imagem de feudalismo bafiento.
Falando em imagens, se me fosse pedido que escolhesse uma imagem que ilustre o próximo acto eleitoral a imagem que eu sem qualquer dúvida escolheria seria a de um vagabundo remexendo num caixote de lixo à procura, por entre os detestáveis detritos, de uma qualquer porcaria que ainda sirva para alguma coisa.
É realmente muito triste que veja a coisa neste preparo, o acto democrático de votar deveria ser algo alegre, algo que nos enchesse de orgulho, por participarmos, o melhor que podemos e sabemos na vida do nosso país, para mim, infelizmente, votar tornou-se um dever penoso, uma seca que deprecio cada vez mais.
E a causa dessa triste melancolia que quase dá vómitos, é tão somente o estado de miserável degradação a que este país, na minha perspectiva, chegou. Uma degradação pavorosa, que leva a uma falta de qualidade incrível da gente politiqueira de hoje, olhe-se para a Esquerda ou olhe-se para a Direita o mais que se perfila é rebotalho, trapagem, gentalha medíocre sem réstia de qualidade, isso faz com que ir votar me seja atrozmente difícil, mas vou. Sempre.
Neste actual estado de miséria, escolher num partido onde votar pode ser um exercício penoso e demorado, excepto no caso daqueles que pertencem ao grupo e ou estão grandemente afectados por “partidarite”, nestes últimos casos o problema está resolvido, mesmo que o partido pelo qual nutrem militância e ou simpatia seja a pior das porcarias, quase ninguém muda o seu voto, quanto ao resto de nós, que não alinhados naquelas cáfilas partidárias, escolher um que nos “sirva” é muito difícil.
A dificuldade está no simples facto de que olhemos para o lado que olharmos só vemos, indigentes intelectuais, rebotalho mais gentalha medíocre, o mais que vemos são intrujões, aldrabões, trafulhas e medíocres, aliás a mediocridade parece ter tomado conta da classe política nacional, é ver a qualidade geral dos membros dos vários governos, dos deputados eleitos, dos presidentes de Câmara Municipal mais dos Vereadores e até a qualidade dos Presidentes de Junta, sem prejuízo da muita boa gente, gente com princípios, com ética e competente, que faz parte daquelas instituições, esses porém são uma minoria, o mais é rebotalho.
Ainda assim, no próximo dia 18 votem, participem, não deixem para outros uma escolha que deve ser vossa, cabe-nos expurgar este país do muito lixo que está acumulado na politiqueirice, votem em consciência cientes do valor das vossas escolhas individuais, mais que tudo não abdiquem da Democracia nem da Liberdade, são bens preciosos que estão em perigo, votem!
Um abraço, deste voss oamigo
Barão da Tróia
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