Quem já viu um congresso de um partido
político, viu-os a todos, pouco muda naquela “opera bufa”, mais musica
menos música, mais ou menos algazarra histriónica e histérica, mais
laranja ou menos azul, aquilo apenas muda a cor do balde, lá dentro
bóiam mais ou menos as mesmas patéticas criaturas, os instalados, que
enchem os bolsos e a pategada que lá vai encher a sala e fazer de conta,
a presumirem muito importância com a fitinha dependurada ao pescoço e
ares presunçosos, pobres patetas.
Este fim de semana passado lá apanhamos,
bem quem quis apanhou, mais uma estucha televisiva de congresso
partidário de um grupelho de extrema direita, a festarola culminou com a
reeleição da sopeira catequista que quer ser ministra, abençoada e
crismada que foi como líder daquela trupe, foi portanto mais um evento
de ir às lágrimas como são todos os deste género.
Foi curioso o discurso da dona sopeira,
parecia ela que era uma das esganiçadas das “esquerdas unidas”, ao invés
da querida líder das direitas sacristas, fartei-me de rir com aquilo,
os fundadores do grupelho, aquela malta mais antiga e empedernida do
“pra Angola e em força” e do crucifixo, devem andar às voltas nas
respectivas covas, com o discurso da senhora, mais com o tipo de gente
que assumidamente faz agora parte do partido.
Os marialvas e peralvilhos mais as tias
de adenóides afectados e vozes roucas, andam agora numa roda-viva,
parece que lhes estão a tirar o tapete de debaixo dos pés, ó tia agora
vamos ter de aturar este tipo de misturas? Perguntam-se os ferrenhos
apoiantes do grupelho sacrista, entre Franciscas e Contanças, entre
Bernardos e “qualquercoisa” Maria, o Mundo está no fim grita uma vetusta
e esganiçada matrona, ao que isto chegou, o mundinho do centro
popularucho, está a derrocar e a culpa é da sopeira que se quer colar
aos esquerdalhos.
Ele agora é bichos, bichas e trixas,
cruz credo ao que isto chegou dirão as ratas de sacristia dessa direita
betolas, agastadas com a aparente democratização daquele antro de
trauliteiros, que agora se redescobre numa espécie de versão sem glúten
do esquerdalho bloco, num fantástico arremedo de humor, sim porque
aquilo tudo, aquele golpe de rins programático que ouvi dizer ser um
discurso pragmático, esvazia o contexto partidário do bom e velho
partidelho sacrista, homofóbico e xenófobo, aproximando-o do resto da
maralha politiqueira, sem que ali se distinga nada digno de nota, são
mais uns a tentar arear o tacho.
A sopeira arengou às hostes enlevadas,
elevando a fasquia, que seguramente lhe vão cobrar, se as urnas não se
encherem com cruzinhas no quadrado certo, vi ter alguns dos patetas que
ouvimos clamar è perna, dos outros dos que realmente interessam à ali um
senhor que foi chutado para euro deputado que ou muito me engano ou
está só à espera do dia certo para enfiar a faca na sopeirita.
A sopeira catequista quer ser ministra
suprema. Muitos riram, outros acharam que a pobre rapariga resolveu
experimentar os efeitos terapêuticos de alguma erva mais atrevida, eu
reservo-me, faço-o porque acredito na determinação da senhora, mais
ainda acredito na imbecilidade colectiva de um país medíocre, que
durante 50 anos comeu o feno dado à mangedoura pelo sacrista de Santa
Comba, sem tugir.
Já vestidos de Democracia, fizeram
eleger gente de tanta qualidade como sejam o Migalhas de Boliqueime, ou o
Engenheiro da Covilhã, só para citar estes, os mais capazes no que toca
a dar o truque, não valendo a pena alumiar peças menores como o Cherne
ou o valdevinos tornado Provedor.
Conhecendo então esta proverbial e inata
capacidade que este povinho nacional tem para escolher medíocres e
vigaristas, não me espanta nada que a sopeira do Caldas, veja um destes
dias cumprido o seu sonho de se sentar no cadeirão da chefia, se querem
que vos seja sincero, sou gajo para votar nela, só para os ver a espumar
pela boca, de raiva.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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