sexta-feira, janeiro 10, 2025

A Rusga

 

Fonte da imagem: https://rr.sapo.pt/noticia/pais/2024/12/24/igai-abre-processo-de-natureza-nao-disciplinar-sobre-a-operacao-da-psp-no-martim-moniz/407210/

 

Começo por vos desejar um excelente novo ano. Quanto ao tema, sei que é um pouco datado, mas é demasiado importante para que o não revisite, além disso este artiguelho já estava meio delineado, só por pura preguiça não o publiquei antes, a horas de engrossar a corrente de textos de opinião sobre a rusga que, muito bem, a PSP levou a cabo numa rua de Lisboa.

Recordo-me de ter passado por várias ocorrências dessa índole, a última, salvo erro e se a memória não me atraiçoa, nos anos 90 do anterior século, quando me encontrava numa sala de bingo ilegal, que toda a gente sabia que existia, frequentada inclusivamente por elementos das forças policiais, que terminou entre fugas e gritos com as pessoas encostadas à parede e identificadas, não me recordo de nenhum dos identificados ter ficado indignado, outros tempos.

Consultado o dicionário online Priberam1, uma das acepções da palavra “rusga” é: “Operação policial rápida e inesperada, geralmente com recurso a um grande número de intervenientes, em locais considerados suspeitos.” Ora consultados vários jornais online, e reportagens de televisão sobre o evento policial ocorrido numa rua de Lisboa, ficámos a saber que aquilo não passou de uma simples rusga que se enquadra perfeitamenta no definição dada pelo dicionário consultado, nada de mais portanto, uma simples operação policial para controlar e mostrar que por enquanto este país tem regras e leis e que não é ainda uma selva total. Fiquei portanto bastante abismado com a celeuma e o imenso burburinho que uma simples rusga policial levantou, especialmente nas fileiras esquerdalhas, sempre prontas a zurzir em tudo o que seja Lei e ordem.

Entre, a costumeira gritaria daquela rapaziada esquerdalha, mais as suas eternas petições, cartas abertas e demais imbecilidades, e o discurso odiento das direitas rançosas, venha o Diabo e escolha. Quer a deriva à Esquerda, quer a deriva à Direita, estão inquinadas por preconceitos racistas, sim o racismo é democrático, pode ser de Direita e ou de Esquerda, pode ser branco, preto ou mesmo púrpura com bolinhas amarelas.

Apesar de todo esse ruído espúrio, o que resta é apenas poeira, a poeira da politiqueirice rafeira que se tem imposto de forma alarmante neste pobre e depauperado país, a politiqueirice desesperada de grupelhos insalúbres, que mina toda a estrutura do país corroendo as suas já de si corroídas instituições, enviesando e perturbando as acções das forças policiais que vêm os seus esforços coartados no combate à bandalheira, daí o regabofe a que este país chegou.

Qualquer actividade policial parece fadada a ser questionada por toda uma horda quer de canzoada esquerdalha patética, que tudo coloca em causa, quer de alucinados neo fascitocoisos, o permanente latir de ambas as matilhas, mais perturba, do que acrescenta algo de capaz, uns e outros não conseguem perceber que a gritaria cretina ofusca e perturba o trabalho policial, servindo apenas para fomentar impunidade e aumentar o estado de bandalheira em que este país vive há já algumas décadas.

A impunidade tem sido a bitola niveladora desta sociedade, vários governos, essencialmente do PS, promoveram a impunidade, não que o PS o tenha feito sozinho, o PSD também tem algumas, muitas, culpas no cartório, a impunidade tem sido plantada verticalmente, as elites, leia-se, os políticos, tudo têm feito para se escudarem e fugirem ao cumprimento da Lei quando são caçados pelas suas muitas trafulhices, vigarices e roubalheira generalizada, ora essa impunidade, desce por aí abaixo, para o restante da sociedade, os de baixo olham para cima e acreditam se por ali o regabofe é ponto assente, eles os de baixo, não são menos, daí que o regabofe a tal impunidade seja presumida e intuída como natural pelos elementos restante desta medíocre sociedade.

Mais, a Esquerda e os seus grupelhos e subgrupelhos políticos, têm diabolizado as forças de segurança, achincalhado os seus elementos e as suas instituições, como se forças policiais saudáveis não fossem um elemento essencial para o garante de qualquer Democracia, pois no entender desse esquerdalho patético, parece que não, as polícias são alvos a abater, crescendo a impunidade, impunidade essa, que estamos a pagar caro e iremos pagar ainda mais caro.

Concluindo, os delírios esquerdalhos, têm trazido todos os malefícios associados à instalação de uma impunidade generalizada na sociedade, onde ninguém é responsabilizado por nada, não importa a barbaridade que cometa, culminando com a diatribe sobre uma normal operação policial, num local essencialmente frequentado por gente estrangeira, que precisam igualmente de perceber que o país tem regras e leis, pena que as rusgas não sejam mais frequentes, nessa e noutras ruas e bairros, é o único reparo que faço à actuação das policias, fiquei entretanto ainda mais estarrecido com um título de um artigo publicado num jornal nacional, “Operação no Benformoso validada pelo MP dois dias antes. Objectivo era busca de armas, PSP só encontrou duas.”2

Fico estarrecido, pela menorização que é feita da operação, para quem escreveu o artigo, a presença de duas armas nas ruas é despiciendo, esta falta de bom senso escrita num artigo de jornal, é deveras preocupante, pessoalmente eu consideraria a rusga um sucesso acaso nenhuma arma fosse encontrada, meus caros o grau de estupidez a que isto tudo chegou é muito, mesmo muito, preocupante.

Um abraço, deste vosso amigo

Barão da Tróia

1"rusga", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2025, https://dicionario.priberam.org/rusga.

2https://www.publico.pt/2025/01/09/sociedade/noticia/operacao-benformoso-validada-mp-dois-dias-objectivo-busca-armas-psp-so-encontrou-duas-2118051

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