O
relato que hoje aqui trago, foi partilhado comigo por um amigo, quero deixar
claro que se é certo que uma árvore não faz a floresta, também não é menos
verdade que se não se cuidar dessa árvore podre, ela irá seguramente contaminar
todas as árvores da floresta, leiam este relato com fé na natureza humana.
“Espero
que não tenham a sorte como eu de assim do nada um vizinho meu resolver alugar
o seu apartamento a ciganos depois quero ver o que dizem. Passei por isso ao
ponto de ter de vender o apartamento, ainda hoje não sei como consegui sair do
pesadelo de ter as escadas tipo pocilga, a porta do prédio partida, aberta a
pontapés, campainhas a tocarem de madrugada e musica toda a noite e nem a força
policial vinha quando chamávamos por saberem do que se tratava.
Tanta
coisa que aqui tinha pra contar. Agora perguntem por lá no bairro se existe
problemas com mais alguém, sem ser com aqueles senhores. Não sabem viver em
comunidade. Tenho alguns amigos ciganos 5 estrelas que souberam integrar-se.
Agora o resto, levem-nos para o vosso prédio ou para uma casa ao vosso lado e
depois falamos.
Só
eu e a minha família sabemos o que sofremos. Desde ameaças a pontapés na porta
e com a minha filha com 2 anos assustada. Campainhas a tocar de madrugada,
sacos de lixo espalhados pela escada atirados desde o terceiro andar. Apanhamos
uma depressão que até chorávamos sem saber o que fazer. Felizmente apareceu uma
pessoa que queria comprar apartamentos para depois alugar e foi o milagre que
tivemos. Todas as confusões que conheço naquele bairro são criados por aqueles
senhores. Todas.
Cuspiam
na escada. comiam e deitavam o lixo para o chão. Deitavam-se no chão à entrada
do prédio e tínhamos de passar por cima para entrar porque não se desviavam,
tinha aqui tanto para contar. Não desejo a ninguém passar pelo mesmo, vão a
esse bairro e perguntem aos velhotes que moram por lá as ameaças que sofrem.
Passámos
bastante. Fiz várias queixas aos representantes da autoridade, mas quando lhes
ligava não apareciam por saber que eram eles. Uma vez esqueceram a chave para
entrar no prédio e rebentaram com a fechadura a pontapé para entrar, nesse dia,
chamei a força policial, ainda hoje estou à espera.”
Este
relato emocionou-me por várias razões. Primeiro fiquei triste pela falta de
solidariedade da comunidade, que vencida pelo medo e por saber que a Lei em
Portugal não protege as pessoas, preferem não se meter e assobiam para o lado.
Depois mais triste fiquei com a falência da autoridade do Estado, que fazendo
fé neste relato não existe, daí resultando que comunidades inteiras se
encontram à mercê de um qualquer grupo de delinquentes, sem que ninguém as
proteja.
Por
último fico ainda mais triste, por verificar que no século XXI ainda existam
pessoas que se comportam de uma maneira selvagem e que isso lhes seja
permitido, termino como comecei, se é verdade que uma árvore não faz a
floresta, uma árvore podre contamina as outras árvores e acaba com a floresta.
Um
abraço, deste vosso amigo
Barão
da Tróia
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