Neste meu artigo de
hoje falarei de uma fantástica ocorrência que prova para além de qualquer
dúvida que Portugal é um pardieiro miserável à beira mar plantado, falo claro
está da suprema actuação do Joe Birardo, que mais uma vez foi fazer chacota dos
presunçosos, não é caso único, quer na alegada trafulhice e roubalheira,
recorde-se o impoluto senhor Roussel e dos 15 milhões a que deu o banho sob o
consulado do supra sumo da seriedade nacional o gasolinas de Boliqueime, quer
no tratamento achincalhante aos deputados, em nada disto o bom do Joe é
inovador, a inovação reside na actuação fantástica sem qualquer resquício de
respeito, que aliás não merecem, que o Joe demonstrou por aquela tropa fandanga
que vegeta naquela choldra parlamenteira.
O inefável senhor
Comendador Joe para os amigos foi chamado a passada semana para ser ouvido numa
daquelas coisas a que chamam “ Comissão Parlamentar de Inquérito” para falar
das suas dívidas de milhões aos bancos nacionais.
Não vou discorrer
sobre aquilo que o bom do Joe disse, dos seus risos e gargalhadas nem das
palavras dos senhores deputados, não, ao contrário da maioria das opiniões que
se manifestam contra o senhor Birardo, eu quero agradecer ao Joe, o inestimável
serviço público que prestou com a sua ida a essa tal Comissão, como atrás
referi já outros o tinham feito anteriormente, o senhor Belmiro, o senhor
Salgado entre outros mostraram-nos a grande relevância dessas comissões, no
entanto foi o Joe essa carinhosa figura que melhor nos revelou a extraordinária
dimensão da estupidez lusitana, e isso não tem preço.
O bom do Joe, que
terá como habilitação académica para aí a quarta classe, mercê da sua
capacidade para o trato mercantil, regressa da África o Sul com fama de
milionário e consegue embarretar, a palavra certa é mesmo essa “embarretar”,
enfiar o urso ou “dar o banho” aos “doutores” que andam por aí a roçar o cu
pela finança, pela banca e pela política com uma pinta digna de figurar numa
gesta heróica, se o Camões voltasse, era sobre as façanhas do bom do Joe que
ele iria escrever.
Reagindo à
esplendorosa actuação do bom velho Joe, o senhor Costa, para quem não sabe é o
Primeiro-ministro do pardieiro, declarou para quem o quis ouvir que; “… que o
país está chocado com desplante de Joe Berardo no Parlamento…”. Permita-me um
comentário senhor Costa, o país está chocado é com a imensa corja de ineptos e
de incapazes que se alimentam do erário público e que se deixam enganar pelos
muitos “Joe’s” que aparecem neste país, mais espantados ficamos quando esta
miserável pandilha nunca é chamada a pagar as decisões medíocres que toma,
respondendo solidariamente com os seus bens, como acontece connosco os pobres,
que basta devermos um tostão para nos penhorarem o penico, creio que na
lenga-lenga jurídica existe uma figura que é o “direito de regresso” porque é
que tal figura nunca é aplicada quando existem desmandos dos dinheiros
públicos?
O senhor Costa
declarou também esperar que a “justiça funcione”, caro senhor Costa, ambos
sabemos que das muitas coisas que nesta enxovia funcionam mal, a Justiça é uma
delas, e que nada disto nunca irá a lado nenhum, excepto claro está mais uma
factura para o Zé Pagão assumir.
Entretanto o bom do
Joe, fez gato-sapato dessa medíocre elite labrega, dos economistas, dos banqueiros,
dos advogados, dos políticos e da demais elite podre e patética, ludibriando-os
a todos, pior, instado pelos presunçosos deputados patetas a ir à tal comissão,
o Joe foi lá fazer um extraordinário número circense de prestidigitação, que
deixou os palhaços tristes que por lá estavam de cara à banda, em suma o homem
prestou um extraordinário serviço público a Portugal, demonstrando que Portugal
é um país de imbecis, arrogantes, intelectualmente indigentes, que caem no
conto do vigário com a maior das facilidades, por isso pessoalmente agradeço ao
senhor Joe, foi uma das melhores tiradas da Democracia nacional a que assisti.
Obrigado Joe, cada vez que me recordo da cara dos deputados ainda solto
gargalhadas.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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