Hoje vou perder tempo para discorrer sobre
gentalha medíocre. Vou discorrer sobre o recente infausto evento em que
meia centena de infelizes, mentecaptos e vadios, invadiram as
instalações de um conhecido clube de futebol, veneranda e digna de
respeito, instituição, não sendo eu adepto dessa cor, conservo porém o
respeito que é devido a instituições do quilate daquela que sofreu
aquele acto miserável, perpetrado por uma inqualificável súcia de
meliantes.
Mas vamos ao início. Não foi este vil acto, o
primeiro do género, outras invasões, cometidas por outras manadas de
energúmenos aconteceram, sob o beneplácito e, até por que não dize-lo,
sob o chapéu do laxismo das autoridades, que não as polícias que parecem
ser os únicos que ainda tentam lutar contra a impunidade.
Esta infeliz ocorrência nada têm que ver com o
desporto, nem com o futebol, nem muito menos com o clube em que
aconteceu, não, este infeliz evento, tem que ver somente com algo que
temos vindo a ver crescer nesta última década, para não irmos mais
atrás, que é a impunidade e o completo relaxe da autoridade de Estado
que não existe sequer.
O Estado em que vivemos, sendo certo que todos dele
fazemos parte, é infelizmente um antro medíocre de gente miserável e
intelectualmente incapaz, coito de biltres, de pulhas, de ladrões, de
vigaristas e de miseráveis, tendência essa que nesta última década se
tem agudizado. A coisa começa desde a mais tenra idade nos bancos da
escola, existe em Portugal uma cultura de impunidade, que começa nas
escolas, singrando depois pela sociedade acima, os exemplos desse
miserabilismo cultural, social e de valores, são imensos, começam logo
pelas elites dirigentes, pelos políticos e governantes.
Desse modo, munidos desses excelentes exemplos, as
nossas crianças desde muito cedo sabem que são impunes, desde cedo que
vêem outros ficar impunes, mercê de pretensas diferenças étnicas,
sociais, geográficas e ou de outras miseráveis desculpas, desde cedo que
a única coisa que verdadeiramente lhes ensinamos é a impunidade, a
mediocridade o pouco valor do trabalho e do conhecimento, desde cedo
assistem aos polícias, aos médicos ou aos professores espancados pela
ralé asquerosa que engorda mercê do parasitismo social, sem que isso
lhes traga qualquer incómodo.
Daí que não me espante que às cinco da tarde de um
dia de semana, dia de trabalho, meia centena de brutos, tenha tempo de
andar em manada para ir bater em jogadores de futebol, porque estes
perderam um jogo, esta gentalha faz o quê? Vive de quê? Não trabalham?
Não terão mais e melhores objectivos com que ocupar as suas medíocres
existências? Pois parece que não.
Estes seres ignorantes, são o produto deste Estado
sem Autoridade, são os filhos deste paraíso da impunidade a que chamamos
Portugal, este Estado quase falhado, que só o não é, verdadeiramente,
ainda porque como disse, e muito bem, sua excelência o senhor presidente
da república…os portugueses gostam muito de fazer de conta…, obrigado
senhor presidente por também concordar com aquilo que já escrevi
centenas de vezes, Portugal é o reino do faz de conta, nunca passámos
disso, não passamos disso nem nunca iremos mais além, somos uma espécie
de ilha da fantasia, mas real.
O ataque daquela gentalha medíocre mais as
declarações de um dirigente desportivo, criatura digna da piedade de
todos nós, que quer processar meio mundo, são circunstâncias reveladoras
do caminho que este antro da mediocridade tomou, criámos uma geração de
bebés arrogantes, de fedelhos birrentos que desconhecem o significado
da palavra respeito, que não sabem tolerar a frustração, que depois de
fazerem asneira escondem as caras, trampa cobarde que são, não estando
portanto preparados para serem considerados pessoas, infelizmente fossem
estes os únicos, estaríamos bem, infelizmente temos récuas de gentalha
deste calibre, gente a quem tudo se lhes permite, pelas mais variadas e
imbecis razões, porque são brancos, porque são azuis, porque tem a mania
que são diferentes, a nossa sociedade está infelizmente prisioneira
deste lixo, o pior é que uma grande fatia dessa sociedade é parte
integrante desse rebotalho de fedelhos birrentos, inconsequentes,
irresponsáveis, medíocres e miseráveis.
Mais, de novo uma declaração sua excelência o senhor
presidente da república, com a qual concordo, que já por várias vezes
abordei noutros escritos…Portugal não pode ser um país onde metade se
rege por princípios da Democracia e a outra metade não… Concordo
inteiramente, no entanto é precisamente isso que acontece, talvez até
mais de metade do país, não sabe nem sonha sequer o que é Democracia,
para essa infeliz maioria, a Democracia é viver sem trabalhar, impunes,
viver sem pagar impostos, impunes, viver só com Direitos esquecendo os
Deveres, impunes, roubar, traficar, viver de esquemas, impunes, ter
casas à borla, impunes parasitas de um Estado que cultiva esta
impunidade.
No entanto ao ver as declarações quer de sua
excelência o senhor presidente da república, quer do senhor presidente
da assembleia da república apetece-me assim num repente perguntar a
ambos, onde têm andando esta última década? Têm vivido onde? Como é que
se podem agora espantar com algo, que não é novo, algo que graças às
vossa políticas torpes, à nossa incúria e a uma sociedade miserável,
tinha anunciada a ocorrência, algo que já se tinha passado, que se
passou novamente e que se irá seguramente passar, por causa da mais
absoluta impunidade que grassa neste faz de conta que… é um país.
Termino com uma frase proferida por um sábio de nome
Albert Einstein, que assenta aqui como uma luva; “Duas coisas são
infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo,
ainda não tenho certeza absoluta.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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