A política
portuguesa, e não só, está cheia daquilo a que poderemos apelidar de “político
cão de loiça”, uma criatura néscia e pateta que pontua por ser um pobre diabo
labrego, falho em formação, não apenas académica, mas também pessoal e o melhor
é nem sequer falarmos de competências para não arruinarmos mais a criatura,
vegeta o indígena pelos lugares do poder, meramente à conta do obsceno e
miserando modelo de partidocracia, que empurra os detentores de cartão
partidário, nem todos, apenas os que sabem ter lealdade canina, abanar a cabeça
e que não tenham espinha dorsal, para os lugares de poder.
A política nacional
é um espelho, da triste e miseranda, sociedade que somos, nesta área como
noutras a pirâmide está invertida, somos governados pelos piores biltres que
existem, gente a quem falta tudo, desde as mais elementares qualificações
académicas como e mais essencial uma sólida formação pessoal. Alguém um dia
disse que a ética e política são coisas irreconciliáveis, eu acrescento, a
moral, a honra, a dignidade e a decência.
Como somos
governados por incapazes, facto facilmente verificável e quase diariamente
constatável, dos mais altos cadeirões governamentais às autarquias falidas, é
um nunca mais acabar de patetas e de cães de loiça.
O político cão de
loiça, parece-se com aqueles cães de loiça que apenas abanam a cabeça e a
cauda, serve apenas para dizer que sim ao chefe e pouco mais, é um inútil
refinado, tem mau fundo e é completamento abstruso, excepto claro está para a
arte de bem embolsar o dinheiro público em lautos ordenados pagos para ocupar
cargos para os quais não tem a mínima competência.
De aparente
natureza afável, bonacheirão, dado a almoçaradas e jantaradas bem regadas, roça
o alcoólatra, adora velhinhos e crianças, esbanja a seu bel prazer os dinheiros
públicos em estúrdias e disparates, essa faceta de visibilidade granjeia-lhe
junta da populaça labrega a aura de “gajo porreiro” e de “boa pessoa” quando na
verdade é dos mais rematados biltres que se possa imaginar, com mau fundo,
vingativo e desprovido da mais elementar decência, ainda assim, o cão de loiça
prospera.
Há tempos encontrei
um amigalhaço, que me confidenciou; - A ver se não encontro o Mudo! – estranhei
e perguntei-lhe.
- Qual mudo pá, tás
maluco ou quê?
- O político mudo,
que vem ali, vai às reuniões, entra mudo e sai calado, também coitado não sabe
dizer nada que se aproveite, só abana a cabeça e pouco mais, se tivesse cauda
também a abanava. Uma dor de alma!
- Fartei-me de rir,
ora aí está uma bela descrição daquilo que é um político cão de loiça. E é isto
que andamos entregues, a cães de loiça, incapazes e ineptos, que de norte a sul
deste país, malbaratam o erário público, propiciam a pequena e grande corrupção
e estragam a vida a muita gente, em suma são bem o espelho daquilo que somos,
uma sociedade podre, onde semi analfabetos chefiam e gente altamente
qualificada vai para caixa de supermercado ou emigra.
Olhe com atenção, um destes dias aí na sua
terra tenho a certeza que encontrará um ou mais destes cães de loiça, bem
instalados junto ao poder, com vidas santas, abençoadas com o dinheiro dos meus
e dos seus impostos, que lhes pagam os grandes ordenados.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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