Em Novembro de 2005, a Comissão Europeia
publicou um livro verde intitulado «Melhorar a saúde mental da população – Rumo
a uma estratégia de saúde mental para a União Europeia». Entre outros valiosos
dados, consta que um em cada quatro cidadãos europeus seja atingindo por algum
tipo de doença mental sendo que as formas mais comuns de doença mental na UE
são as síndromas ansiosas e a depressão, o que conduz também a taxas de
suicídio muito altas, apesar da taxa em Portugal não atingir os 10% por cem mil
habitantes.
A OMS define saúde mental como “o estado de bem-estar
no qual o indivíduo realiza as suas capacidades, pode fazer face ao stress
normal da vida, trabalhar de forma produtiva e frutífera e contribuir para a
comunidade em que se insere”.
Ora em Portugal, país onde pura e simplesmente não
existe nenhuma política de saúde mental, este é dos casos mais preocupantes no
que à saúde concerne, graças a uma infeliz sucessão de governos miseráveis e
laxistas, em termos de saúde mental e do seu tratamento estamos em claro e
franco retrocesso, facto que o actual governo muito tem contribuído tanto a
jusante como a montante, ou seja, não só nos leva à loucura com as suas
trafulhices como também não cuida dos que soçobram a esta hecatombe, basta
dizer que no conjunto da EU apenas dois países gastam menos com a saúde mental,
ambos antigos membros do defunto Pacto de Varsóvia e bem sabemos como eram
tratados os alienados nesses locais, Portugal caminha para isso. Até porque há
muito que se escondem os deficientes mentais mais profundos e não só, quando há
visitas de senhores muito importantes, é prática comum há muito tempo.
Somos um país de tontos! Basta olhar para os
políticos e para as suas erráticas decisões para o perceber, basta andar na rua
e verificar as coisas que o indígena normal faz no seu dia a dia, para
percebermos que somos um país de alucinados, de doidos, de tontos por vezes
perigosos.
Os pobres diabos que foram obrigados a bater com os
costados na Guerra Colonial, só muito recentemente foram alvo de alguma
intervenção, e ainda assim não foi o Estado a quem cabia cuidar destes homens
que tomou a iniciativa mas sim a Liga dos Combatentes, milhares de homens com
Stress Pós-traumático, que nunca ninguém ouviu, medicou nem perdeu sequer um
segundo a ouvir as suas histórias de terrores nocturnos, de pesadelos e
depressões umas atrás das outras.
Tal como em muitas outras áreas que realmente
importam, Educação, Justiça ou Saúde, Portugal revela ser uma país
completamente terceiro mundista, revela sintomas de um retrocesso
civilizacional grave, que não é apenas produto do actual governo de neo parvos,
muito antes desta súcia chegar ao poder já se notava um esgar de retrocesso.
Somos e continuaremos a ser um país miserável, que por breves momentos achou
que era Europeu e civilizado, se é que esse binómio realmente exista, facto do
qual não estamos completamente certos.
A saúde mental em Portugal não existe, os pobres
doidos andam por aí escondidos em instituições, por vezes de qualidade duvidosa,
varridos para baixo do tapete, os governantes fecham os olhos e esperam que
corra tudo bem, mas não corre, e muito menos é assim que se conduz um país,
pior que qualidade têm governantes que deixam alienar aqueles que juraram
proteger e cuidar?
Sem comentários:
Enviar um comentário