Citius,
Altius, Fortius, em Latim significa "Mais rápido, mais alto, mais
forte". O lema foi proposto pelo Barão Pierre de Coubertin aquando da
criação do Comité Olímpico Internacional em 1894. Citius foi também o nome
pomposo escolhido para mais uma trapalhada inenarrável desta espécie de
governo.
Há
cerca de uma semana, aquela senhora que se diz ministra de algo que em Portugal
se manifesta por não existir e a que se chama genericamente Justiça, achou por
bem aparecer num canal de televisão, aonde se deslocou no carrito de Estado,
pago por todos nós, rodeada de motorista e seguranças igualmente pagos pelos
tolos dos pagantes de impostos, para arengar sobre a mais grandiosa e
megalómana transformação dos últimos duzentos anos no sistema da Justiça
nacional.
Ora
sabendo nós de ciência antiga e avisada que “Depressa e bem não há quem”, algo
chamado Citius, que quer dizer rápido, feito como foi à pressa e em cima do
joelho, só poderia dar asneirada, como aliás quase sempre acontece quando as
politiqueirices se sobrepõem a um planeamento maturado e estruturado elementos
essenciais para levar a cabo tarefas hercúleas deste género.
Pior,
a senhora ministra há muito que fora avisada do desfecho deste completo disparate,
uma auditoria efectuada à plataforma maravilha havia detectado uma enormidade
de problemas, técnicos e de falta de recursos humanos qualificados, que per si
significariam que o projecto estaria condenado ao insucesso temporário, por não
ter sido antecipadamente planeado, testado e alocados meios e recursos humanos
necessários, aliás é preciso ser mesmo muito intelectualmente indigente para
não saber o que significa a implementação de uma rede deste tipo.
Sugeríamos
portanto à senhora que alegadamente é ministra da Justiça que mude o nome da
plataforma para «Tardus» pois
conforme demonstrou a tartaruga da fábula, ser lento não é sinal de ser pior, e
para a próxima tenha tino, pondere com sapiência o que há a fazer, se não
souber pergunte a quem sabe e não enche a boca com asneiradas, falando sobre
algo de que não percebe peva, o que nos leva a pensar como é que alguém assim
chega a ministro.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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