domingo, junho 16, 2013

As eleições!



Daqui a pouco mais de três meses teremos eleições autárquicas, de Norte a Sul a dança das cadeiras, a velhacaria, a falta de decência e a mentira vai andar a rodopiar pelos média e pelas redes sociais. Catadupas de informações contraditórias, golpes baixos e sem vergonhice geral, eis o retrato das eleições em Portugal, será pior noutros sítios, mas não é aí que vivo!
Portugal tem um problema endémico com as chefias, que foram sempre, ou quase sempre, com raras excepções de uma mediocridade pavorosa, que nem o miserável estado de desenvolvimento cultural do país explica. Os candidatos por norma rodeiam-se de comparsas da mesma camarilha partidária, não interessa a competência, a capacidade e ou a formação e integridade, interessa apenas que tragam votos, sempre tive esperanças que um dia isto mudasse, ingénuo clamarão alguns de vós, patego balbuciarão outros com um riso sardónico, pois talvez seja ambas as coisas, mas continuo a acreditar.
Sei porém que assim não será, mais uma vez. Portugal tem as chefias que merece, basta olhar para o governo e para a administração pública, central e local, deixem-me que me recorde de um episódio que aconteceu comigo, a propósito do processo de avaliação dos funcionários públicos, na altura desempenha funções equiparadas a tal, a pessoa que desempenhava as funções de superior hierárquico directo, chama-me ao seu gabinete, e diz-me que não sabe como me classificar porque não sabia o que eu fazia, o local onde eu desempenhava funções distava 3 ou 4 metros do gabinete desta pessoa, pois meus caros nunca tive oportunidade de ouvir um tão grande atestado de incapacidade e de atroz pobreza franciscana intelectual passado por uma pessoa a si mesma como nesta ocasião.
E se pensam que este é caso única em que uma chefia demonstra ser completamente inepta e incapaz, desde já vos digo que não, esse é um dos problemas de Portugal, quem manda não o sabe fazer, não tem competência, desconhece o que são cadeias de comando e os seus processos, inquina a cadeia hierárquica e mina completamente o trabalho, pior promove o compadrio, o clientelismo e faz com que o bom funcionário desista de o ser.
Ora este problema de más escolhas é perfeitamente visível no caso da política em que os dirigentes se fazem rodear as mais das vezes por ineptos, que apenas possuem o cartão partidário e capacidade de lambe botas, sem mais méritos que se lhe reconheçam, os políticos têm de começar a perceber que mesmo que as massas sejam de uma ignorância atroz e pavorosa, cada vez mais existe uma minoria em crescendo que mais informada e atenta, vai alertando as elites poderosas de que a continuação da incompetência, do laxismo e da miserável corrupção, deixaram de ser opções para governar.

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

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