segunda-feira, janeiro 14, 2013

Refundar o Estado!



O actual estado de miserabilismo deste Estado é reflexo de 30 anos de imbecilidade atrás de imbecilidade, que todos nós enquanto sociedade fomos deixando acontecer. Os miseráveis governos que desde 1986 se sucedem foram avolumando a estúrdia, para chegarmos ao actual estado de quase ruptura.
Muitos e sobejamente conhecidos são os factores para o actual episódio, esperemos, acima de tudo foi o delírio faraónico da roubalheira colectiva a que se dedicaram com afinco todos os que conseguiram de alguma forma estar perto das tetas da vaca do erário público. Roubou-se de forma torpe e enviesada tudo aquilo que se pode roubar, desde os milhões que os políticos e o seu clientelismo parasitário fez esfumar, ao simples desvio de um tijolo ou de uma resma de papel tirada pelo funcionário de uma qualquer Junta de Freguesia perdida atrás das moitas, foi um fartar de pilhanço, uma orgíaca festança de roubalheira, que só poderia dar nisto.
Os culpados estão sobejamente referenciados e por demais conhecidos, à cabeça, os politiqueiros rafeiros e asquerosos dos partidos do rotativismo, PSD e PS, servissem a Troika, o FMI ou a Europa para alguma coisa e esta pandilha esta verdadeira Corja de malfeitores e bandalhos estaria a trás das grades, mas como nenhuma destas instituições passa apenas e só de um delírio, por cá tudo como dantes, pior, porque os aldrabões continuam no poder. Depois aparecem os parasitas que vivem das redes das clientelas da usura partidária, que enxameiam a administração pública nos lugares de nomeação política que custam fortunas, por último o vulgar cidadão comum, que foge aos impostos como diabo da cruz, que se exime a cumprir a lei, que não passa facturas, que recebe um valor e declara outro muito mais abaixo, enfim o Chico espero lusitano que faz as delícias do povaréu lambuças e labrego.
O actual Primeiro-ministro, ilustre luminária, com a proverbial indigência intelectual do politiquedo inútil que nos têm tocado grita ufano pela “refundação” e vai utilizando outros vocábulos imbecis para tentar enfiar pelo gorgomilo do patego cidadão o desígnio partidário da sua ideologia desse novel liberalismo ganancioso que afunda o mundo, a necessidade de retalhar a constituição saída dos revolucionários conceitos altruístas de um socialismo, morto e enterrado.
Muito justamente, há muito que advogamos uma mudança constitucional que devolva este país ao povo e que nos liberta das garras das sanguessugas politicas, a democracia tem custos, sem dúvida que sim, mas o que pagamos é muito para a miséria democrática que temos. Mas a mudança constitucional que advogamos, propõem-se mudar radicalmente o modelo de Estado, para poupar evoluamos para um sistema Presidencial, abolindo a figura do Primeiro-ministro, imponham-se os círculos uninominais, com um máximo de 100 deputados, era aí que o senhor Coelho deveria estar a mexer, era aí que o senhor Coelho deveria estar a propor modificações, mas não, o senhor Coelho que acabar com o Estado social, quer criar um Estado de escravos que continuem alimentar a asquerosa classe política. O senhor Coelho é por conseguinte um asno!
Uma nota final para contrariar alguns comentadores que acham demagogia dizer que se devem cortar os carros de estado e demais regalias. Demagogia é dizer que somos um Estado de direito, quando tanta gente passa fome, demagogia é dizer que somos uma Democracia quando tanta gente vive no terror dominados pelos pilha-galinhas lá do bairro a quem ninguém impede de roubar, demagogia é presumir demais sem conhecer realmente o país em que se vive, um país miserável, cheio de pobreza e de pessoas que sofrem.  

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia 
    

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