O actual estado de miserabilismo
deste Estado é reflexo de 30 anos de imbecilidade atrás de imbecilidade, que
todos nós enquanto sociedade fomos deixando acontecer. Os miseráveis governos
que desde 1986 se sucedem foram avolumando a estúrdia, para chegarmos ao actual
estado de quase ruptura.
Muitos e sobejamente conhecidos
são os factores para o actual episódio, esperemos, acima de tudo foi o delírio
faraónico da roubalheira colectiva a que se dedicaram com afinco todos os que
conseguiram de alguma forma estar perto das tetas da vaca do erário público. Roubou-se
de forma torpe e enviesada tudo aquilo que se pode roubar, desde os milhões que
os políticos e o seu clientelismo parasitário fez esfumar, ao simples desvio de
um tijolo ou de uma resma de papel tirada pelo funcionário de uma qualquer
Junta de Freguesia perdida atrás das moitas, foi um fartar de pilhanço, uma orgíaca
festança de roubalheira, que só poderia dar nisto.
Os culpados estão sobejamente referenciados
e por demais conhecidos, à cabeça, os politiqueiros rafeiros e asquerosos dos
partidos do rotativismo, PSD e PS, servissem a Troika, o FMI ou a Europa para
alguma coisa e esta pandilha esta verdadeira Corja de malfeitores e bandalhos
estaria a trás das grades, mas como nenhuma destas instituições passa apenas e
só de um delírio, por cá tudo como dantes, pior, porque os aldrabões continuam
no poder. Depois aparecem os parasitas que vivem das redes das clientelas da
usura partidária, que enxameiam a administração pública nos lugares de nomeação
política que custam fortunas, por último o vulgar cidadão comum, que foge aos
impostos como diabo da cruz, que se exime a cumprir a lei, que não passa
facturas, que recebe um valor e declara outro muito mais abaixo, enfim o Chico espero
lusitano que faz as delícias do povaréu lambuças e labrego.
O actual Primeiro-ministro,
ilustre luminária, com a proverbial indigência intelectual do politiquedo inútil
que nos têm tocado grita ufano pela “refundação” e vai utilizando outros vocábulos
imbecis para tentar enfiar pelo gorgomilo do patego cidadão o desígnio partidário
da sua ideologia desse novel liberalismo ganancioso que afunda o mundo, a
necessidade de retalhar a constituição saída dos revolucionários conceitos
altruístas de um socialismo, morto e enterrado.
Muito justamente, há muito que
advogamos uma mudança constitucional que devolva este país ao povo e que nos
liberta das garras das sanguessugas politicas, a democracia tem custos, sem dúvida
que sim, mas o que pagamos é muito para a miséria democrática que temos. Mas a
mudança constitucional que advogamos, propõem-se mudar radicalmente o modelo de
Estado, para poupar evoluamos para um sistema Presidencial, abolindo a figura
do Primeiro-ministro, imponham-se os círculos uninominais, com um máximo de 100
deputados, era aí que o senhor Coelho deveria estar a mexer, era aí que o
senhor Coelho deveria estar a propor modificações, mas não, o senhor Coelho que
acabar com o Estado social, quer criar um Estado de escravos que continuem alimentar
a asquerosa classe política. O senhor Coelho é por conseguinte um asno!
Uma nota final para contrariar
alguns comentadores que acham demagogia dizer que se devem cortar os carros de
estado e demais regalias. Demagogia é dizer que somos um Estado de direito,
quando tanta gente passa fome, demagogia é dizer que somos uma Democracia
quando tanta gente vive no terror dominados pelos pilha-galinhas lá do bairro a
quem ninguém impede de roubar, demagogia é presumir demais sem conhecer
realmente o país em que se vive, um país miserável, cheio de pobreza e de
pessoas que sofrem.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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