Aqui
pela minha terra, naquilo que antigamente já se chamou Ribatejo, antes de ter
sido estraçalhada como identidade cultural por autarcas medíocres e
politiqueiros imbecis, costumamos usar uma expressão muito engraçada, quando
queremos dizer que alguém é velhaco ou sacana, dizemos; “esse tipo é como o cão
do Relvas”.
Não
se sabe ao certo de que Relvas se está a falar, mas diz a “vox populi” que o
canídeo seria de matriz traiçoeira e aleivosa, atacava à sorrelfa e pela calada,
defendendo o dono com verdadeira devoção canina.
Passos
Coelho precisava de “um cão do Relvas”, encontrou-o cedo, ainda durante a
campanha que o levaria ao cadeirão do poder e consequentemente a tomar as
rédeas deste dislate chamado Portugal. Ao início não percebi o que a criatura
fazia no elenco, o curriculum miserando de politiqueirote típico, daqueles que se percebe que nunca trabalhou verdadeiramente
uma hora que seja a fazer algo que realmente se aproveite, por si só num país
decente tal curriculum não lhe daria direito a caber no elenco de tecnocratas
escolhidos por Coelho para levar avante a sua politiquice neo-liberal,
esquecendo-me eu, “mea culpa” de que os favores políticos têm de ser pagos e
que o senhor Coelho necessitava de alguém que servisse de escudo, enquanto
malham no testa de ferro não malham no Coelho e para esse lugar era necessário
alguém que fizesse o papel de “cão do Relvas”, alguém que não se importasse de
ser queimado, vilipendiado e atropelado pelo rolo compressor mediático que
zurze a torto e a direito num governo já por si muito mau.
Pressões
sobre jornaleiros, não são de agora, uns atrás, outros agora e outros ainda lá
adiante o fizeram, o fazem e o farão, até porque existem muitos “cães do Relvas”,
verdadeiros cães de fila, herdeiros da tradição antiga das tropas de choque, a
quem se pedia que estraçalhassem que fossem estraçalhados e que aguentassem
firme, esta é a insigne história do “cão do Relvas”, o canídeo que leva a
porrada no lombo que outros destinaram ao seu dono, que sai incólume e airoso.
Claro que isto não é isento de custos, há que alimentar o cachorro e prover à
sua dieta e boa forma física com bife do lombo, acabado o serviço o “canito”,
estará esgotado e irá seguramente ocupar um lugar mais calmo numa qualquer
empresa pública refastelado na área da administração, onde não fará nada que
justifique o faraónico pecúlio que embolsará, por nada fazer, aliás não sabendo
fazer nada, nada pode fazer!
É
assim que termina a resenha do “cão do Relvas”, cachorro atrevidote, calaceiro
e trauliteiro que sempre soube escolher o dono certo e que por isso será
recompensado, abonado e jubilado conforme à lei vigente que o próprio tratou de
fazer aprovar em seu benefício como outros antes dele o fizeram, assim se constroem
carreiras extraordinárias e assim se amealham fortunas extraordinárias em
poucas décadas, fortunas que os pobres que trabalham jamais almejam alcançar.
Um
abraço, deste vosso amigo
Barão
da Tróia
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