sexta-feira, maio 11, 2012

Estar desemprego não pode ser um sinal negativo!


A atroz pobreza franciscana intelectual dos nossos governantes nunca me espantou, rapazelhos insalubres, que deixam crescer barbitas mal semeadas para parecem com mais siso, mas que infelizmente não disfarçam a palonciçe saloia dos labregos politiqueiros, criados no seio das juventudes partidárias e que singram à conta de cartões partidários, sem nunca trabalharem honestamente 1 hora que seja.
Igual reparo posso fazer às declarações dos mesmos ignorantes, nenhuma estupidez é a última, nenhuma é a final, ainda não passados 5 segundos são e já um outro imbecil dessa laia debita uma outra qualquer barbaridade. Em suma os nossos políticos são uma atroz anedota, uma caterva de energúmenos com muito poucas excepções.
Serve este intróito para dar seguimento, à até ao momento maior bojarda que ouvi um político dizer, e pasmemo-nos pois não é um daqueles ratos de parlamento anónimos, mas um ministro, pior o primeiro deles. Declarou hoje o dito senhor, perante os esbugalhados globos oculares dos parolos que ainda lhe dão atenção, as seguintes pérolas:
- “Estar desemprego não pode ser um sinal negativo. Despedir-se ou ser despedido não tem de ser um estigma. Tem de representar também uma oportunidade para mudar de vida.”
Que me lembre, pelas histórias do meu avô e do meu pai, que cobrem grosso modo quase 100 anos, estar desempregado nunca foi estigma, porque existia emprego, porque existiam oportunidades, melhor ou pior existia sempre um nicho para onde uma pessoa se podia dirigir, aliás só não trabalhavam os madraços e esses sim eram mal olhados por todos. A realidade de hoje, que o senhor Primeiro-ministro parece não conhecer é que pura e simplesmente não há onde trabalhar, não existe nicho, aliás estamos na política de terra queimada.
Prossegue o senhor Coelho com mais inteligentíssimas cogitações, de sua lavra:
- “…a cultura média é a da adversão ao risco” e que “a generalidade dos nossos jovens licenciados, que têm hoje um nível de qualificações muitíssimo mais elevado do que alguma vez aconteceu na história portuguesa, preferem ser trabalhadores por conta de outrem do que serem empreendedores.”
Mais uma vez mete o senhor Coelho o pé na argola, quer gente mais empreendedora que o português, que até emigra sem sequer falar uma única língua, que apesar da asquerosa burocracia imbecil deste país se atira a criar um negócio, que passa meio ano atolado em papeis e licenças para poder abrir a porta de um qualquer negociozito, quer o senhor gente mais empreendedora?  E que mal tem trabalhar por conta de outrem, não é afinal o que o senhor faz e se é tão bom ser empreendedor porque é que o senhor não seguiu essa via?
Prosseguiu o senhor Primeiro-ministro com o seu continuado rosário de inenarráveis estultices, destaco para não enfastiar quem teve coragem de ler até aqui está última:
- “…nós não temos emprego para a vida inteira, como não temos empresas para a eternidade…”
É bem verdade senhor Primeiro-ministro, não temos nada disso, porque o senhor e os da sua laia, destruíram este país, não temos, nós os labregos que lhe pagamos o ordenado a si e aos milhares de ineptos que enxameiam os corredores da administração pública central e local, até porque no seu caso e dos outros politiqueirotes de meia tigela, no vosso caso, existe emprego para a vida que é o tacho político e a vossa empresa a politiquice é para a vida, pelo menos até se reformarem aos 50 anos, exaustos e irem descansar para administradores de uma qualquer empresa pública, cargo para o qual não tem absolutamente nenhuma qualificação excepto o portentoso currículo de malbaratarem durante anos a fio o erário público. Cheguei a ter alguma esperança em o senhor actual primeiro-ministro fosse alguém capaz, alguém com capacidades, com coragem e inteligência, infelizmente, enganei-me. Hoje pela primeira vez em quase 43 anos de existência, senti asco, nojo e profunda vergonha de ser português e de ser governado por semelhante gentalha!

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

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