A atroz pobreza franciscana intelectual dos nossos governantes nunca
me espantou, rapazelhos insalubres, que deixam crescer barbitas mal semeadas
para parecem com mais siso, mas que infelizmente não disfarçam a palonciçe
saloia dos labregos politiqueiros, criados no seio das juventudes partidárias e
que singram à conta de cartões partidários, sem nunca trabalharem honestamente
1 hora que seja.
Igual reparo posso fazer às declarações dos mesmos ignorantes, nenhuma
estupidez é a última, nenhuma é a final, ainda não passados 5 segundos são e já
um outro imbecil dessa laia debita uma outra qualquer barbaridade. Em suma os
nossos políticos são uma atroz anedota, uma caterva de energúmenos com muito
poucas excepções.
Serve este intróito para dar seguimento, à até ao momento maior
bojarda que ouvi um político dizer, e pasmemo-nos pois não é um daqueles ratos
de parlamento anónimos, mas um ministro, pior o primeiro deles. Declarou hoje o
dito senhor, perante os esbugalhados globos oculares dos parolos que ainda lhe
dão atenção, as seguintes pérolas:
- “Estar desemprego não pode ser um sinal negativo. Despedir-se ou ser
despedido não tem de ser um estigma. Tem de representar também uma oportunidade
para mudar de vida.”
Que me lembre, pelas histórias do meu avô e do meu pai, que cobrem
grosso modo quase 100 anos, estar desempregado nunca foi estigma, porque
existia emprego, porque existiam oportunidades, melhor ou pior existia sempre
um nicho para onde uma pessoa se podia dirigir, aliás só não trabalhavam os
madraços e esses sim eram mal olhados por todos. A realidade de hoje, que o
senhor Primeiro-ministro parece não conhecer é que pura e simplesmente não há
onde trabalhar, não existe nicho, aliás estamos na política de terra queimada.
Prossegue o senhor Coelho com mais inteligentíssimas cogitações, de
sua lavra:
- “…a cultura média é a da adversão ao risco” e que “a generalidade
dos nossos jovens licenciados, que têm hoje um nível de qualificações
muitíssimo mais elevado do que alguma vez aconteceu na história portuguesa,
preferem ser trabalhadores por conta de outrem do que serem empreendedores.”
Mais uma vez mete o senhor Coelho o pé na argola, quer gente mais empreendedora
que o português, que até emigra sem sequer falar uma única língua, que apesar
da asquerosa burocracia imbecil deste país se atira a criar um negócio, que
passa meio ano atolado em papeis e licenças para poder abrir a porta de um
qualquer negociozito, quer o senhor gente mais empreendedora? E que mal tem trabalhar por conta de outrem,
não é afinal o que o senhor faz e se é tão bom ser empreendedor porque é que o
senhor não seguiu essa via?
Prosseguiu o senhor Primeiro-ministro com o seu continuado rosário de
inenarráveis estultices, destaco para não enfastiar quem teve coragem de ler
até aqui está última:
- “…nós não temos emprego para a vida inteira, como não temos empresas
para a eternidade…”
É bem verdade senhor Primeiro-ministro, não temos nada disso, porque o
senhor e os da sua laia, destruíram este país, não temos, nós os labregos que
lhe pagamos o ordenado a si e aos milhares de ineptos que enxameiam os
corredores da administração pública central e local, até porque no seu caso e
dos outros politiqueirotes de meia tigela, no vosso caso, existe emprego para a
vida que é o tacho político e a vossa empresa a politiquice é para a vida, pelo
menos até se reformarem aos 50 anos, exaustos e irem descansar para
administradores de uma qualquer empresa pública, cargo para o qual não tem
absolutamente nenhuma qualificação excepto o portentoso currículo de
malbaratarem durante anos a fio o erário público. Cheguei a ter alguma
esperança em o senhor actual primeiro-ministro fosse alguém capaz, alguém com
capacidades, com coragem e inteligência, infelizmente, enganei-me. Hoje pela primeira vez em quase 43 anos de existência, senti asco, nojo e profunda vergonha de ser português e de ser governado por semelhante gentalha!
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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