A trapalhada das secretas rebentou na cara
dos protagonistas primeiros, esperava-se! No entanto não culpo esses pobres
diabos da galfarrice. Ou antes são culpados, claro que nunca o serão em sede de
tribunal, pois este será outro julgamento fantoche, que apenas servirá para
gastar dinheiro do já depauperado erário pública, claríssimo epítome negro do
estado lastimoso a que este país chegou.
A sua ida aos penosos meandros dos julgados,
ocorre apenas por mera necessidade processual, um formalismo, digamos assim,
decorrente da extremamente bem urdida fraude que se chama justiça à portuguesa,
que, apesar dos poderosos sempre o desmentirem, serve apenas os interesses
desses mesmos senhores do poder esses galifões cinzentos que ocorrem em
corredores bafientos e empoeirados, sempre prontos a sugar magra teta da vaca
pública, mas sempre a bem da nação claro está.
Perdi-me, mas volto prestes a retomar o fio do
novelo, asco, os rapazes da secretas serão assim julgados, não se provará nada
claro está, porque a provar-se, teria de se investigar com seriedade e levar
por junto ao assento judicial os seus chefes, os tais poderosos que nomeiam
esta gentalha torpe para locais e lugares dos quais em condições normais nem
auxiliares de limpeza dos sanitários seriam, porque essa é a grande questão, o
que está aqui em causa é que não existe absolutamente nenhum crivo que purgue
as nossas instituições de safardanas e de incompetentes, antes pelo contrário,
ser energúmeno e vigarista parecem ser duas excelentes qualidades para singrar em
Portugal.
Aos senhores que ora estão constituídos arguidos,
estimo a melhor das sortes, ciente que estou, que os rapazes, amealharam de uma
assentada aquilo que um pobre diabo como eu nunca conseguirá, mesmo trabalhando
sem feridos durante duas vidas. Aos que os nomearam aponto o dedo, “J’acuse”
como disse Zola no célebre caso Dreyfuss, esses sim são os verdadeiros culpados
de toda esta trapalhice, porque se continuam a nomear os amigos, os patrícios,
os clientes partidários mesmo quando, como por esta situação se percebe, se
está mesmo a ver que a coisa vai dar barracada, depois é vê-los com ar
compungido a debitar as falsidades costumeiras, a apelar ao bom senso, como se
bom senso fosse algo que possuíssem, a dar alertas ou a desculparem-se!
No entanto às alimárias politiqueiras nunca
se lhes pedem contas, são sancionados nas urnas eleitorais, dizem uns, que grande
sanção, ainda não se acabou de contar os votos e já eles ocupam os cargos para
os quais se autonomearam no estábulo comum da parvalhice imunda que parece ser
a administração pública portuguesa. Enquanto tal obra persistir difícil será
singrar neste mundo, enquanto gentalha deste calibre infectar o solo pátrio não
se espere mudanças, ficará tudo na mesma.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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