quarta-feira, maio 09, 2012

A barracada das secretas!


A trapalhada das secretas rebentou na cara dos protagonistas primeiros, esperava-se! No entanto não culpo esses pobres diabos da galfarrice. Ou antes são culpados, claro que nunca o serão em sede de tribunal, pois este será outro julgamento fantoche, que apenas servirá para gastar dinheiro do já depauperado erário pública, claríssimo epítome negro do estado lastimoso a que este país chegou.
A sua ida aos penosos meandros dos julgados, ocorre apenas por mera necessidade processual, um formalismo, digamos assim, decorrente da extremamente bem urdida fraude que se chama justiça à portuguesa, que, apesar dos poderosos sempre o desmentirem, serve apenas os interesses desses mesmos senhores do poder esses galifões cinzentos que ocorrem em corredores bafientos e empoeirados, sempre prontos a sugar magra teta da vaca pública, mas sempre a bem da nação claro está.
Perdi-me, mas volto prestes a retomar o fio do novelo, asco, os rapazes da secretas serão assim julgados, não se provará nada claro está, porque a provar-se, teria de se investigar com seriedade e levar por junto ao assento judicial os seus chefes, os tais poderosos que nomeiam esta gentalha torpe para locais e lugares dos quais em condições normais nem auxiliares de limpeza dos sanitários seriam, porque essa é a grande questão, o que está aqui em causa é que não existe absolutamente nenhum crivo que purgue as nossas instituições de safardanas e de incompetentes, antes pelo contrário, ser energúmeno e vigarista parecem ser duas excelentes qualidades para singrar em Portugal.
Aos senhores que ora estão constituídos arguidos, estimo a melhor das sortes, ciente que estou, que os rapazes, amealharam de uma assentada aquilo que um pobre diabo como eu nunca conseguirá, mesmo trabalhando sem feridos durante duas vidas. Aos que os nomearam aponto o dedo, “J’acuse” como disse Zola no célebre caso Dreyfuss, esses sim são os verdadeiros culpados de toda esta trapalhice, porque se continuam a nomear os amigos, os patrícios, os clientes partidários mesmo quando, como por esta situação se percebe, se está mesmo a ver que a coisa vai dar barracada, depois é vê-los com ar compungido a debitar as falsidades costumeiras, a apelar ao bom senso, como se bom senso fosse algo que possuíssem, a dar alertas ou a desculparem-se!
No entanto às alimárias politiqueiras nunca se lhes pedem contas, são sancionados nas urnas eleitorais, dizem uns, que grande sanção, ainda não se acabou de contar os votos e já eles ocupam os cargos para os quais se autonomearam no estábulo comum da parvalhice imunda que parece ser a administração pública portuguesa. Enquanto tal obra persistir difícil será singrar neste mundo, enquanto gentalha deste calibre infectar o solo pátrio não se espere mudanças, ficará tudo na mesma.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

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