terça-feira, setembro 13, 2011

As polícias secretas portuguesas e os serviços de informação

A história das polícias secretas e dos espiões, confundem-se com as instituições políticas desde que estas foram instituídas, Roma já tinha espiões a soldo de imperadores, de cônsules ou de senadores, anteriormente também já os Gregos exploravam essa temática na ânsia de prover aos desígnios das suas cidades estado. Resulta pois óbvio que isto da espionagem será talvez tão antigo como a própria humanidade, um voyeurismo instado pela necessidade de saber mais sobre o inimigo, ou até mesmo frustrar os seus intentos.
A recente, mais uma, atribulação das secretas portuguesas, vem de novo trazer à baila o amadorismo primário com que isto tudo é tratado nesta nossa terreola, lembremo-nos que há uns anos, foram publicadas num jornal umas listas com os nomes e moradas de alguns ditos espiões de trazer por casa, numa das primeiras grandes barracadas envolvendo este tipo de organismos, que culminam agora neste última, que envolve uma serie de tropelias imbecis com escutas para cá e para lá. E porque é que isto se passa? Perguntam os mais inocentes!
Ora isto passa-se porque as chefias deste tipo de coisas ao invés de ser entregue a profissionais qualificados, é entregue, como outros cargos de chefia, ao desplante do amiguismo idiota, que preside à atribuição de cargos públicos em Portugal, ainda ontem estava a ouvir Santana Lopes a falar sobre a questão do abandono do interior e deu-me vontade de vomitar, tal é o asco que sinto por aquele tipo de avantesmas politiqueiras que se arrogam a veleidade de falar sobre aquilo que não sabem, ainda por cima pedindo solidariedade para a Madeira, vejam lá a insolência!
Mas adiante, dizia eu que ao invés de profissionais altamente qualificados e dedicados, escolhidos com critério, dentro das estruturas dos organismos ditos secretos, os lugares de topo das secretas, são atribuídas a amigos do partido que está no poleiro, resulta daí como é óbvio todo um manancial de hipóteses de acontecerem todo o tipo de imbecilidades e cretinices, propiciadas pelas incompetentes criaturas politiqueiras que chegam aos cadeirões de uma área tão sensível e perigosa.
Perigosa, porque ao colocarmos gentinha incompetente nestes locais, estamos a fazer realmente perigar a segurança nacional, estamos a fazer perigar a segurança de cada cidadão que espera que essas instituições andem a zelar pela segurança de todos nós ao invés de andarem envolvidas em guerrinhas partidárias da treta e politiqueirices rafeiras, enquanto esta questão não for encarada com a seriedade que merece, não vamos a lado nenhum e hipotecamos as hipóteses de sermos olhados com respeito e admiração, ao invés acredito piamente que os nossos serviços secretos devem ser a risota de qualquer organismo de espionagem sério, tal é a quantidade de imbecilidades amadoras e de trapalhadas em que as nossas secretas se vêem envolvidas.

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

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