segunda-feira, maio 09, 2011

A Inglaterra está contra o regaste a Portugal

Desta vez são os ingleses que torcem o nariz à ajuda a Portugal. É pá isto começa a ser desesperante, tudo bem, os Finlandeses ainda percebo, quem é que se lembra que demos umas mantas e uns casqueiros bolorentos às criaturas, para não morrerem de fome, alias já nem eles se lembram os ingratos, na altura a nossa dádiva também não foi inocente, afinal a Finlândia era aliada da Alemanha do senhor Adolfo, o cabo da Boémia, como lhe chamava, com desdém, Hindenburg. Não esquecer que na altura os Finlandeses davam água pela barba ao comunistedo soviético que lhes tentava abocanhar metade da terriola gelada, logo como o nosso Ti Oliveira que era unha e carne com o Adolfo germânico, e que odiava a rapaziada vermelhusca, vá de arrebanhar, umas sacas de trigo tiradas aos esfomeados aldeãos das berças para mandar para a Finlândia.
Pois que os enregelados Finlandeses não nos queiram aparar os golpes ainda percebo, agora a nossa velha aliada, essa não me cabe na goela. O outro muito bem falava da «pérfida Albion», e pérfida é o termo certo para nos referirmos à relação de seiscentos anos que levamos de «aliança» com a “bifalhada”. Não pensem que não gosto dos ingleses, até lhes acho piada, a borracheira colectiva e os arraiais de porrada na via pública depois das seis da tarde, o chá das cinco, que curiosamente foi uma rainha nossa, Dona Catarina de Bragança, que levou para a corte inglesa, por tanto os beberrões arruaceiros dos ingleses, se bebem chá, devem-nos isso a nós, a uma rainha portuguesa que chegou aquela terra de tartes de rim e queijo rançoso e resolveu alegrar a coisa com algo civilizado.
Não pensem que não aprecio o facto de nos terem ajudado muitos vezes, eles os ingleses, Drake por exemplo, atacou Faro e Sesimbra várias vezes, bifaram-nos, eles os bifes, carregamentos inteiro de oiro do Brasil, depois em 1809, vieram com falinhas mansas ajudar a livrar Portugal das iras napoleónicas, emprestaram-nos a juros bons cabedais que tivemos de pagar com sangue e suor e muito vinho do Porto arrancado a sangue dos socalcos do Douro, para além de lhes abrirmos o Brasil, há muito cobiçado, ao comercio. No fim desse século XIX afiavam os bretões a dentuça às nossas colónias, a célebre crise do Mapa cor-de-rosa, daí no original o actual hino dizer «contra os bretões marchar, marchar!»
Já no século XX, a nossa burrice fez-nos ir aos roldões, para a Flandres para ajudar a dar uma trepa aos «boches». Largado ao abandono o nosso Corpo Expedicionário é alimentado e fardado pelos ingleses, até que a 9 de Abril de 1918, somos abandonados, e num repente os pobres 15 mil portugueses ficam frente a 55 mil alemães, das 4 da manhã de dia 9 até à última resistência que termina ao meio dia de dia 10, perdemos 7,500 homens entre mortos, feridos e prisioneiros. Mas no fim lá nos deixaram fazer o desfile da vitória.
Isto tudo para dizer, que a nossa velha aliada a velha Inglaterra, só nos têm entalado, andamos grosso modo a levar no rabo dos bifes, há seiscentos anos, além disso ainda temos do os aturar a vomitar e a mijar nos passeios em Abufeira e Quarteira, sempre a caírem de bêbados, para além de virem para cá enfrascarem-se e deixarem roubar os filhos, ainda se viram contra nós, era altura talvez de mandar a velha Albion bardamerda e meter o tratado no olho real.

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

Sem comentários: