quarta-feira, abril 06, 2011

O Conselho de Estado! Mais uma novela patética.

A nova polémica sobre inverdades, mentiras, falsidades e honestidades levantadas por essa nova aquisição do Conselho de Estado, apenas veio revelar o préstimo que tem essa, mais uma, instituição perfeitamente inútil.
Muito para lá de se ter ou não discutido o pedido de ajuda extraordinária, tão necessária a esta cloaca de imundice que se chama Portugal, muito para lá de sabermos se o senhor Primeiro-ministro ferrou mais uma peta, como se sendo isso verdade, fosse o único a faze-lo, muito para além do «fait diver», está a imagem do tal Conselho de Estado, imagem essa que com a brilhante prestação do seu novel Conselheiro se prova que é uma imagem distorcida.
O Conselho de Estado a fazer fé no capítulo primeiro, Artigo 1.º da lei que rege a sua constituição, é «o órgão político de consulta do Presidente da República.» Pois, por aí estamos esclarecidos, é mais uma oportunidade para os mesmos de sempre, que há trinta anos nos empurram para a sarjeta, darem ar à taramela, cada um puxando a brasa à sua sardinha, demitidos que estão da realidade de um país miserável que vai sobrevivendo como pode, pedia-se a esses senhores que fossem ponderados, infelizmente não o são, como podemos ver pela patética novela que se tem vindo a desenrolar após as declarações de um dos conselheiros.
O mais interessante é o artigo 18 que transcrevo na integra:
Artigo 18.º
(Reembolso das despesas)
1. Os membros do Conselho de Estado têm direito ao reembolso das despesas de transporte, público ou privado, que realizem no exercício ou por causa das suas funções.
2. Os membros do Conselho de Estado têm ainda direito às ajudas de custo fixadas para os membros do Governo, abonadas pelo dia ou dias seguidos de presença em reunião do Conselho e mais 2.
Acho interessante é o «mais 2». Ora aqui temos uns rapazitos, cujos traseiros parecem ainda não estar suficientemente anafados, ainda levam umas pequenas alcavalas para irem de quando em vez, dar ar à boca e atirar umas bojardas, tudo como é claro patrocinado pelo orçamento de estado, ou seja regiamente pago pelos papalvos imbecis que sustentam isto.
Ora meus caros, se é para ganhar umas coroas, dizer umas barbaridades e fazer figuras patéticas, contratem-me a mim, que ganho pouco, não me importo de cumprir esse dever patriótico, abnegado servidor da causa pública como são todos esses senhores. E querem vocês que eu acredito nesta opereta bufa, o quê com gente desta? Apre, cruzes canhoto!

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

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