quinta-feira, março 24, 2011

Sócrates pediu a demissão!

E pronto, lá caiu o homem. Como era de prever a camarilha politiqueira lá atirou esta farsa chamada Portugal ainda mais para o fundo! A ânsia do poder ditou os caminhos e lá vamos nós de novo para o fadário eleitoral, gastar mais uns valentes milhões, que não temos, para legitimar a eleição de outro Sócrates, desta vez do PSD, acolitado pela muleta do PP. Vai ser mais uma daquelas de sair da frigideira para cair na fogueira.
Soluções, ideias, projectos ou intenções, não se vislumbram em lado nenhum, é o verdadeiro deserto do intelecto. Passos Coelho antes de se decidir foi ver o que o chefe queria e depois atacou. A classe política de Portugal está como o resto do país completamente à toa, totalmente desnorteados.
Quem foram os perdedores? Todos. Perdemos todos, ninguém ganhou nada, excepto talvez os que já prevêem a sua nomeação, quando se der a troca dos boys rosa pelos boys laranja, com as habituais falcatruices que ocorrem. Nas décadas de 80e 90 do século XIX, estávamos numa situação semelhante, Progressistas e Regeneradores alternavam a farsa política da Monarquia cansada e falida, ora na situação, ora na oposição, nomeavam-se uns aos outros para cargos na administração pública e continuavam o esburgar à tripa forra do erário público como se não houvesse um país para sustentar.
Nos últimos 30 anos tem sido assim, à vez, PS e PSD, têm dividido a parte de leão da carcaça, com umas migalhas atiradas aos mabecos populares que de quando em vez são convidados para o festim, sempre deixados de fora os abutres vermelhos limitam-se a piar cada vez mais fininho, a pouco e pouco a gorda carcaça, insuflada com os euros dos esclavagistas modernaços que vestem seda e já não trazem machileiros, rodeados de sobas e sobetas, que lhes aparam os golpes e atiçam as garras aos mais incautos, a pouco e pouco a carcaça, ficou no osso, agora é que é gritar aqui d’el rei!
Numa tragédia típica «à lá portuga», logo aparecem os abençoados sebastiânicos, os messias modernos, preclaros videntes que lançam alertas, coniventes até aos caboucos com o arruinar do solar, as parcas negras da desgraça alvoraçadas e travestidas de cores garridas dos partidelhos medíocres e dos politiqueiros farroupilhas e intelectualmente indigentes que sobram por estas bandas, nós o restante desta tropa fandanga de rebotalho, curvamos os costados e lá vamos indo, para onde nos levar o destino, seguros apenas de uma coisa, melhor isto não fica, mas também já ninguém quer saber!

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

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