Todos os anos, é a mesma história. Ainda não começou a época balnear e já há a lamentar uma série de mortos por afogamento, posto que as praias não estão condignamente vigiadas. Este infortúnio levanta logo duas questões, a primeira é a da incúria e da inépcia das autoridades deste paíszeco da treta, passados que estão trezentos e sessenta e cinco dias, e mais uma vez, nada se vez para contrariar esta situação.
A outra questão é a da falta de cuidado dos frequentadores das praias, parece que neste país, esta anedota trágica, ninguém parece prestar absolutamente nenhuma atenção às campanhas de prevenção, nem à segurança, que urge tornar mais série e eficaz, a par de efectivas sanções para os prevaricadores, muitos se queixam da caça à multa, no entanto estou em crer, que se verdadeiramente existisse caça à multa, mais de metade dos excelsos cidadãos desta terra, já tinha vendido a casa para pagar as coimas, tal é a quantidade de burgessos que temos como população.
As autoridades, preferem ao invés de ter uma unidade eficaz de Guarda Costeira ou Polícia Marítima, ou como melhor lhes aprouver chamar-lhe, com um serviço de socorros a náufragos decente, permanente e altamente profissional, essas autoridades preferem submarinos, preferem gastar milhões com visitas de líderes religiosos e milhares de milhões em bancos falidos, que faliram por causa da incúria e falcatruas de banqueiros ladrões, preferem pois a estultice, o puro disparate a fazerem algo para zelar pelos cidadãos que pagam impostos e já agora pelos outros também, que apesar de serem uns parasitas também têm direito de não morrer afogados em praias completamente ao abandono.
Estou quase apostado em que em Maio do próximo ano, estarei de novo a escrever sobre o mesmo tema, porque nada de relevante terá sido feito, ou se for, saíra uma qualquer legislação imbecil, a qual ninguém entenderá e muito menos cumprirá, mas que servirá para escudar a responsabilidade dos senhores do poder, perante tão sábia demonstração de ignorância e laxismo. Não sei se o podem fazer, mas impunha-se uma queixa no Tribunal Europeu em relação a esta questão, uma queixa por incúria e laxismo, por falta de iniciativa, por negligência, pois é a negligência de um Estado que deixa os seus cidadãos morrerem em praias que deveriam estar vigiadas.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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