Maria José Morgado foi ouvida naquela coisa parlamentar sobre corrupção, desancar naqueles que todos sabemos serem os maiores culpados do estado miserável deste país, os deputados claro está, mas a meio das declarações, já um deputado armado em prima donna, ofendido com a verdade, pedia um ponto de ordem à mesa, solicitando à Procuradora-geral adjunta, que fosse menos incisiva e contundente nas declarações.
Do pouco que vi, a presença de MJM, foi um fartote de rir, primeiro porque a capacidade intelectual da senhora Procuradora, deixa de queixo à banda se não todos a grande maioria dos deputados daquela infeliz comissão, não estou como é obvio a dizer que os senhores deputados da comissão parlamentar sobre o fenómeno da corrupção sofram de problemas de coeficiente de intelecto, longe de mim proferir tal barbaridade, apenas quero dizer que estão a milhas da proficiência intelectual de MJM, o que tornará complexa a total e real apreensão e assimilação de tudo o que a senhora Procuradora declarou.
Continuei a encher o papinho a rir, com os ares de indignação, surpresa, estupefacção e quiçá inveja, de alguns dos deputados, ares esses que acabam por fundamentar, e bem, uma das principais afirmações de MJM, ao dizer que a culpa deste estado de coisa é do legislador, outra quem é o legislador? Pois, acertaram! Os senhores deputados, são efectivamente a encarnação física dessa figura etérea a que se chama Legislador, o tenebroso culpado oculto, fonte de todos os disparates legais deste país e da teia de burrocracia imbecil, afinal não é nenhum pobre diabo enfiado num gabinete escuso, afinal o legislador é aquela massa crítica de inépcia e pouco arrojo intelectual que enche o parlamento.
Quase morri a rir quando, a senhora procuradora disse que a corrupção em Portugal está fora de controlo! Nisto a imagem mostra o ar espantado de três ou quatro deputados. Estão espantados com o quê? Não sabiam? Vivem em que país? Ah, pois, não podemos esquecer que os senhores deputados parecem viver num mundo próprio, o país deles raramente parece ser coincidente com o nosso. O que parece querer sem dúvida significar, que não servem para o lugar que ocupam, é a mesma coisa que colocar um aguadeiro a dirigir uma filarmónica, esse é o grande drama desta nação, andam há anos a fio os aguadeiros a dirigir a filarmónica, daí que a música que tocam seja desafinada a destempo e sempre a meter água.
Quase a recuperar do tremendo golpe de gargalhadas anterior, eis que um senhor deputado da situação, ilustre representante de uma região autónoma se chateia com a verdade inquestionável proferida por MJM, e numa atitude de dama antiga ofendida, faz um ponto de ordem à mesa, para que o senhor presidente da comissão, refreie o ímpeto e ânimo incisivo da Procuradora. A senhora MJM, apenas disse por duas ou três ocasiões a frase e cito “Se os senhores deputados estão satisfeitos com isso, não é problema meu!” Em alusão ao triste estado em que se encontra este pseudo país.
A frase é tão verdade, que o senhor deputado se sentiu ofendido, porque em Portugal a verdade ofende. Os portugueses parecem não gostar da verdade, fogem dela, inventaram até um dito interessante que diz que há verdades que é melhor não serem ditas, por isso percebo perfeitamente a atitude do senhor deputado, até porque a verdade em Portugal parece ofender sempre quem a atropela, até porque se verdadeiramente houvesse da parte dos deputados alguma intenção em dar combate à corrupção, aquela comissão era perfeitamente desnecessária.
Por fim, fui às lágrimas de tanto rir quando aquele bonacheirão galhofeiro do Vera Jardim, afirmou, perante a comissão, que afiançava à senhora Procuradora, que eles os deputados daquela comissão, por aquilo que ele tinha visto, iriam fazer de tudo para mudar as coisas e dar ao combate à corrupção os meios e os instrumentos que MJM, afirmou faltarem. Confesso que com esta quase verti águas de tanto rir!
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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