Segundo o senhor Almirante Melo Gomes, o actual CEMA, (Chefe do Estado Maior da Armada), os «dois» submarinos que servirão as cores lusas são imprescindíveis!
Assente neste dogma do senhor Almirante, é de crer que os «dois» submarinos portugueses sejam realmente a salvação da pátria. Mesmo alguém leigo nesta matéria ficará desconfiado, com a real capacidade deste tipo de sistema de armas, não pela efectividade do mesmo mas antes pela quantidade desses sistemas de armas, se bem que a efectividade também possa ser questionada.
Assim, basta ver os cânones mais recentes da guerra submarina para perceber que, assim não vamos lá. Estarão por ventura à espera que um submarino torpedeie uma lancha rápida, cheia de droga a caminho de uma qualquer praia deserta, pois eu também não, especialmente ao preço a que os torpedos andam, se bem que com as promoções, talvez se arranje um desconto.
Fará o submarino serviço de patrulha a arrastões espanhóis que nos espoliam do peixe todo, sem que nada lhes aconteça, duvido seriamente, os submarinistas consideram-se uma elite e não os estou a ver de bom grado a fazer trabalho de Cabo Manobra, servem para quê então os «dois» submarinos.
Essencialmente para engrandecer o ego das patentes da Armada, para engrossar o orçamento da mesma e para passeatas mais ou menos dispendiosas.
No quadro da NATO, os nossos «dois» submarinos representam menos de 0,01% da força disponível, para citar só três exemplos a França possui 9 submarinos nucleares, 3 com mísseis e 6 de ataque, estando em curso o processo de renovamento da sua frota de SNA (Submarino Nuclear de Ataque), a Royal Navy da Grã-bretanha, possui 4 submarinos balísticos nucleares e outros 9 de ataque também nucleares, aqui os nossos vizinhos tem 4, o que significa que os «dois» submarinos portugueses, não significam mesmo nada no quadro NATO, sendo portanto uma inverdade que são necessários para cumprir compromissos NATO. Resta dizer que os «dois» sumarinos portugueses comparados com os dos exemplos citados são uma espécie de carro de bois no meio de Ferraris.
Então para que servem os «dois» submarinos»? Para nada! Para gastar dinheiro, para alguns poucos ganharem muito dinheiro, para as falcatruas já conhecidas e pouco mais. Teimamos em querer presumir riqueza quando somos um país de gatos-pingados sem cabedais para mandar cantar um cego, insistimos em desbaratar os dinheiros públicos em idiotices imbecilóides, em quimeras, vem de longe este gosto pelo absurdo, conquistas do norte de África, como disse Fernão Lopes, sorvedoiro de “gentes e cabedais”, guerra colonial, estádios de futebol, enfim é enorme a lista, de tropelias imbecis realizadas a estipêndio dos cabedais do erário público, as mais das vezes sem qualquer préstimo para o país e para aos desgraçados que pagam isto tudo.
Senhor Almirante, Portugal necessitam tanto de submarinos, como vossa excelência terá precisão de um furúnculo no traseiro!
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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