Cara Maitê, que raio de nome esquisito, obrigado por mostrar ao Brasil que nós somos gajos esquisitos! É uma realidade, não me choca, eu próprio sou Português e entendo-a perfeitamente. Alias basta ver o produto das nossas tropelias coloniais, Brasil, Angola, Moçambique e Guiné, para realmente perceber que somos mesmo esquisitos.
A caricatura que faz de Portugal é aceitável, aquela rábula do técnico de informática é excelente, peca só porque o utilizador ou seja a cara Maitê, também parece ser muito pouco dotada para a informática, o computador parece estar para si como a albarda para o asno, mas enfim a iliteracia informática atinge transversalmente o mundo, desde o esquisito portuga à brazuca alegadamente actriz.
Também não me chocou a sua ignorância e a sua propensão para a asneira, afinal a cara Maitê, vem de um pais cujo o lema é “Ordem e Progresso”, espero que a ordem e o progresso sejam mesmo bons porque a julgar por si a cultura deixa muito a desejar e se a cara Maitê representa uma certa elite viajada e bafejada pela sorte de poder sair daí, tendo portanto um padrão cultural acima da média, imagino o que não será o padrão cultural do cidadão normal do Brasil!
Em relação aos pastéis de Belém e à historieta das claras, usadas como goma, não percebo a piada, nem o tom jocoso que dá aquilo, esse facto é só por si revelador mais uma vez de uma atroz ignorância, mas eu entendo, muito novela deve fazer isso atrofia as meninges, estupidifica! Aconselho-a a dedicar mais tempo a Machado Assis ou Gonçalves Dias, são bons autores Brasileiros, lembrei-me destes porque são dos meus preferidos, um conselho cara Maitê, leia mais literatura e menos guiões de novelas.
Falou de Salazar e curiosamente mais uma vez, “meteu a pata na poça” como soi dizer por cá. Deveria ter visto melhor como decorreu o concurso de eleição da personagem, perceberia que a sua eleição foi mais um gozar com a parolice do que um desejo secreto pelo regresso do ditadorzeco. Fez bem em aludir ao tema, mas faria melhor documentar-se primeiro, fica-lhe mal, afinal a cara Maitê é alegadamente uma actriz famosa, senhora de uma refinada cultura, da qual infelizmente durante o seu vídeo não se vislumbra sequer a sombra, estou certo que a digna senhora será com certeza possuidora de uma portentosa cultura, mas parece que a deixou na fronteira!
O falar de Vasco da Gama e de Camões como se fossem jogadores do Atlético Mineiro, é triste, mas compreensível, afinal, como anteriormente já tinha demonstrado, a cara Maitê, tem um défice cultural pavoroso que a coloca ao nível da indigência intelectual, por outras palavras a cara Maitê é de uma confrangedora pobreza franciscana cultural.
Achei piada à sua tentativa de falar com sotaque português, foi a parte mais hilariante da coisa, porque é engraçado ouvirmos alguém nos imitando, em especial os brasileiros, parece que falam com algo espetado no rabo, tem piada, claro que é esquisito mas tem piada, por isso obrigado, gostei.
Só me chateou aquela coisa da cuspidela, então uma pessoa tão culta, tão iluminada, tão à frente, vem aqui, salvar os pagãos, ilumina-los com a sua superior cultura e faz uma vergonhosa mostra de tão baixo nível, a cara Maitê perdoar-me-á mas como se diz por cá fez “figura de ursa”, sublimou o paradigma da “loira burra”.
Foi pena, porque até tinha conseguido dar um ar de graça com aquilo do número três ao contrário, achei que iria fazer algo com piada, em que nós nos pudéssemos rir de nós mesmos e das nossas esquisitices, afinal não, a cara Maitê, preferiu ser pior, mais boçal e mais ridícula do que aquilo que pretendeu criticar, estimo-lhe as melhoras, aproveite para ler, para se cultivar, para aprender a fazer humor, olhe veja os programas do Jô, perceba como se pode fazer humor inteligente, perceba como contar anedotas de portugueses, de uma maneira tão simples e inteligente que mesmo o patrioteiro mais empedernido não deixa de rir, essa é a diferença entre ser inteligente e culto e ser Maitê.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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