Batia a meia hora passada sobre as dezanove! Animada a tertúlia discutia sobre o que Sua Excelência o Senhor Presidente da República iria dizer, entre os oito petisqueiros habituais, todas as tendências politicas representadas, incluindo um monárquico ultramontano, e por vezes chato como a potassa. Gerou-se a discussão, vai uma aposta, pagas a rodada, aperta aí.
Sua Excelência o Senhor Presidente da República, lá apareceu com o seu ar solene e sorumbático, a chamada cara de pau número dois, arengou dez minutos, no fim olhamos uns para os outros e rimos a bandeiras despregadas, foi uma consensual gargalhada geral.
Mais valia que tivesse ficado calado! Foi sobre isso a aposta, que eu ganhei, pois havia apostado que Sua Excelência o Senhor Presidente da República, não só não iria esclarecer coisa nenhuma, como continuaria a flagelar as hostes socialistas, em suma não diria nada de útil como é seu declarado hábito, e teria como único objectivo conseguido o adensar ainda mais desta incomensurável trapalhada, que roça o surreal, num país com tantos e tão graves problemas, Sua Excelência o Senhor Presidente da República, entretêm-se com pífios joguinhos de salão.
Sua Excelência o Senhor Presidente da República, uma vez mais, faz de cavaleiro da triste figura, numa temática, sem pés nem cabeça, voltando a condicionar um acto eleitoral, desta vez as autárquicas, já quenão consegui o seu intento nas legislativas. Esta espécie de esclarecimento, serviu apenas, para percebermos, que Sua Excelência o Senhor Presidente da República, indigitará Sócrates a contra gosto e que o fará cair à primeira ocasião, o outro fará o papel de vitima acossada, e andaremos entretidos com palha de centeio, enquanto arde o palheiro.
É triste ver ao que chega esta gentinha por nós eleita para governar, o mais que fazem é governar-se e esgotar o erário em tricas e questiúnculas medíocres, consentâneas com a sua própria mesquinhez, não bastava a crise, o endémico atraso, o analfabetismo e todo o resto, ainda temos isto para ajudar ao baile. Resta dizer que a declaração dos principais visados, foi coerente com a de Sua Excelência o Senhor Presidente da República, ou seja não disse nada.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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