terça-feira, março 11, 2008

Para onde vais Portugal?

Sempre eterno, o problema da segurança agudiza-se, para tranquilizar o povaréu, o governo faz sair os números que desmentem a realidade num costumeiro exercício de artificialidade que creio eu já não exista ninguém que engula a patranha, por outro lado o mediatismo televisivo aumenta a febre, faz a coisa subir até roçar a paranóia colectiva, Portugal é um país seguro? Eu acho que sim, mais pela nossa maneira de ser do que por intervenção dos vários governos.

Senão vejamos a cada crise da segurança, anunciam os governos com mais polícias, o que resulta completamente redundante pois com os que se reformam, com os que ficam inaptos para o serviço de patrulhamento e com os que por qualquer outro motivo saiam a coisa fica de novo em saldo negativo, mas ainda que ao invés de dois mil, segundo o anúncio da nova leva, entrassem vinte mil, o mal seria o mesmo, porque o problema não é de efectivos é de autoridade é de meios e é de legislação.

De autoridade, porque neste momento o estado não manda nada, as polícias infelizmente ainda menos, porque completamente politizadas e manietadas nas suas acções pelo facilitismo e displicência que lhes foi imposto pelos sucessivos governos ineptos, meios porque carros, armas, helicópteros, comunicações, meios de vigilância, informática e instalações, roçam o terceiro mundista, compreende-se lá que uma polícia moderna não tenha uma unidade aérea que ajude na vigilância e detecção dos elementos perniciosos da sociedade, compreende-se lá, que as câmaras de vídeo vigilância não sejam há muito utilizadas e parte integrante do sistema judicial, compreende-se lá que as escutas as fotografias e os vídeos estejam ainda arredados do meio de prova, por pura estupidez legislativa, compreende-se lá que um polícia que rasga as calças a perseguir um bandalho tenha de comprar do seu bolso umas novas e que tenha de pensar duas vezes antes de dar um tiro a um inútil que já disparou três ao quatro. Compreende-se lá que a segurança privada não seja bem treinada e não ande armada.

Os meios, são aquilo que sabemos, velharias obsoletas, quando há gasolina não há carros e vice-versa, esquadras e quartéis a cair de podre, armas velhas e que para além disso não se podem usar, os meios de comunicação que deveriam ser de topo, bem nalguns casos são, só porque os policias e guardas usam os seus telemóveis pessoais e gastam dinheiro dos seus saldos para as comunicações, nas esquadras e quartéis quando à computadores não há tinteiros para as impressoras, o material que se compra é da mais reles qualidade, ou seja os homens trabalham na mais absoluta miséria de meios, falta tudo, camaratas decentes, viaturas, fardamento grátis, falta a GNR deixar de ser militarizada, que essa é outra pecha muito grave deste particular sistema à lusitana.

Por fim o legislador, que estou em crer, adormeceu no século XIX, a nova criminalidade, a redescoberta e criminalização da pedofilia, o tráfico internacional, o terrorismo, o crime cada vez mais organizado, parecem ser realidades a que o nosso legislador não está atento, alias não só não está atento como parece existir uma vergonhosa conivência entre o legislador e as elites do poder, o novo código é bem um exemplo disso, a mais completa e absurda desresponsabilização de actos criminosas ao colarinho branco, leva a que, por a lei ser de aplicação geral, o ladrão pé de chinelo saia também airoso de toda a galfarrice.

Se acredito que vamos mudar? Não! Acredito sim que vamos piorar, cada vez mais até atingirmos um nível de criminalidade igual a qualquer país do terceiro mundo, se bem que já existam locais onde se viva assim, sempre no medo, porque o tal Estado, que tem o dever de proteger os seus cidadãos, a mais das vezes só protege bem os canalhas e a escumalha subsidio dependente, porque a nós os pobres que alimentamos a cloaca, ninguém nos protege, só podemos confiar na sorte e invocar um qualquer deus para que consigamos evitar as ocorrências.

Um abraço, deste vosso amigo

Barão da Tróia

6 comentários:

Anónimo disse...

Assino por baixo. Mas não me vou calar até que a voz me doa. Serei voz a clamar no deserto, não creio.Não podemos baixar os braços.

Anónimo disse...

Amigo Barão
Subscrevo inteiramente o que descreveu.
Não nos podemos calar.
A nossa REVOLTA é cada vez maior para com este GOVERNO/PS que nos chupa até ao tutano.
touaqui42

musqueteira disse...

grande barão... só resta o Euromilhões para levantar o animo;)

Carla disse...

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Uma Páscoa Muito Feliz
Beijos

Anónimo disse...

Vai de mal a pior.
Mas temos que assumir que nos cabe, também a cada um de nós, fazer o que estiver ao seu alance. Não é preciso ser herói, basta ser persistente. Não devemos ter medo da incompreensão.
E não esquecer a frase de Cícero: se os cidadãos não defenderem a república, ela não se defende sozinha.

just me, an ordinary girl disse...

Olá,boa tarde. Ha mt que nao passavo por aqui, por falta, minha , de tempo.

Ao ler este post lembrei que por acaso tinha lido o Emidio Rangel e ter ficado a pensar onde estaria a razao. Mas a verdade é que nao tenho conhecimentos para opinar sobre o assunto e custa-me sempre saber da leviandade com que se fala de assuntos tao importantes...

Tudo de bom, Barão!!