As nossas cidades aldeias, vilas e lugares, poderiam ser locais aprazíveis, no entanto e por causa de uma série de factores, não o são, na sua grande maioria são pardieiros infectos, réplicas subdesenvolvidas de um terceiro mundismo comezinho e pobre de espírito.
O jornal aqui da minha terra, no qual tive a honra de debutar para a escrita de croniquetas insalubres e maledicentes, foi lá que nasceu o “Barão da Tróia”, publica na sua última edição uma excelente peça sobre a incivilidade boçal dos habitantes cá do burgo, deixo aqui o link para a versão online, http://www.almeirinense.com/almeirinense/index_noticia.asp?id=1504.
É este o tipo de excelente trabalho jornalístico que deveria estar mais presente na imprensa regional, o Almeirinense, presta com esta peça um excelente serviço público, um serviço que informa, que expõe as fragilidades de uma população inculta, incivilizada e sem regras de civismo e respeito pelo próximo, está pois de parabéns o Almeirinense por este excelente trabalho.
Denunciar assim publicamente as características boçais de alguns, tendo ao mesmo tempo uma atitude pedagógica e de sensibilização é também uma das responsabilidades da imprensa regional. Porque mais próxima das populações que serve poderia servir às mil maravilhas para mostrar a verdadeira realidade de um país podre, no entanto por causas mais que muitas, regra geral a imprensa regional é um reflexo do país, pobre de espírito e mais preocupada com a roupa interior do sacristão do que com o ribeiro que corre cheio de lixo, enfim prioridades.
No entanto nesta peça o Almeirinense revela que é capaz de voos maiores, de conteúdos de excelência, pois que venham eles, aguardaremos por mais coisas de igual semelhança, com qualidade e que ponham a nu as barbaridades e atropelos civilizacionais que por cá se cometem.
Em relação à peça que motivou este pequeno escrevinhadeiro, deixem que vos conte, para quem não conhece aqui a terreola, que Almeirim é plana, completamente plana, minto, existe um pequeno desnível, mas tão ligeiro que nem nos apercebemos dele, além disso é pequena terra, que se atravessa a pé em passo normal em 20 minutos, parando aqui e acolá para cumprimentar algum conhecido, no entanto a maioria dos seus habitantes não sabe aproveitar estas benesses e entulha de carripanas as ruas, praças e pracetas, vias vielas e passeios, fazendo do percurso de um peão um autêntico jogo de computador.
Não há muito tempo a maltinha aqui do burgo andava de monco no nariz, de carroça e a pé com a bota de cardas de sola rota e porém era feliz, uma felicidade que se via no sorriso franco dos cumprimentos matinais, na limpeza e asseio das ruas, no brioso comportamento, eram pobres mas felizes.
Hoje são ricos, tem carro, gastam horas e fortunas em combustíveis, mas estão tristes e amargurados, as ruas estão sujas e as hordas selvagens de veículos que entopem as nossas ruas fazem lembrar os subúrbios manhosos da capital, definitivamente o habitante Almeirinense, abastardado pela gula e ganância deixou de ser o povo franco e pranzenteiro do Ribatejo e passou a ser um desenraizado suburbano sem civismo, sem respeito pelos outros e sem amor pela sua terra.
Esta excelente reportagem de “O Almeirinense” traz a terreiro uma situação onde a torpe boçalidade e falta de civismo das pessoas, esconde o que de bom ainda existe nelas, era importante que mais coisas desta igualha viessem a público, para educar, para despertar as consciências e para vergonha dos néscios e asnos que por aqui habitam. Parabéns ao Almeirinense por uma excelente peça de trabalho jornalístico.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
14 comentários:
Gostei de ler ... o teu texto e a reportagem do jornal ... que aplaudo ...
o que se passa acontece um pouco por todo o lado ...
gostava que no local onde vivo (Azeitão) ... tb houvesse um jornal que falasse dos podres da região ... infelizmente não há ...
bom fim de semana
bjs
É a realidade!
Votos de um excelente fim de semana
Até segunda :D
Está tudo dito. E se o Almeirinense quiser tem exemplos que dão para encher páginas e páginas...
Bom fim de semana.
A imprensa regional tem um papel a desempenhar que é insubstituível.
Já passei algumas vezes por Almeirim, reconheço o retrato que fazes, mas nunca parei...
Cada vez gosto mais da imprensa regional. É dos poucos sítios onde ainda se lê notícias a sério. Excelente artigo, como é habitual!
Abraço e bom fim-de-semana!
Amigo boçalidade não falta em Portugal ,basta ver os concursos de cultura gerla na tv, a submissão aos poderosos entre outros bons exemplos
Viva Barão:
Parabéns ao jornal e a si por aqui salientar estas mais valias que ainda vão aparecendo.
Passe um óptimo fim de semana e não se abstenha... VOTA BEM!
Um abraço,
Almeirim... acho que conheço. Devo ter passado por lá numa das minhas aventuras professorais.
Gostei de ler o texto :)
Parabens pelo texto e ao Jornao regional... um dos poucos ainda "puros" e verdadeiros...
Grata pela visita ao meu recanto
Beijo suave___Maresi@
Uma boa semana amigo Barão.
Um abraço,
Excelente o texto e a reportagem. Um abraço
...dignissimo barão de troia, prefiro o Rei ao rock;)e já agora, na cidade das tintas... não há carros mal estacionados!... só mesmo mais por lá... pois aqui em lisboa ainda antiga... há ainda carros assim agrafados a passeios e a janelas bloqueando por vezes portas ora sim ora não;)
Pessoalmente, apesar de concordar contigo, acho que a tarefa do "Almeirinense" é inglória. O português tem a cabeça dura e só se consegue meter qualquer coisa lá dentro à cacetada!!!
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