Não canto. Gritava Alberto a plenos pulmões, que diabo afinal quem mandava ali era ele, cantava quando queria bailava o bailinho lá pelo chão de uma qualquer lagoa sem dar cavaco a quem fosse, afinal o Alberto, era ele.
Canta Alberto! Teimavam da outra margem. Não canto, insistia Alberto, e para mais vou-me embora, mas volto logo de seguida porque adoro estes carnavais, adoro o petisco, os folguedos mais estes marítimos nacionais. Adoro o ar do mar que sopra aqui na vigia, por isso nem gregos nem cubanos me farão cantar quando o que quero é bailar.
Enquanto assim pensava, Alberto olhava a sua obra. Uma pérola era isso que era a sua obra, uma pérola semeada no fero Atlântico, bem próxima de África, alias tão próxima que os ares quentes de lá tinham muita influência nos pensares dos habitantes da pérola, a começar por ele próprio, Alberto de cognome “O Pulverizador”.
Hás-de cantar. Prometiam os da outra margem. Não canto! Vociferava, Alberto, já irado com tamanha insistência. – Roubaram-me os instrumentos, malvados colonialistas continentais, por isso não canto! E mais vamos às urnas, porque sempre são mais uns grossos cabedais que pulverizo ao Reino, daí o seu cognome, Alberto era exímio a pulverizar, a desfazer em pó ou dizem as más-línguas, a malbaratar, as tenças do Reino.
Escavava túneis, investia em arraiais e Carnavais, sustentava outros tantos disparates reais, como futeboladas e jornais, com os cabedais, que do reino davam à costa da pérola, o seu reinado não tinha fim e a malta gostava, adorava aquele saco de ar quente insuflado pela pinga e comezainas dos lautos repastos nas festarolas privadas do apaniguados do funil e outras aves de arribação que são comuns em ilhotas perdidas.
A chatice era que o reino estava farto de embotar a cartola e arrotar com as prestações para a malandragem, Alberto era o príncipe dos madraços, o rei dos pulverizadores, qual Midas ao reverso, pilim em que deitasse a garra esfumava-se em segundos, a vida no campo do funcho era uma eterna paródia, enquanto no interior a miséria, o alcoolismo, o analfabetismo a mortalidade infantil eram o dobro dos valores da outra margem.
Que interessava isso, se Alberto continuava a cantar, deliciado com o apoio das massas ignorantes das hordas dos servos da gleba que aravam as jeiras, para encher o bandulho a ramos e outros que tais da flora local. Canta Alberto!
- Não canto.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
16 comentários:
Muitos parabens.É um orgulho ter um professor a escrever desta forma.Um abraço deste teu amigo( sabes que é verdade)
Bem, pelo menos o Alberto João demitiu-se. Vem para o lugar dele um gajo que se chama João Jardim. Vamos ver como se sai. Ah, abençoado povinho que o ditado tem sempre razão. "Em terra de cegos, quem tem olho é Rei!"
Um abraço!
NINGUÉM esperava que o ALBERTO cantásse da maneira que cantou e calou os mangas de alpaca.
Claro que o MISTER tinha tudo e todos á sua volta , continua a tê-los e cada vez mais forte.
Uma só pergunta :
O PS/MADEIRA acha ou pensa que tem tomátes para fazer frente a um JARDIM.touaqui42
a bem da verdade ainda não dei pela saída de cena do alberto joão jardim. mas enfim, que seria da Maadeira sem o seu albero joão. eu sou fã: gosto de uma boa caldeirada e nada melhor do que ele.
cumprimentos barão :)
O REGRESSO
Os amigos insistiram no regresso do “BEJA”.
O desejo íntimo também era grande…
Porque não dar vida de novo a este projecto?
Além das notícias do Alentejo voltamos a ter outros
temas interessantes e sempre a lembrança dos
bons Poetas Alentejanos e não só.
Assim decidimos voltar e esperar o bom acolhimento
de sempre dos Amigos que aqui encontrei e dos
novos que porventura nos visitem.
Abraços amigos
... e irá voltar a cantar...
boa semana
bjs
«Vir à Madeira e não tirar uma fotografia comigo é como ir ao jardim zoológico e não ver os macaquinhos» - Alberto João «Publico», 2/8/92
Eu queria era que ele dançasse de lá para fora.
Surpreende-me a coincidência de aqui ter chegado, vindo do nada, e encontrar exactamente a mesma horda, que me perguntavam há dias a origem no meu blog. Pelo que pude constatar as hordas são mais do que as imaginadas pelos cépticos, num país em que muito, ou quase tudo, está ainda por fazer depois de trinta anos de avanços e recuos. Será que nunca mais aprendemos com os nossos erros? Ou teremos invariavelmente de ir beber nas fontes da história com as nossas raízes, e mudarmos de rumo?
O tipo é esperto... há que admitir... e consegue por um país inteiro à volta dele.
Assim tipo o melhor e pior português...
E Agora Sr. Presidente, Como Vai Ser ??
Publicado 26-02-2007 13:37:00 - Artigos
Ao ver na reportagem em vídeo no Mirante o Jantar organizado pelo PS a pedido do Presidente Sousa Gomes, em que participaram alguns presidentes de Câmara do PS do distrito de Santarém, desculpem lá, mas há uma imagem que ainda tenho guardada na minha memória que de imediato apareceu, os generais a prestarem vassalagem a Marcelo Caetano e a darem-lhe o seu apoio, e pouco tempo depois esses mesmos generais estavam do lado dos Capitães a apoiar o 25 de Abril.
Mais um erro politico, a juntar ao maior que foi feito, fazer na mesma linguagem uma resposta a factos de que somos os principais responsáveis, e tentar justificar com os erros dos outros os nossos erros.
Porque nada disto seria necessário, se o Presidente não respondesse nos termos em que respondeu ás cartas que lhe foram dirigidas, e se não justificasse o que é injustificável sobre o concurso e reclamação da sua chefe de gabinete.
Até porque em Politica, nestas alturas, e vamos falar a sério, um dirigente tem duas opções, conta as espingardas e parte para o contra-ataque se tiver a maioria a seu favor, impondo aos opositores a sua vontade pelas razões que tem e a acha justas, caso contrário terá de pensar e esperar pela ocasião para poder levar as suas ideias e opiniões em frente, sobre este aspecto aconselho vivamente a leitura do livro a “Arte da Guerra” de Sun Tzu.
O erro está feito, e os resultados deverão ser devastadores, por um lado uma oposição interna com algum peso, outra oposição do deixa andar a ver o que isto dá (perigosa), sempre á espreita e interna também, tem de se ter muita atenção a este facto, e porque também é natural o desgaste de tantos anos de poder criarem algumas fragilidades que podem ser usadas por quem tenha cabeça para isso, e já é visível esse alguém.
Não se deve esquecer também a oposição das outras forças politicas, que ás vezes até dão algum contributo para o debate autárquico.
Viveram-se duas semanas de combate politico, admito que muita gente possa chamar de politica baixa, mas há uma verdade que se soube, a paz que existia era uma paz podre, e que nem tudo está bem, não tenho duvidas em afirmar que é melhor assim, está já grande parte da fronteira definida, o futuro o dirá.
Amanhã terça-feira dia 27, vai haver uma reunião da comissão concelhia do PS, deverão, com toda a certeza, as posições ficarem no mínimo mais estremadas, quero eu dizer, definidas, pois os acontecimentos recentes levam-me a pensar deste modo, e em politica as linhas que separam as posições são sempre muito frágeis, ou não se tratasse de luta pelo poder.
Cá vamos estar para ver.
E.M.
Viva Barão:
Esse Alberto é um daqueles que ficará para a história sem honra nem glória.
Será recordado pela sua estupidez, arrogância, maldicência e espírito anti-democrático.
Um daqueles de quem ninguém se quer ver acompanhado... a não ser a turba que usa o seu "chapéu de chuva" para viver na opulência á custa dum analfabetismo persistente há 30 anos.
Sem honra nem glória.
Um abraço,
Está a começar o Ano Polar Internacional que visa promover o desenvolvimento da ciência nas regiões polares, mas também mostrar junto da sociedade a importância determinante que as regiões polares têm para a dinâmica e regulação climática do Planeta.
Visite-nos e veja se fará sentido participar na defesa de um pequeno rio, que fica algures, mais ou menos próximo do local onde vive?
Gostei muito. A Madeira era um jardim até o Alberto João dar cabo dele, o espezinhar como um selvagem. Para mais, esta "birra" da demissão por causa dos dinheiros continentais esconde uma perversidade. Permanecer mais tempo no poder do que a lei permite. Prolongar a tirania, a autocracia.
Um abraço
Será que o Alberto também já deitou a mão ao jornal "A BOLA"? Pergunto isto porque no dito, no dia 28 do mês passado, Fevereiro de 2007, vinha um título assim: Portugal zero Madeira zero. Azar o meu que raramente deito o olho a jornalada desta, logo fui descuidar o olhar para um que estava sobre a mesa de um café, e assim constatar tamanha asneirada "jornalística". Ou será que o rei bobo D. Asno Alberto também já comprou "A Bola" e a mobilizou para servir os seus hilariantes intentos independentistas? Não há pachorra para tanta piela.
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