segunda-feira, maio 02, 2011

Obama anuncia a morte de Bin Laden

Morto ou não Bin Laden, continuará a assombrar a vida dos ocidentais, pois as raízes da Qaida são mais profundas e culturalmente mais radicais, extravasando a mera existência física de um único homem.
Há pouco alguém dizia que achava estranho, que Obama durante o discurso em que anunciou a morte de Laden, alumiasse tantas vezes o nome de deus. Não é nada estranho, Obama está, tal como outros por cá em campanha, capitaliza esta “vitória”, o discurso e o anúncio da morte do terrorista número um, servem um interesse especial, não sendo também coincidência a nomeação do general Petreus para director da CIA que substitui Leon Panetta, ascendendo este a secretário de estado para a defesa.
O mundo islamita é um saco de gatos espalhado pelos cinco continentes, o islão foi a religião que mais cresceu na Europa, claro que os islamitas são uma minoria, no entanto não sei se esta não é mais uma achega para uma guerra religiosa que mais tarde ou mais cedo irá rebentar. O Paquistão é uma manta de retalhos com poder atómico, o Afeganistão, foi, é e continuará a ser um túmulo para os impérios, contentíssimos com as revoluções do mundo árabe, muitos palonças parecem esquecer que o conceito “Demos Kracia” não faz absolutamente sentido nenhum no mundo árabe, com isto não quero dizer que sejam piores ou melhores que os ocidentais, são diferentes, com influências culturais e sobretudo religiosas diferentes, apesar de os cristãos terem interpretado a Torá de uma maneira e chamado a essa interpretação Bíblia, e os muçulmanos a terem interpretado de outra e lhe terem chamado Corão, na génese igual poderíamos assumir condicionantes igualitárias, semelhanças, que porém se esboroam por causa de radículas culturais diversas e quantas vezes oposicionistas. A ver vamos se o jasmim não se transforma em cardo!
Há que reflectir nisto tudo e não fazer como os asnos das terras do Tio Sam, que saltaram e pularam de alegria, a Quaida é muito mais perigosa e significa muito mais que apenas um homem, que enquanto vivo era apenas um chefe e depois de morto é um mártir.


Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

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