segunda-feira, janeiro 10, 2011

Passos Coelho e o fracasso político!

O líder do PSD, Passos Coelho, disse um destes dias e cito; «… a entrada do FMI em Portugal significa o fracasso político do governo…». Devo esclarecer que o líder do PSD, está certo em metade da afirmação, a saber, realmente a entrada do FMI neste quase estado falhado chamado Portugal é efectivamente um cataclísmico fracasso político, porém não se trata de um mero fracasso que se possa assacar apenas e tão-somente ao actual governo, isso é simplista em demasia, isso é demagógico e é mentira, porque este é um fracasso político com várias caras.
Desde logo toda a súcia que tem «desgovernado» este país de 1986 para diante, todos os cavalheiros de sagaz argúcia, que lançam muitos alertas, que fogem aos seus deveres, que fazem da política uma profissão, que mais se servem da coisa publica do que servem. Não valerá muito a pena citar nomes, porque são muitos, a Corja é grande e gorda, mas apenas para citar os mais relevantes, Cavaco, Guterres, Barroso, Santana e o actual Sócrates.
E estes são apenas os cabecilhas da quadrilha, abaixo deles, aparece todo o tipo de ineptos regiamente pagos a quem poderemos brindar com a paternidade deste fracasso político de que fala o actual líder do PSD, futuro continuador do fracasso político. Estes são os verdadeiros culpados, não são porém os únicos, às oposições apontam-se também culpas, porque omitiram sempre questões essenciais, o excesso de deputados, que até ajuda, o modelo de governo, que satisfaz as elites dos partidelhos vários que assim vão arranjando uns poleirinhos catitas, a coisa vergonhosa chamada Lei de Financiamento dos Partidos, entre outras pérolas da governação lusitana que ajudam ao fracasso.
Uma parte do fracasso político, poderá também ser atribuído à Europa, à falta de solidariedade nesta Europa que se diz «Unida», mas que na realidade é falha de união, fracasso porque lhe faltaram os mecanismos que controlassem de forma eficaz estas «repúblicas das bananas» europeias como Portugal, mecanismos de controlo e de intervenção, que pudessem ter obstado à actual situação extrema.
Temos pois que o líder do PSD acerta em parte com a questão, falha apenas ao sacudir água do capote, no que toca à participação do seu partido, intimamente responsável pelo actual estado de coisas. Tal como Cavaco, recordo ainda os tempos em que se dizia que Portugal era um modelo de aluno aplicado, já nessa altura eu disse que isso era uma falácia, prova-se hoje que quem tinha razão era eu e não Cavaco, mas como eu, muitos outros, poucos, infelizmente poucos, alertavam a maralha para o que aí vinha, ninguém dá ouvidos a um labrego de província como eu, mas aí está a conjuntura a provar que o fracasso estava já a ser delineado nesses tempos do Oásis, pena é que os camelos sejam sempre os mesmos!
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

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