quinta-feira, novembro 11, 2010

O Clister Nacional

Estamos à beira do princípio do fim! Com esta firme certeza, avançamos céleres para o ocaso desta torpe coisa chamada Portugal. O negrume que o FMI projecta nas mentes toldadas dos nossos governantes, fá-los ainda mais pequenos, ainda lhes diminui mais a pouca capacidade que parecem ter.
Catastrofista! Epíteto por demasia usado para classificar tais discursos, afinal os poucos catrastrofistas, são indubitavelmente e também, os poucos realistas que restam neste país de sonho, nesta quimera, neste oásis onde até quase se decretou o fim da crise por decreto ministerial. Afinal a crise não acabou, afinal a crise ainda nem tinha começado, afinal a crise sempre existiu, é uma crise cultural, é toda uma sociedade em crise, que duvida que tenha cura, eventualmente levará um paliativo, daqueles fortes, um grande clister de medidas economicistas, que lançarão para os escombros da pré miséria, todos os que ainda flutuam no caldeirão de merda em que soçobra este país.
Esse clister nacional, essa purga divina, qual castigo de Sodoma, irá varrer os traseiros nacionais de norte a sul, é porém um fármaco selectivo, que escolherá bem os rabiosques em que entra, porque aos que muito acumulam, não tocará, privilegiará antes os que já se debatem com o crepúsculo da miséria, quase entrados na longa noite da subnutrição, da doença e da carência económica.
O até agora gorduroso traseiro da quase extinta classe média, que durante anos sustentou esta loucura, este estado falhado chamado Portugal, vê-se agora penetrado sem apelo nem agravo, pelo malicioso pipo do FMI, que o penetrará com ganas redobradas, acolitado pela poderosa Corja politiqueira. Nem tudo serão rosas para os aprendizes de poloitiqueiros que temos, também eles verão os seus lautos e untuosos buracos anais violados pelo poderoso clister económico que mais tarde ou mais cedo aí virá, lá se vão as prebendas e alcavalas, lá se vão as nomeações da família para institutos e fundações, governos civis e outros habitáculos da tachocracia lusitana.
A preparação mental para este próximo capítulo, terá de ser feita por cada um, não existem formulas redutoras e preparatórias, quem não pode arreia, como diz o ditado, só é pena, que com tanto líder inteligente e sagaz, chegue agora este país à triste evidência, de que os seus dirigentes são uma corja de mentecaptos ineptos e incapazes.

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

Sem comentários: