quinta-feira, maio 20, 2010

Tristes e sós!

A morte do sub-chefe da PSP, abatido depois de um desacato junto ao local onde residia, é mais um exemplo triste, do abandono a que são votados os homens e mulheres que trabalham e ou trabalharam nas forças policiais e militares, e aquilo que os espera quando por motivos de passagem à reforma, à disponibilidade e ou arredados das instituições por qualquer outro motivo se vejam nalguma situação perigosa em que percam as estribeiras.
Foi mais um exemplo do eterno abandono a que estes quadros profissionais altamente treinados, são votados, por quem deveria pensar um pouco, em todos os que deram muito de si à sociedade, precavendo, acompanhando e cuidando de todos os que um dia representaram a Autoridade deste Estado. Claro que o que se passa é o inverso, assim que estão na rua, é cada um por si, esta política até hoje não tem trazido grandes dissabores, apenas uma ou outra má experiência, o que não quer de todo significar que não nos venham a surgir grandes problemas, aliás a experiência da guerra colonial, só não produziu um grande número desses inadaptados, porque vivíamos em ditadura.
Quantos homens andam na rua, que sabem fazer bombas e matar de mil e uma maneiras, serão com certeza milhares, não falo dos grupos criminosos oriundos de bairros de escumalha, aos quais tudo é dado e não aproveitam nada, só se queixam e enveredam pelo crime, os parvos! Falo sim e acima de tudo de ex-polícias e de ex-militares, aos quais foram ensinadas todas as técnicas necessárias para sobreviver matando, quantos desses camaradas estão em situações complicadas, desorientados, vítimas desta sociedade que os sugou até mais não poder e de seguida os abandonou à sua sorte.
O que se vê, é triste, os polícias, tem as promoções congeladas, os guardas idem, aumentam-se os oficiais de um e de outro lado, o mapa de pessoal da GNR é um atroz atentado ao intelecto de qualquer pessoa medianamente capaz, e é com tudo isto que querem, que esses homens e mulheres, mal pagos, agredidos, achincalhados e abandonados, exerçam a sua profissão e defendam esta sociedade de trampa, ora vão às malvas.
A fazer fé num recente estudo, 23% dos portugueses sofrem de distúrbios do foro mental, acredito até que sejam mais, tal é quantidade de ansiolíticos e ant-idepressivos que se vendem nesta terra, proporcionalmente inverso a esse valor é o investimento que se faz em políticas de saúde mental, que estará seguramente ao nível do Burkina Faso, resumindo somos um pais de tontos, que estultamente nem se dá ao trabalho de os curar, até que o grosso da população seja completamente alienada, coisa que está já perto de acontecer, como alias se pode observar agora com as pasquinices futeboleiras e religiosas.

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

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