segunda-feira, maio 10, 2010

Homem de craveira

O líder da bancada do PS no parlamento declarou que o senhor deputado Ricardo Rodrigues, conhecido por ser possuidor de um tal magnetismo pessoal que consegue atrair equipamentos de gravação de áudio para adentro das suas algibeiras, como se viu no caso dos gravadores de voz dos jornalistas da revista com mais falta de visão de Portugal.
Vamos por partes. Primeiro, o jornalismo que se faz por cá, é miserável e absolutamente tão corrupto como o resto da sociedade! Partindo desta especulação facilmente consubstanciada com provas, se a isso se derem ao trabalho, apesar de sabermos que depois em tribunal nenhuma dessas provas será admitida, chegamos à inevitável conclusão, de que os jornalistas, são igualmente maus profissionais, alias basta ver as reportagens televisivas e jornalísticas, onde desde as simples argoladas na dicção até aos erros grosseiros de português, evoluindo para a defesa de opções pessoais, ditadas muitas vezes por imposições dos detentores, leia-se donos, desses órgãos de informação, que estão presos a filiações partidárias e institucionais, através das quais discretamente exercem a sua censurazita, condicionando as notícias aos interesses terceiros alheios à verdade, cujo busca e divulgação é o que menos interessa.
Os meios de comunicação social, são abjectamente sectários e quase sempre ligados a um patrono invisível que mexe os cordelinhos, Estado, governantes, membros da situação ou da oposição, partidos políticos, grupos de pressão, Igreja, Autarquias e autarcas, enfim, há para todos os gostos e géneros, desde o pasquim de tiragem local dedicado à paróquia, até ao órgão de tiragem nacional filtrado por um dado governo ou por uma dada facção da oposição, onde são promovidas as faltas de uns e escondidas as de outros, onde se perseguem e arrasam pessoas ou se promovem e endeusam, conforme a vontade dos mandantes. Isto senhoras e senhores é a nossa comunicação social!
Segundo. Por muito baixo nível, que tenham as perguntas feitas por um qualquer jornalista, a um titular de um cargo público, o mesmo não pode nunca descer ao nível do jornalismo reles que por cá se vai fazendo, no entanto ressalvo que no caso do deputado em questão, não era essa a situação, os jornalistas faziam perguntas perfeitamente licitas a um detentor de um cargo público, que não soube respeitar-se, que não soube fazer-se respeitar, que não respeitou quem o elegeu, que não respeitou o local onde estava nem os profissionais a quem tinha concedido a entrevista. Ora se isto é um homem de craveira, eu vou ali e já venho.
O senhor deputado, não pode, comportar-se como um vulgar trolha arruaceiro para depois invocar, pressões insuportáveis e outras desculpas de cariz igualmente miserabilista, o senhor deputado, se não sabe lidar com a comunicação social, deve abster-se de dar entrevistas, contrate um assessor, pague-lhe do seu bolso, não do erário público, tá bem abelha, e aprenda a interagir com os jornalistas. Reagindo daquela forma inconsequente o senhor deputado revelou duas coisas muitos tristes, a primeira é que lhe falta auto domínio, pecha grave para quem é ou pretende ser político, a segunda e mais grave é que um deputado não pode sob pretexto absolutamente nenhum reagir como o senhor reagiu, é uma vergonha para um detentor de um cargo público, tal como foram as atitudes daquele senhor a fazer corninhos ao outro e o outro senhor deputado a mandar o colega a um local do vernáculo lusitano. Se este é tipo de atitudes de homens de craveira, muito mal vai esta terra.

Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia

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