Fonte da imagem:https://almeirinense.pt/2023/12/27/camara-testa-faixas-em-alcatrao-na-troia/
Hoje volto a esta pulhice que se gerou à volta do infeliz acontecimento do qual resultou a morte de um senhor atingido a tiro porque fugiu à polícia. E essa continua a ser a grande questão, que não oiço ninguém discutir, por que raio uma pessoa que era tida por excelente, cumpridora e honesta, um verdadeiro anjo na Terra, fugiu à polícia espoletando a sua morte.
Claro de seguida lá vieram as longas procissões de wokes, com as suas teorias imbecis de existirem em Portugal racistas escondidos atrás de cada moita, isto sem prejuízo de em Portugal existirem pessoas racistas, como aquelas que existem em todos os Estados do Mundo, tudo isto culminando numa absolutamente patética rendição em que o Governo desta anedota chamada Portugal veio dar palco a supostas ”associações” activistas, que representam os bairros periféricos da capital deste reino da imbecilidade, essas tais associações mais não são do que ninhos de extremistas algumas com um marcado pendor nazi, como por exemplo aquele senhor, oriundo do Senegal, que vive à conta do dinheiro dos nossos impostos e que gasta o seu tempo a vociferar contra o país que o alimenta, essas associações dizem defender coisas que nem os próprios sabem o que são, tudo polvilhado com frases edificantes importadas dos EUA, sobre a importância de determinadas vidas, isto prova um facto que esta gentalha woke parece ainda não ter percebido, Portugal não é os EUA.
Aquilo que se passa nos bairros mais não é que impunidade e bandalheira, decorrentes de um Estado fraco e cada vez com menos autoridade, tudo aquilo mais não é que os arroubos de alguns marginais miseráveis, habituados a ter tudo sem fazer absolutamente nada, essa é que é a realidade, isso tudo aproveitado posteriormente pelas agendas politiqueiras de vários grupelhos políticos compostos por gentalha miserável que pretende lançar o país num caos artificial, para sacar dividendos.
Então e se o senhor fosse “branco”, e coloco branco entre aspas, porque nós os portugueses temos pouco de “brancos”, dadas as nossas origens e a muita, mesmo muita gente de igualmente muitas procedências que aqui desaguou ao longo dos tempos, facto que faz com que dizer que os portugueses sã o”brancos” é um nadita pateta, ainda assim coloco novamente a questão, então e se o senhor fosse “branco”?
Teríamos igualmente todo este arraial, teríamos todo este palco dado a imbecis woke mais aos seus delírios revisionistas, sectários e racistas, sim porque o racismo primário desta gentalha é gritante, a sua falta de cultura democrática é aterradora, tudo e todos os que não partilhem as suas perfídias bem como as muitas mentiras e inverdades.
Eu cresci num bairro pobre de uma vilória da província, era um bairro de trabalhadores rurais, fazendeiros e gente dos ofícios, com ruas atapetadas de seixo rolado e algumas ainda em terra batida, cresci nos anos 70 e 80 do século passado, num bairro onde ainda não haviam esgotos, onde se tomava banho, uma vez por semana, normalmente ao sábado, num alguidar de folha de Flandres, onde o dinheiro era sempre escasso, onde casas existiam cuja casa de banho era um casebre de madeira com uma tábua com um buraco a despejar directamente para o regato que corria nas traseiras, cresci num bairro onde havia miséria, eram assim esses tempos, mas diziam os mais velhos que “é melhor que o antigamente”, o que nos fazia pensar que o “antigamente” devia ser pavoroso.
Cresci
num bairro onde usávamos calças e calções com remendos, camisolas
com cotoveleiras de napa, sem roupas de marca, sem telemóveis do
último modelo, cresci num bairro de gente que se matou a trabalhar,
nós os filhos dessa gente, uns foram caminhando, estudaram, sempre
com imensas dificuldades, outros ficaram pelo caminho engolidos pela
voragem das drogas que nos anos 80 entraram de rompante e em força
também nestas realidades rurais, confesso que nunca passei fome, mas
passei muitas dificuldades e carências, “a mãe depois compra”,
“vai buscar arroz e diz à senhora que a mãe no fim do mês paga”,
cresci num bairro onde o fim do mês era para pagar as contas e o
pouco que sobrava era administrado com sábia temperança, cresci num
bairro em que a roupa dos mais velhos passava para os irmãos mais
novos e ou para os vizinhos, cresci num bairro onde tínhamos de
partilhar, porque não chegava para todos, é por isso que tenho
tanta dificuldade em entender estes jovens “indignados”. No
bairro onde eu vivia por muita desgraça que passámos, as pessoas
honestas não fugiam à polícia e não queimávamos caixotes do
lixo. Então e se o senhor fosse “branco”?
P.S. - Tudo isto sem prejuízo de se ter perdido uma vida o que muito lamento.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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