A senhora Cristas,
outro clamoroso erro de casting, não cessa de me espantar, com esta senhora, o
ditado “cada cavadela, cada minhoca”, aplica-se de forma excepcionalmente
feliz. A agricultura nacional está como o resto, a ver se não afunda,
estrangulada por canais de escoamento desregulados e detidos pela verdadeira
máfia da distribuição, as coisas não estão mesmo nada fáceis, nem a
meteorologia está a ajudar, e claro muito menos os delírios da senhora Cristas,
que não entende peva sobre o ministério que supervisiona.
A senhora Cristas,
apresentou publicamente a Semana Azul, mais um daqueles eventos da treta,
afirmando que a intenção «é tornar Lisboa a capital dos oceanos, a capital do
mar, trazer as pessoas ao País e mostrar o que temos do muito bom que é feito
na nossa área económica, científica e inovação». Isto enquanto os pescadores
portugueses morrem de fome, e muitos há demasiado tempo que se viraram para o
tráfico de droga, porque ao menos assim têm dinheiro para sustento das
famílias.
As quotas de pesca
apresentadas pela senhora ministra, como um feito digno dos anais, são na
verdade mais uma vergonhosa derrota de Portugal, que condena os homens do mar à
miséria, apenas aplaudidas pelos grandes armadores, que pela capacidade
industrial dos navios que possuem, até poderão rentabilizar as quotas.
Para os pescadores
existe um fundo de compensação salarial com uma verba de 6 milhões de euros.
Mas, nos últimos anos, desde 2010 nunca foram utilizados mais de 250 mil euros
por ano. O dinheiro não é problema, a única limitação são as regras europeias
das ajudas de Estado e é com elas que temos de trabalhar”, explicou a senhora
Cristas. Ou seja o país que mais mar tem, deixa morrer os seus pescadores à
fome, por ser completamente incapaz de defender os seus interesses, chame-se a
isso incompetência, incapacidade ou qualquer outra coisa.
Já em terra a coisa
muda pouco e a prova-lo temos por exemplo a legislação que a senhora Cristas
fez aprovar sobre o plantio de eucaliptos, é das coisas mais desprovidas de
intelecto dos últimos tempos, destruindo tudo o que nos anteriores cem anos se
tinha tentado fazer em relação à floresta. Por todos estes motivos e muitos
outros que por exiguidade de espaço não temos tempo para tratar, eu sugeria à
senhora Cristas, a Semana Castanha, de um castanho cor de bosta, porque bosta é
o que na agricultura não deve nunca faltar, apesar de em excesso como é o caso,
servir apenas para atrapalhar e deixar um terrível odor pestilento.
Um abraço, deste vosso amigo
Barão da Tróia
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